terça-feira, dezembro 12, 2006

Energia Nuclear uma Alternativa????

.: CartaCapital na Escola :.

Para saber mais clique no link, acima.

A verdadeira dívida externa.


Guaicaipuro Cautémoc

Eu, Guaicaipuro Cautémoc, descendente dos que povoaram a américa há 40 mil anos, vim aqui encontrar os que nos encontraram há apenas 500 anos.

O irmão advogado europeu me explica que aqui toda dívida deve ser paga, ainda que para isso se tenha que vender seres humanos ou países inteiros.

Pois bem! Eu também tenho dívidas a cobrar. Consta no arquivo das Índias Ocidentais que entre os anos de 1503 e 1660, chegaram à Europa 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata vindos da minha terra!... Teria sido um saque? Não acredito. Seria pensar que os irmãos cristãos faltaram a seu sétimo mandamento.

Genocídio?... Não. Eu jamais pensaria que os europeus, como caim, matam e negam o sangue de seu irmão.

Espoliação?... Seria o mesmo que dizer que o capitalismo deslanchou graças à inundação da Europa pelos metais preciosos arrancados de minha terra!

Vamos considerar que esse ouro e essa prata foram o primeiro de muitos empréstimos amigáveis que fizemos à Europa. Achar que não foi isso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que me daria o direito de exigir a devolução dos metais e a cobrar indenização por danos e perdas.

Prefiro crer que nós, índios, fizemos um empréstimo a vocês, europeus.

Ao comemorar o quinto centenário desse empréstimo, nos perguntamos se vocês usaram racional e responsavelmente os fundos que lhes adiantamos.

Lamentamos dizer que não.

Vocês dilapidaram esse dinheiro em armadas invencíveis, terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo. E acabaram ocupados pelas tropas da OTAN.

Vocês foram incapazes de acabar com o capital e deixar de depender das matérias primas e da energia barata que arrancam do terceiro mundo.
Esse quadro deplorável corrobora a afirmação de Milton Friedmann, segundo o qual uma economia não pode depender de subsídios.
Por isso, meus senhores da Europa, eu, Guaicaipuro Cautémoc, me sinto obrigado a cobrar o empréstimo que tão generosamente lhes concedemos há 500 anos. E os juros.

É para seu próprio bem.

Não, não vamos cobrar de vocês as taxas de 20 a 30 por cento de juros que vocês impõem ao terceiro mundo.

Queremos apenas a devolução dos metais preciosos, mais 10 por cento sobre 500 anos.

Lamento dizer, mas a dívida européia para conosco, índios, pesa mais que o planeta terra!... E vejam que calculamos isso em ouro e prata. Não consideramos o sangue derramado de nossos ancestrais!

Sei que vocês não têm esse dinheiro, porque não souberam gerar riquezas com nosso generoso empréstimo.

Nas há sempre uma saída: entreguem-nos a Europa inteira, como primeira prestação de sua dívida histórica.

Sobre o autor:
Fala do cacique Guaicaipuro Cautémoc numa reunião com chefes de estado da Comunidade Européia.

http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poesia.asp?poesiaid=192

quarta-feira, setembro 13, 2006

Dinheiro - Ford planeja cortar 30% do custo com funcionários, diz "WSJ" - 13/09/2006

Ford planeja cortar 30% do custo com funcionários, diz "WSJ" - 13/09/2006: "Ford planeja cortar 30% do custo com funcionários, diz 'WSJ'

da Folha Online

A fabricante norte-americana de automóveis Ford Motor planeja começar nesta quarta-feira uma revisão em seu plano de reestruturação, que deve resultar no corte de 30% em seus custos com salários e benefícios, além de demissões em seus quadros administrativos, segundo reportagem de hoje do diário americano 'The Wall Street Journal'."

domingo, agosto 27, 2006

Madraçais do MST

Artigo: Madraçais do MST

Reforma Agrária

Reforma Agrária:

Reforma Agrária

MST

Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST)

Pastoral da Terra

Reforma Agrária

UDR

FARSUL

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

TERNUMA

Com Ciência - Reforma Agrária

Com Ciência - Reforma Agrária

Mercosul: novo parceiro, velhos problemas

Por Carolina Cantarino


O Mercosul completou 15 anos em março e a novidade recente é a entrada da Venezuela no bloco. Um grupo ad hoc se reunirá na primeira quinzena de maio para tratar do processo de adesão dos venezuelanos ao Mercosul. As expectativas em torno do novo sócio– mais políticas do que econômicas – são grandes. Assim como o são em relação ao próprio futuro do Mercosul e de sua proposta de integração regional.

Hugo Chávez vem definindo o ingresso da Venezuela no bloco como uma estratégia política dos países sul-americanos para fazer frente aos Estados Unidos que, cada vez mais, diante do fracasso da Alca, estariam recorrendo a acordos bilaterais com países da região. “Os interesses venezuelanos no Mercosul são prioritariamente políticos. A Venezuela pôs-se a negociar sem sequer ter uma idéia precisa sobre o impacto de sua adesão à união aduaneira mercosulina. Porém, do ponto de vista comercial, a incorporação da Venezuela ao Mercosul não operará mudanças significativas de fluxos, em particular no que se refere ao Brasil, cuja balança segue francamente superavitária em suas relações com aquele país”, afirma Deisy Ventura, doutora em direito internacional e europeu pela Universidade de Paris 1.

Ex-consultora jurídica da secretaria do Mercosul, Ventura chama a atenção para o estatuto sui generis que a Venezuela já possui no bloco. “Por intermédio de um acordo-quadro com o Mercosul, assinado em dezembro de 2005, a Venezuela conquistou o direito de participar das reuniões dos órgãos decisórios do bloco, com direito a voz - o que, em se tratando de Chávez, o mínimo que se pode dizer é que não se trata de concessão ligeira - prerrogativa inédita para um Estado associado. Portanto, a Venezuela é mais do que um associado e menos do que um membro, tendo pago por isto um custo baixo: o de negociar sua adesão. Esse caráter peculiar não tem se mostrado construtivo a médio e longo prazo. Por isso, seria importante promover o quanto antes a adesão plena da Venezuela”, defende a jurista.

Para Miriam Gomes Saraiva, professora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), existe o interesse comercial venezuelano em conseguir maiores mercados para os seus produtos, sobretudo o petróleo que, atualmente, é vendido em sua maioria para os Estados Unidos. Mas, ao abrir o seu mercado, principalmente para a concorrência com o Brasil, os venezuelanos correm o risco de prejudicar outros dos seus produtos internos. Ainda assim, o interesse político venezuelano no Mercosul seria maior. “Chávez tem um projeto de integração sul-americana que vem combinado com seu anti-norte-americanismo. A entrada para o bloco fortaleceria também o seu governo, que vem sendo acossado pelos Estados Unidos e também por outros governos da região”, lembra Saraiva.

Outra consequência, segundo a historiadora e cientista política, seria o equilíbrio interno que a Venezuela pode conferir ao bloco - “a presença de apenas dois países fortes e ao mesmo tempo tão desiguais, como Argentina e Brasil, é sempre difícil”. Por outro lado, a Venezuela poderia vir a dificultar a tradição democrática recente dos países do bloco. “Me preocupa que o estilo populista anti-norte-americano e autoritário de Chávez contagie, por exemplo, o governo argentino” adverte. A democracia que caracteriza os regimes políticos domésticos dos membros do Mercosul já se viu recentemente ameaçada por tentativas de golpe de Estado no Paraguai. O Brasil e a Argentina desempenharam um papel importante para evitá-los. Em julho de 1998, por meio do Protocolo de Ushuaia, foi incorporada uma cláusula democrática ao Tratado de Assunção – que criou o Mercosul em 1991. A claúsula condiciona os Estados-partes do bloco a possuírem regimes democráticos.

Fragilidade institucional

Marcada por crises e problemas postos pelas assimetrias – econômicas e jurídicas – existentes entre os seus países-membros e pela prevalência da relação entre Brasil e Argentina – deixando o Paraguai e Uruguai em segundo plano – a trajetória do Mercosul revela que os grandes desafios para a sua continuidade passam pelo aperfeiçoamento da sua estrutura institucional: o Mercosul precisa, para sua própria sobrevivência, adquirir um perfil supranacional que seja capaz de se sobrepôr aos interesses de cada Estado.

“A história do Mercosul é marcada pela ciclotimia, gerada na incapacidade de diferenciar a integração regional das demais expressões da política externa dos Estados. Nos momentos de euforia, os governos não souberam transformar seus discursos em ações, estratégias e políticas regionais efetivas”, avalia Deisy Ventura. Para ela, seriam dois os principais desafios atuais do Mercosul. “Do ponto de vista dos governos, é necessário compreender que a verdadeira integração econômica lança seus atores em um vasto canteiro de obras interno, em particular no campo das reformas estruturais, que exigem maiores esforços no plano nacional que no externo. O Mercosul precisa ser incluído seriamente na agenda política nacional, conquistando o apoio da classe política e envolvendo amplos setores do governo. Do ponto de vista da sociedade civil, é preciso lutar para que a idéia da integração regional, como garantia de paz e desenvolvimento para nosso continente, não seja desperdiçada pelas burocracias nacionais, cuja opacidade, aliada a uma escassa eficiência, têm hipotecado o futuro do Mercosul”.

Embora a integração tenha avançado do ponto de vista comercial e, curiosamente, militar, no que diz respeito à infra-estrutrutura, à dimensão institucional e à articulação de políticas conjuntas houve poucos avanços. As expectativas existentes nos meios político e acadêmico, segundo Miriam Saraiva, são das mais variadas. Setores acadêmicos mais favoráveis ao Mercosul esperam a formação de um Parlamento, que está em curso. “Acho, porém, que o principal agora é que o bloco consolide o que já foi conseguido para poder seguir adiante”.

O programa de integração Brasil-Argentina, de meados da década de 1980, antecedeu a criação do Mercosul e tinha como o objetivo uma integração mais orientada para o setor de infra-estrutura e de articulação de políticas tanto externas quanto econômicas. Quando o Tratado de Assunção foi assinado, em 1991, formando o Mercosul, os objetivos foram mudados e a integração orientou-se mais para o lado econômico. Essa transformação acabou comprometendo a integração política. “Foi um processo de integração pragmático. Avançava-se onde houvesse menos resistência. Essa falta de articulação em outras dimensões facilitou a manutenção das assimetrias e, como agravante, os governos nacionais nunca quiseram abrir mãos de algumas prerrogativas da soberania nacional”, lembra Saraiva.

Argentina e Brasil

A política externa tornou-se, assim, umas das áreas sensíveis para os países do Mercosul. Investimentos recentes tanto do governo brasileiro quanto do argentino indicam que, do ponto de vista das relações internacionais, o Mercosul ainda é posto em segundo plano, em nome do que seria a soberania nacional. O governo Lula tem fortalecido a corrente do Itamaraty que defende a construção de uma liderança brasileira na América do Sul. A diplomacia argentina, por sua vez, investe numa liderança alternativa ao Brasil, buscando conquistar espaço na Organização dos Estados Americanos (OEA), estreitar relações com o Chile – rival histórico – com a Venezuela e, ao mesmo tempo, manter boas relações com os Estados Unidos.

Uma das ações recentes e mais significativas do Brasil, no que diz respeito à política externa, foi a retomada da campanha pela inclusão do país como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e a participação brasileira nas Forças de Paz do Haiti. A última rompeu com um dos preceitos mais tradicionais da política externa brasileira, o da não-intervenção. “Este comportamento não vem sendo secundado pela Argentina nem gerou uma parceria entre Argentina e Brasil no campo da política externa. Não vem significando um esforço do Mercosul como bloco. É um movimento brasileiro. A Argentina, por seu turno, busca um espaço próprio de atuação frente aos temas sul-americanos que dificulte uma projeção brasileira autônoma. A busca, por parte da diplomacia argentina, de um espaço próprio frente à região vem ocupando lugar de destaque no arco das atuações externas do país”, avalia Miriam Saraiva em artigo recente publicado na revista Cena Internacional.

A eleição de Lula e de Kirchner parecia abrir espaço para a construção de uma parceria mais sólida no campo político entre os dois países. Havia a idéia de que a coexistência de governos de esquerda facilitaria essa aproximação, e não faltaram declarações – reproduzidas à exaustão, pela imprensa – dos dois lados, apontando nesse sentido. “Essa aliança mais permanente, porém, seria um elemento ainda a se construir e difícil por tratar-se de uma relação assimétrica onde as partes não têm claro o peso que cada uma delas pode ocupar”, lembra a autora. Em pouco tempo, a política externa brasileira entrou em choque com percepções mais nacionalistas no interior da Argentina, que a identificaram como imposição de uma liderança individual do Brasil à qual estão buscando fazer frente.

Economias desiguais

Nâo só no que diz respeito à integração política, as dificuldades na integração comercial do Mercosul, por conta das diferenças nos perfis do comércio exterior de seus países-membros, também têm sido recorrentes. O setor industrial argentino se vê prejudicado pelas volumosas importações de produtos manufaturados – com destaque para os eletrodomésticos – do Brasil (que contabilizaram, em 2005, 92% do total de produtos brasileiros exportados para a Argentina). No Brasil, por sua vez, produtores de arroz, cebola, trigo, vinho e alho, sentem-se prejudicados pela concorrência argentina.

Nesse contexto, a união aduaneira – prevista no Tratado de Assunção que criou o Mercosul em 1991 – ainda não funciona. Produtos que entram, por exemplo, por um porto brasileiro, voltam a ser taxados quando cruzam fronteiras dentro do Mercosul. A manutenção dessas barreiras naquilo que deveria ser um mercado comum tem sido uma das críticas da União Européia (UE) ao Mercosul nas negociações em torno da assinatura de um acordo de livre comércio entre os dois blocos.

“Esse acordo traz em seu bojo mais que uma área de livre comércio. Tem uma dimensão de cooperação e outra de diálogo político que é muito importante. Não se trata apenas de um acordo de mercado. Infelizmente, porém, é a parte comercial que está travando as negociações. O Mercocul faz reivindicações que a UE não acata – abrir o mercado para os produtos agrícolas – e os europeus fazem exigências também não atendidas – abrir o mercado de produtos de tecnologia de ponta e de setores de serviço, com destaque para as licitações públicas”, avalia Saraiva.

A possibilidade do acordo entre os dois blocos foi uma das pautas da recente Rodada Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Brasil, que liderou a oposição ao projeto da Alca proposto pelos Estados Unidos, se volta, agora, para a União Européia. “A diferença da Alca para a UE é que a Alca tem um caráter estritamente mercadológico, ou seja, não proporciona outros benefícios. Em termos de comércio, não difere muito das propostas da UE. Uma aliança com os Estados Unidos, para o governo atual, é menos interessantes politicamente do que com a UE”, acredita Miriam Saraiva.

Mas as relações de alguns Estados-partes do Mercosul com os Estados Unidos segue sem maiores sobressaltos, principalmente por parte daqueles que se sentem prejudicados pelo bilateralismo Argentina-Brasil existente no bloco: Paraguai e Uruguai. Existe, portanto, uma ameaça latente ao Mercosul posta também pela tendência recente da política externa estadunidense em assinar acordos bilaterais. Recentemente, o Paraguai ameaçou recorrer aos Estados Unidos, oferecendo território para a instalação de uma base militar americana em troca de um acordo comercial. Diante de um déficit de 355 milhões de dólares em sua balança comercial, o ministro da economia do Uruguai, Danilo Astori, tem defendido a idéia de que os “sócio-menores” do Mercosul possam assinar, sozinhos, acordos de livre comércio bilaterais, o que não é juridicamente permitido no bloco. “Resta a incógnita de saber qual será a reação do Brasil e da Argentina caso o Uruguai firme o acordo bilateral com os Estados Unidos”, lembra Deisy Ventura.

Europa devolve arroz transgênico dos EUA por risco à saúde humana


A União Européia se recusou a receber, na última quarta-feira, remessas de arroz transgênico originários dos Estados Unidos e que seriam importados para consumo na Europa. “A extensão da contaminação na rede de fornecimento americana ainda é desconhecida”, disse o porta-voz da União Européia, Philip Tod.

Segundo os países da União, é uma medida preventiva já que nem mesmo os Estados Unidos conseguiram provar que o arroz transgênico é seguro para consumo humano. Por isso, os Estados Unidos serão obrigados a certificar que, a partir desta quarta-feira, todas as remessas de arroz de grão longo estão livres da variedade ilegal GMO LL Rice 601.

Além disso, a comunidade européia tomou medidas urgentes para excluir do bloco os lotes contaminados de arroz, exigindo que as exportações vindas dos Estados Unidos recebam fiscalização e certificações especiais.

Ramsey Clark: ‘EUA e Israel devem pagar por seus crimes’


O ex-procurador-geral dos EUA, Ramsey Clark, lançará uma campanha internacional no dia 30 “para exigir a responsabilização dos Estados Unidos e de Israel pelos crimes de guerra no Líbano e Palestina”

O ex-ministro da Jus tiça do governo Johnson, Ramsey Clark, anunciou que a entidade que preside, o Centro de Ação Internacional (IAC, na sigla em inglês), lançará no dia 30 de agosto uma grande campanha, dentro dos EUA e internacionalmente, “para exigir a responsabilização dos Estados Unidos e de Israel pelos crimes de guerra no Líbano e Palestina”, o pagamento de indenizações pela destruição e perda de vidas causada, e o indiciamento de Bush e das autoridades israelenses. O ato será no Church Center das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Ramsey afirmou que “vimos no Líbano uma guerra de agressão, o crime internacional supremo”, assim como já ocorrera no Iraque. A propósito, foi o Tribunal de Nuremberg, que julgou os capos nazistas, que criou essa definição. O líder do IAC acrescentou que foi “um ataque contra a soberania do Líbano, violando o Primeiro Princípio da Carta das Nações Unidas”, e perpetrado com “uso de força excessiva”. Aviões israelenses “golpearam uma nação indefesa contra assaltos aéreos”, reiterou, “bombardearam indiscriminadamente”, fizeram “civis de alvo”, cometendo uma “punição coletiva, na qual todos no Líbano sofrem”. Ele advertiu que a repulsa a Israel e aos EUA “sobrepuja todas as demais emoções no Líbano e por todo o mundo árabe” e que mais indignação “se espalha por todos os continentes”.

MULHERES E CRIANÇAS

“A nova tragédia do Líbano trouxe a morte para milhares de civis, crianças, mulheres e homens. Centenas de milhares, aproximadamente um-quarto da população de quatro milhões, estão refugiados de seus lares, dentro e fora do seu país”, denunciou Ramsey. Também está destruída a infra-estrutura, que só poderá ser recons-truída “se e quando a paz chegar”, apontou.

Ramsey reiterou que os integrantes dos governos dos EUA e de Israel responsáveis por essas agressões “deverão ser mantidos à disposição para indiciamento” por seus crimes de guerra. A campanha vai exigir, ainda, que os governos agressores dos EUA e de Israel, paguem “indenizações por mais de mil mortos, muitos milhares de feridos e estimados US$ 10 bilhões pela destruição de instalações civis no Líbano em apenas um mês”. Como ficou notório, Bush, além de fornecer as bombas a Israel, deu “sinal verde” para a continuação do bombardeio, impediu que o Conselho de Segurança da ONU decretasse imediato cessar-fogo e planejou previamente a agressão junto com Israel.

DESTRUIÇÃO NA PALESTINA

Mas não apenas no Líbano. Os agressores também serão responsabilizados “por milhares de mortos e feridos na Palestina desde os Acordos de Oslo, sistemática destruição do governo da Palestina, seqüestro de metade do ministério e do presidente do parlamento palestino, assassinato de líderes e indiscriminada matança de civis, assim como a destruição dos escritórios do Presidente Arafat, do Ministério do Exterior e de instalações civis em Gaza e na Margem Ocidental”, complementou o jurista.

O suposto pretexto de Israel para agredir o Líbano, a captura de dois soldados – na verdade uma provocação montada por Tel Aviv-, também foi questionado por Ramsey. “Apenas uma pessoa com uma memória que não alcance mais de três semanas poderia acreditar que a captura de três soldados israelenses começou a atual violência”, referindo-se às sete invasões cometidas por Israel e às inúmeras incursões. “Não foi Israel que seqüestrou metade do ministério israelense e se engajou em execuções sumárias por toda a Palestina desde que as eleições deste ano deram a maioria ao Hamas no parlamento palestino? Não houve ataques à vontade contra o povo palestino por décadas?” – destacou.

FRACASSO DE BUSH

Ramsey também colocou em questão se a retirada forçada, por pressão dos EUA e de Israel, das tropas de paz da ONU do Líbano, depois do atentado que matou o primeiro-ministro Hariri não passou de “prelúdio de um plano de Israel para assaltar o Líbano e reocupar até o rio Litani”. Indo além, ele disse que é preciso indagar se “o feroz ataque ao Líbano e Palestina é o prelúdio para ações mais extensas contra a Síria e o Irã”. Bush tem deixado claro que quer uma “troca de regime no Irã e Síria” e tentou “jogar nos dois a responsabilidade” pela violência no Líbano e na Palestina, lembrou.

Ramsey, que integra a equipe de defesa do presidente Sadam, denunciou que o fracasso de Bush no Iraque o faz necessitar “de novas ameaças para desviar a atenção do povo dos EUA daquilo que sua política de Choque e Horror trouxe para o Iraque, para nós e para o mundo”. “A guerra no Líbano ajuda a desviar temporariamente a atenção e serve para estender o conflito para incluir a Síria e/ou Irã. Se isso não funcionar, sempre há Cuba, Coréia do Norte, Somália, Sudão, Venezuela e outros contra os quais agir”, advertiu.

Ele afirmou que “o futuro da Palestina continua sendo a questão central para a paz no Oriente Médio”, estando “mais ameaçado do que em qualquer outra vez desde os Acordos de Oslo”. “Todos na Palestina sofrem da violência desencadeada pelo renovado “Mapa da Estrada” para a guerra de Israel”, denunciou. “Isolado entre os chefes de governo do mundo inteiro, Bush vem dando sustentação a cada ato de Israel, cada ataque contra o Líbano e a Palestina”, afirmou o jurista.

Encerrando sua convocação, Ramsey alertou o povo americano de que, se for permitido que Bush “prossiga com sua política de dominação através da ameaça e da força fora da lei”, nós nos arriscamos a uma “ainda maior ampliação da violência internacional”. “Vamos perseverar até que a paz prevaleça”, convocou Ramsey, após conclamar cada americano a “dar o melhor que puder” para a campanha. “Espero vocês no Church Center no dia 30”.

ANTONIO PIMENTA

sexta-feira, julho 28, 2006

Vida dura que é

Vida dura que é

Não é uma boa ser norte-americano esses dias – ao menos, não se o caro norte-americano tem por hábito colocar os pés para além de suas fronteiras, o que não é corriqueiro. (Só os democratas de centros urbanos têm o hábito, dizem alguns antropólogos.)

Durante a Copa do Mundo, a delegação dos EUA foi aconselhada a não andar pela Alemanha com a bandeira exposta. Pela Alemanha, logo onde.

É por conta que um grupo de sujeitos decidiu organizar o que chamam de diplomacia cidadã. Diz a teoria: quem se encontra com estrangeiro tem por obrigação a simpatia, de forma a ir melhorando a idéia que o estrangeiro tem dos de lá.

Quem sabe. dica do G. L. da Silva

[26 comentários]

Publicado por Pedro Doria - 27/07/06 5:40 PM

quinta-feira, julho 27, 2006

Desafios da ajuda humanitária

RNW: Desafios da ajuda humanitária: "Desafios da ajuda humanitária

Pieternel Gruppen*

27-07-2006
É preciso cerca de 150 milhões de dólares para ajudar a população libanesa nos próximos três meses. Estes são os cálculos das Nações Unidas. Depois de duas semanas de combate ficou claro que a ajuda é necessária. Ao mesmo tempo percebe-se que muitos são os obstáculos para que o socorro chegue."

RNW: A bomba relógio da imigração

RNW: A bomba relógio da imigração: "A bomba relógio da imigração

Luís Henrique de Freitas Pádua e Lia van Bekhoven

27-07-2006

Os imigrantes chegam por todos os lados e a Europa se preocupa com o problema. A costa do Mediterrâneo está abarrotada de barcos com clandestinos africanos que tentam aportar no Continente Europeu. A Espanha, país que mais se defronta diretamente com a situação no seu litoral, há alguns anos, deu anistia a vários ilegais no país, atitude que, na época, foi muito criticada por outros países membros da União Européia."

BBCBrasil.com | Reporter BBC | Sol demais mata 60 mil por ano, diz OMS

BBCBrasil.com | Reporter BBC | Sol demais mata 60 mil por ano, diz OMS

sexta-feira, julho 21, 2006

RNW: Coréia do Norte isolada

RNW: Coréia do Norte isolada: "Coréia do Norte isolada

Marina Brouwer*

20-07-2006

Coréia do Norte - questão nuclearA Coréia do Norte está totalmente isolada em defesa de suas provas com mísseis balísticos, realizadas no último dia 5 de julho. Até mesmo a China, o único parceiro do regime de Pyongyang, concordou com a aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, condenando os testes. O Japão, por sua vez, não contente apenas com uma represália, está pensando também em diversos tipos de sanções contra os norte-coreanos, caso eles não façam o que ali foi determinado."

segunda-feira, julho 17, 2006

Globalização

Globalização

Processo de integração mundial que se intensifica nas últimas décadas, a globalização baseia-se na liberação econômica: os Estados abandonam gradativamente as barreiras tarifárias que protegem sua produção da concorrência estrangeira e se abrem ao fluxo internacional de bens, serviços e capitais.A recente evolução nas tecnologias da informação contribui de forma decisiva para essa abertura. Além de concorrer para uma crescente homogeneização cultural, a evolução e a popularização das tecnologias de informação (computador, telefone e televisor) são fundamentais para agilizar o comércio, o fluxo de investimentos e a atuação das transnacionais, por permitir uma integração sem precedentes de pontos distantes do planeta. Em 1960, um cabo de telefone intercontinental conseguia transmitir 138 conversas ao mesmo tempo. Atualmente, os cabos de fibra ótica possuem capacidade para enviar 1,5 milhão. Uma ligação telefônica internacional de três minutos, que custava 244 dólares em 1930, é feita por 3 dólares no início dos anos 90. A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê para 2000 a existência de 300 milhões de usuários da internet e transações comerciais de mais de 300 bilhões de dólares.Contrastes da globalização - O debate em torno dos efeitos colaterais da globalização e das estratégias para evitá-los aprofunda-se em 1999. Uma das consequências desse processo é a concentração da riqueza. A maior parte do dinheiro circula nos países industrializados - apenas 25% dos investimentos -, e o número de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia sobe de 1,2 bilhão, em 1987, para 1,5 bilhão, em 1999. O crescimento dos países emergentes em 1999 fica em torno de 1,5%, o pior desempenho em 17 anos. As exceções, China e Índia, são justamente as nações que dão ritmo mais lento à liberação comercial e à integração ao sistema financeiro internacional.Com a crise mundial, o preço das matérias-primas, produzidas em grande parte pelos Estados mais pobres, cai mais de 20%, trazendo perdas de 10 bilhões de dólares para a América Latina. Os países ricos, no mesmo ano, lucram 60 bilhões de dólares somente com a queda do custo do petróleo. A participação das nações emergentes no comércio internacional é de pouco mais de 30%. Algumas regiões estão à margem da globalização, como a Ásia Central, que representa apenas 0,2% das trocas, e o norte da África (0,7%).O Banco Mundial (Bird) aponta como causas para o distanciamento entre ricos e pobres o aumento das ações protecionistas promovidas pelos países ricos, a voracidade dos investidores e a fragilidade econômica e institucional das nações subdesenvolvidas. A receita usada para recuperar os mercados emergentes em queda - cortes orçamentários e juros altos - contribui para aumentar ainda mais a distância.Correção de rumos - Tais desigualdades preocupam os organismos internacionais. A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) propõe o controle de capitais e desenvolvimento sustentado em contraposição ao Consenso de Washington, nome pelo qual ficaram conhecidos os princípios de liberalização financeira e comercial que caracterizam o neoliberalismo. A instituição, em conjunto com o Bird, tem um plano para abolir em 15 anos as dívidas dos 41 países mais pobres.Em seu relatório do Desenvolvimento Humano de 1999, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) fornece uma receita geral para corrigir os rumos da globalização. As nações emergentes e organizações não governamentais devem ter mais influência nos fóruns econômicos internacionais - Fundo Monetário Internacional (FMI), Bird, Grupo dos Sete (G-7) -, hoje controlados pelos Estados ricos. Sugere ainda que as decisões não considerem apenas as variáveis econômicas, mas também suas repercussões na área social. Por fim, conclui que, embora pareça contraditório, o sucesso da globalização exige avaliações regionalistas.Expansão - O início da integração mundial remonta aos séculos XV e XVI, quando a expansão ultramarina dos Estados europeus possibilita a conquista de novos mercados. Outro salto na difusão do comércio e dos investimentos é dado pelas duas Revoluções Industriais, nos séculos XVIII e XIX. A interdependência econômica cresce até a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e é retomada no bloco capitalista após a II Guerra Mundial. Estimuladas pela quebra de barreiras - decorrente, em grande parte, das políticas liberalizantes postas em prática pelo Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt) e, atualmente, pela Organização Mundial do Comércio (OMC) -, as trocas mundiais aumentam de forma expressiva a partir dessa época. Em 1950 totalizam 61 bilhões de dólares, ao passo que em 1998 atingem 5,2 trilhões de dólares.O fim da Guerra Fria, nos anos 80, inaugura um novo estágio de globalização: as trocas mundiais incrementam-se ainda mais por causa da transição das nações comunistas para a economia de mercado, e a expansão do comércio supera o aumento da produção mundial. De acordo com o FMI, entre 1989 e 1998 o volume de dinheiro movimentado em trocas internacionais se eleva em média 6,5% ao ano, enquanto a taxa anual de crescimento da produção é de 3,4%.Explosão dos investimentos - A expansão dos fluxos de capital tem sido ainda maior por causa da abertura dos países ao investimento estrangeiro e da enorme velocidade das transações. O movimento diário de capitais no mundo é estimado em 2 trilhões de dólares. A migração quase instantânea do dinheiro fortalece investimentos estrangeiros de curto prazo. Ao menor sinal de instabilidade econômica ou política no Estado, o investimento é resgatado, provocando uma crise que pode alastrar-se para outras nações por causa da integração das economias.É o que ocorre no segundo semestre de 1997, quando as principais bolsas de valores do mundo despencam em reação à profunda crise das nações do Sudeste Asiático. O turbilhão financeiro evolui para uma crise internacional em 1998. Os países emergentes - sobretudo a Federação Russa - são os mais atingidos, por adotar modelos de desenvolvimentos baseados em investimentos externos. As sucessivas crises realçam a instabilidade de um mercado financeiro globalizado, em que o desempenho das economias nacionais depende não só da ação dos governos, mas cada vez mais dos grandes investidores estrangeiros.Corporações transnacionais - A globalização é marcada ainda pelo crescimento das corporações transnacionais, que exercem papel decisivo na economia mundial. De acordo com o relatório do Desenvolvimento Humano de 1999, das 100 maiores riquezas do mundo, metade pertence a Estados e metade, a megaempresas. Reportagem da revista Fortune mostra que as dez principais corporações do mundo - General Motors Corporation, DaimlerChrysler, Ford Motor, Wal-Mart Stores, Mitsui, Itochu, Mitsubishi, Exxon, General Electric e Toyota Motor - ganharam juntas 1,2 trilhão de dólares em 1998, valor 50% maior que o produto interno bruto (PIB) brasileiro. O faturamento isolado de cada uma dessas empresas é comparado ao PIB de importantes economias mundiais, como Dinamarca, Noruega, Polônia, África do Sul, Finlândia, Grécia e Portugal. Somente as ações da Microsoft, a principal empresa de informática do mundo, atingem em julho de 1999 valor de mercado equivalente a mais de 500 bilhões de dólares. Além de crescer em faturamento, as corporações tornam-se gigantescas também pelo processo de fusões, acelerado a partir de 1998.As transnacionais implementam mudanças significativas no processo de produção. Auxiliadas pelas facilidades na comunicação e nos transportes, instalam suas fábricas em qualquer lugar do mundo onde existam melhores vantagens fiscais e mão-de-obra e matéria-prima baratas. Os produtos não têm mais nacionalidade definida. Um carro de uma marca dos EUA pode conter peças fabricadas no Japão, Ter sido projetado na França, montado no Brasil e ser vendido no mundo todo.Euro - Em 1999, onze países da União Européia (UE) dão outro passo importante no processo de globalização ao criar o euro, moeda única do bloco. Em 1º de janeiro, Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos) e Portugal passam a empregá-lo nas transações entre suas empresas. Em 1º de janeiro de 2002, o euro vai ser usado regularmente e, a partir de 1º de julho desse ano, as moedas nacionais deixarão de existir. É a primeira vez na história que nações abrem mão de emitir sua própria moeda.

Terror na Índia



Pior atentado em dez anos mata 190 pessoas em oito sucessivas explosões em trens

Hora do rush em Mumbai (antiga Bombaim), a capital financeira da Índia, com seus 18 milhões de habitantes. Às 18h20 de segunda-feira 11, milhares de trabalhadores voltando para casa se comprimem nos trens de subúrbio que transportam até 4,5 mil pessoas por composição. Às 18h24, uma violenta explosão atinge a estação Khar-Santa Cruz, destruindo vagões de primeira classe. Durante 11 intermináveis minutos, outras sete explosões se sucedem em trens em diferentes estações; alguns estavam parados, outros já em movimento. No final, cenas dantescas: corpos despedaçados, ferro retorcido, corre-corre, gritos de pavor e desespero. Pelo menos 190 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas no pior atentado terrorista em dez anos na Índia.

Apesar de nenhum grupo terrorista ter reivindicado a autoria dos ataques, fontes da inteligência indiana acreditam que alguma organização ligada à Al Qaeda esteja por trás deles. Chamou a atenção o fato de as explosões terem ocorrido no dia 11 – como o 11 de setembro de 2001 nos EUA e o 11 de março de 2004 em Madri, quando uma bomba matou 192 pessoas na estação ferroviária Atocha. Agora, os principais suspeitos são o grupo paquistanês Lashkari-Toiba (soldados da pureza) e o Movimento de Estudantes Islâmicos da Índia. O Lashkar é um dos grupos extremistas mais ativos na luta pela independência da Caxemira ou por sua anexação ao vizinho Paquistão, inimigo histórico da Índia. Situada na cordilheira do Himalaia, a Caxemira é uma área majoritariamente muçulmana onde vivem cerca de dez milhões de pessoas. Desde 1947, quando a Grã-Bretanha deixou de governar a região, a Caxemira é disputada entre a Índia – que ocupa dois terços dela – e o Paquistão, que fica com o restante.

Nos últimos meses, a Índia tem freqüentado o noticiário internacional como a mais cobiçada potência emergente em função dos altos índices de crescimento da economia – média de 6% entre 1980 e 2002 e de 7,7%, desde então. O país também deixou de ser um dos patinhos feios do clube atômico depois que o presidente George W. Bush dos EUA deu seu aval à política nuclear de Nova Délhi. Mas o atentado desta semana obrigou o país a encarar novamente seus próprios demônios. Afinal, apesar do “milagre econômico”, o país ainda é um dos mais desiguais e divididos do mundo. No passado recente, separatismos foram responsáveis por atentados terroristas. Dois chefes de governos foram vítimas deles: Indira Gandhi, em 1984, e seu filho Rajiv Gandhi, em 1991.

domingo, julho 16, 2006

Especial Oriente Médio

Estadao.com.br :: Especiais

Ai vocês, podem ter uma noção dos fatos.
Mas lembrando um pouco, será que não se pode desconfiar dessas atitudes israelenses?
Pois, toda reunião do G8 eles fazem uma dessas, sempre que pautas importantes e diversificadas.
Outra coisa de se estranhar é o fato do petróleo que estava em baixa de preços, lenta é verdade, mas uma baixa, teve retorno a rotina de altas seguidas. Como conseqüência olhem o valor das ações das Petroleiras!!!!!!!!!
Quem ganha com isso???????????????
Pelo menos fica uma pulga atrás da orelha.

No mais boas férias, ah! e como dica de férias uns filminhos:

* Syriana (fala sobre o mundo do petróleo, bem sujestivo, não?)

*Crash (mostra as contradições socias e quistos racias estadunidense pós 11/09)

*Boa noite e Boa sorte ( mostra a caça as bruxas nos EUA durante a Guerra-FRIA )

*Mauá o Imperador e o Rei do Brasil ( mostra as foças contrárias a industrialização no Brasil durante o império) em VHS

Aproveitem e boas férias!!!!!!!!!!

domingo, julho 09, 2006

Chávez no Mercosul

RNW: Chávez no Mercosul:

"O Mercosul, Mercado Comum do Sul, ganhou um novo sócio nesta semana. A Venezuela tornou-se o quinto país a integrar o bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A decisão favoreceu politicamente o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que vê nesta integração a polarização de forças na América do Sul, em oposição ao poder econômico dos Estados Unidos, que diz combater. "

Mais clique no link

quinta-feira, junho 29, 2006

Cientistas criam sistema para detectar formação de tsunamis

Cientistas americanos criaram um procedimento que utiliza a tecnologia de Sistema de Posicionamento Global (GPS) para determinar em poucos minutos se um terremoto é violento o bastante para gerar uma tsunami (onda gigante).

O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa - Agência Espacial Americana anunciou o método, que utiliza tecnologia da agência americana e pode ser a base para um sistema mais rápido de advertência contra as violentas ressacas provocadas por abalos sísmicos.

Segundo um comunicado do JPL, a equipe do Laboratório Sismológico da Universidade de Nevada demonstrou que a magnitude real de um grande terremoto pode ser determinada em 15 minutos, de maneira muito mais rápida que a dos atuais sistemas.

'O alerta contra tsunamis é uma corrida contra o tempo', comentou Seth Stein, do departamento de Ciências Geológicas da Universidade Northwestern.

O novo método, batizado Deslocamento GPS, funciona com a medição do tempo levado pelos sinais dos satélites GPS para chegar às estações terrestres localizadas a poucos quilômetros do epicentro. Com estes dados, os cientistas podem calcular o tipo de movimento e a sua magnitude.

Segundo o JPL, o maremoto que provocou a tragédia no sudeste asiático, em dezembro de 2004, expôs as dificuldades para detectar o problema. Uma análise rápida apontou um maremoto de 8 pontos de magnitude na escala Richter. Na verdade, foi de 9,2 a 9,3 pontos. (Efe/ Estadão Online)"

segunda-feira, junho 26, 2006

Fuzil AK-47 será arma de guerra preferida nos próximos 20 anos (relatório)

AFP - A atualidade / Notícias

Fuzil AK-47 será arma de guerra preferida nos próximos 20 anos (relatório)

26/06/2006 18h58

NOVA YORK, EUA, 26 jun (AFP) - O fuzil Kalashnikov continuará sendo a máquina de matar preferida nas zonas de conflito nos próximos 20 anos, porque sua produção é pouco regulamentada, aponta um relatório divulgado nesta segunda-feira.

Setenta milhões de AK-47 e semelhantes estão em circulação no mundo, inclusive no arsenal estatal de 82 países, segundo um relatório da Campanha sobre o Controle de Armas, que defende uma fiscalização maior da venda e posse de armas.

"Os AK-47 são usados para massacrar, mutilar, violar, torturar e alimentar crimes violentos em países tão diversos quanto Afeganistão, Estados Unidos, Iraque, México, Reino Unido, Serra Leoa, Venezuela e Iêmen", diz o relatório.

O documento assinala que "o grande número de instalações para a fabricação desse fuzil, bem como a grande oferta de Kalashnikovs e a inexistência de normas mundiais e leis para regulamentar sua transferência fazem com que os AK-47 caiam facilmente nas mãos dos traficantes de armas, milícias e delinqüentes".

Produzido em 14 países de quatro continentes, o fuzil, que pode disparar até 600 balas por minuto, pode ser comprado por 30 dólares em algumas partes da África.

O relatório é divulgado no momento em que se inicia em Nova York uma conferência da ONU sobre armas, que discutirá durante duas semanas o comércio ilegal de armas pequenas e leves.

O documento cita o inventor do AK-47, o tenente-general Mikhail Kalashnikov, que recomenda o controle internacional estrito do comércio de armas pequenas. "Devido à falta de controle internacional sobre as vendas de armas, as do tipo leve podem ser introduzidas em prativamente qualquer lugar do mundo, para serem usadas não apenas na defesa nacional, mas também por agressores, terroristas e todo tipo de delinqüente", disse o inventor russo.

Kalashnikov criou seu fuzil enquanto se recuperava dos ferimentos que sofreu na II Guerra Mundial; seu primeiro modelo foi o AK-47, assim chamado por causa do ano em que entrou em serviço. Fuzil semi-automático de uso militar, ele se tornou uma arma popular por ser confiável e por sua oferta ser grande.

domingo, junho 25, 2006

Adolescente brasileiro está mais alto e gordo, diz IBGE

Adolescente brasileiro está mais alto e gordo, diz IBGE

Somos, cada vez mais, um País de peso. Para o mal e para o bem. Além dos quase 40 milhões de adultos gordos, a balança já registra excessos em cerca de seis milhões de adolescentes. Há 30 anos, o problema atingia 3,9% da população masculina e 7,5% da feminina, na faixa etária entre 10 e 19 anos, proporção que subiu, respectivamente, para 18% e 15,4%. Outros quilos, muito bem vindos, reduziram a desnutrição infantil nas últimas três décadas. O indicador caiu de 16,6% para 4,6%, entre os menores de cinco anos de idade.

Com exceção da região Norte, a prevalência constatada é baixa, segundo parâmetro estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim como há um ano e meio, ao revelar dados sobre o perfil nutricional do brasileiro acima dos 20 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltou a concluir: somos mais gordos do que desnutridos. A revelação faz parte da publicação "Antropometria e Análise do Estado Nutricional de Crianças e Adolescentes no Brasil", lançada nesta sexta-feira, que traz uma proporção de 3,7% de adolescentes desnutridos contra 16,7% que sofrem com o excesso de peso.

"Estamos hoje numa situação de transição do padrão alimentar. Há 30 anos, a desnutrição era um problema grave, mas hoje esse aspecto não é o mais grave, e sim, o excesso de peso. Temos um problema nutricional no País, mas não é por falta de alimentos, e sim, por má alimentação. Algo precisa ser feito já", alertou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

O estudo, realizado ao longo de um ano, faz parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003, alvo de polêmica em dezembro de 2004. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou a conclusão do levantamento ao declarar que "fome não é uma coisa medida em pesquisa". A análise, porém, foi integralmente baseada em dados coletados de forma objetiva.

Perguntado se não teme um novo mal-estar dentro do governo, causado pela novo conclusão do IBGE, Pereira Nunes declarou: "Estamos absolutamente tranqüilos. Temos certeza de que a leitura desses indicadores foi adequada. Estamos diante de um fato novo e temos que aprender com ele", declarou, em referência ao excesso de peso. E ressaltou que o estabelecimento de uma nova prioridade não quer dizer que tenhamos que deixar de lado as antigas. O principal programa do governo Lula, o Fome Zero, ainda trata a desnutrição como nosso maior mal.

O levantamento divulgado mostra ainda que o brasileiro vem alcançando os padrões desejados de altura, embora ainda existam déficits, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do País. Nos últimos 30 anos, os ganhos com altura foram significativos, chegando até 10 centímetros na faixa dos 14 anos. No entanto, ainda existem déficits, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, pois o crescimento está diretamente associado com a renda familiar.
(Fonte: Karine Rodrigues/Estadao.com.br)

ambientebrasil - portal ambiental:


URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO

URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO

A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural. Um espaço pode ser considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for superior a rural.

Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já são urbanizados.

Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos como a Nigéria.

FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL

Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural, são eles:

a) Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do campo, como a concentração de terras, mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental.

b) Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de saúde, educação, etc.

Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores repulsivos costumam predominar sobre os atrativos, fazendo com que milhares de trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção das cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas urbanos na medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas, aumenta a violência, faltam empregos, dentre outros problemas.

DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas:

a) Desenvolvidos:

· Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda revoluções industriais;

· Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;

· Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.

b) Subdesenvolvidos:

· Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;

· Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada  macrocefalia urbana";

· Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.

Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes.

AGLOMERAÇÕES URBANAS

A expansão da urbanização gerou o aparecimento de várias modalidades de aglomerações urbanas, além de termos que cada vez mais fazem parte de nosso cotidiano, abaixo definiremos algumas dessas modalidades e termos:

a) Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é formada pelo sistema de cidades, no território de cada país, interligadas umas as outras através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações, etc." Nos países desenvolvidos devido a maior complexidade da economia a rede urbana é mais densa.

b) Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte hierarquia urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro submetropolitano, capital regional e centros locais.

c) Conurbação: Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais cidades em virtude de seu crescimento horizontal. Em geral esse processo dá origem a formação de regiões metropolitanas.

d) Metrópole: Segundo Coelho e Terra (2001), metrópole seria  à cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui os melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma grande região do país (metrópole regional)". No Brasil cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.

e) Região metropolitana: Corresponde ao conjunto de municípios conurbados a uma metrópole e que desfrutam de infra-estrutura e serviços em comum.

f) Megalópole: Corresponde a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. As principais megalópoles do mundo encontram-se em países desenvolvidos como é o caso da Boswash, localizada no nordeste dos EUA, e que tem como principal cidade Nova Iorque; San San, localizada na costa oeste dos EUA, tendo como principal cidade Los Angeles; Chippits, localizada nos grandes lagos nos EUA; Tokaido, localizada no Japão; e a megalópole européia que inclui áreas de vários países. No Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no sudeste brasileiro, no vale do Paraíba, incluíndo municípios da região metropolitana das duas grandes cidades, o elo de ligação dessa megalópole é a Via Dutra, estrada que interliga as duas cidades principais.

g) Megacidade: Corresponde ao centro urbano com mais de dez milhões de habitantes. Hoje em torno de 21 cidades do mundo podem ser consideradas megacidades, dessas 17 estão em países subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e Rio de Janeiro estão nessa categoria.

h) Técnopolo: Corresponde a uma cidade tecnológica, ou seja, locais onde se desenvolvem pesquisas de ponta. Como exemplo temos o Vale do Silício na costa oeste dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns técnopolos localizados em especial no estado de São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).

i) Cidade global: são as cidades que polarizam o país todo e servem de elo de ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o melhor equipamento urbano do país, além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais, como bolsas de valores, corporações bancárias e industriais, companhias de comércio exterior, empresas de serviços financeiros, agências públicas internacionais. As cidades mundiais estão mais associadas ao mercado mundial do que a economia nacional.

j) Desmetropolização: Processo recente associado à diminuição dos fluxos migratórios em direção das metrópoles. Esse processo se deve em especial a chamada desconcentração produtiva, que faz com que empresas em especial industrias, se retirem dos grandes centros onde os custos de produção são maiores, e se dirijam para cidades de porte médio e pequeno, onde é mais barato produzir, em função de vários fatores como, por exemplo, os incentivos fiscais. Hoje no Brasil cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo não são mais aquelas que recebem os maiores fluxos de migrantes, mas sim regiões como interior paulista, o sul do país ou até mesmo o nordeste brasileiro.

k) Verticalização: Processo de crescimento urbano que se manifesta através da proliferação de edifícios. A verticalização demonstra valorização do solo urbano, ou seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.

l) Especulação imobiliária: Os especuladores imobiliários são aqueles proprietários de terrenos baldios no espaço urbano que deixam estes espaços desocupados a espera de valorização. Uma das conseqüências da especulação é a falta de moradias em locais mais bem localizados, fazendo com que as populações de mais baixa renda tenham que viver em áreas distantes do centro (crescimento horizontal), ou em favelas.

m) Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos, pois são fruto da segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo eles o reflexo espacial dessas. Os condomínios são áreas fechadas muito protegidas e bem estruturadas, onde em geral mora a elite; as favelas são áreas sem infra-estrutura adequada e com graves problemas como o tráfico de drogas, onde grande parte da população está desempregada, e a maioria dela é pobre.

TIPOS DE CIDADES

As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:

a) Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual está superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva em consideração a questão topográfica. Como exemplo temos: cidades onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.

b) Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos. Como exemplo temos: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.

c) Quanto à função: função corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade. Como exemplo temos: cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.

d) Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas: planejada e espontânea. Como exemplo temos: Brasília, cidade planejada e Belém, cidade espontânea.


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terça-feira, junho 13, 2006

AFP - A atualidade / Notícias

AFP - A atualidade / Notícias: "Imagem dos EUA no mundo continua em queda (pesquisa)"

sábado, junho 10, 2006

Ajuda européia à CIA

RNW: Ajuda européia à CIA

Satélite Flagra Cratera Gigante na Antártida

07/06/2006
Pesquisadores americanos afirmam ter descoberto com a ajuda de uma dupla de satélites a cratera deixada pelo impacto de asteróide que causou a maior extinção em massa da história da Terra, a que aconteceu há cerca de 250 milhões de anos, no chamado Período Permiano.

A cratera, coberta por quase um quilômetro de gelo, tem quase 500 quilômetros de diâmetro -mais que o dobro do tamanho da famosa cratera de Chixchulub, produzida pelo bólido que deu cabo dos dinossauros, há 65 milhões de anos. Ela se situa na terra de Wilkes, no leste da Antártida.

Sua presença foi detectada graças aos satélites-gêmeos Grace, da Nasa, que servem para detectar anomalias na gravidade da Terra.

O que o grupo da Universidade do Estado de Ohio, detectou foi uma concentração de massa num padrão consistente com uma cratera de impacto.

Eles dizem que a cratera pode estar ligada à chamada extinção do Permiano-Triássico, evento no qual 90% das formas de vida marinhas e 70% das terrestres se extingüiram.

Ainda não foi possível, porém, datar o impacto que produziu o buraco.


(Fonte: Folha de SP)


quarta-feira, maio 17, 2006

Mercado exclui 39% da população apta ao trabalho

Dos 115 milhões de brasileiros com idade para trabalhar, apenas 80 milhões constituem a População Economicamente Ativa (PEA) e somente 70 milhões estão efetivamente ocupados, segundo informações do Diário do Nordeste. Ou seja, do total de pessoas com idade para trabalhar, 39% não são aproveitadas. "É um mundo de gente que poderia estar trabalhando", comenta Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC de São Paulo.

Segundo ele, o Brasil tem um alto grau de subutilização da mão-de-obra porque possui um potencial de força de trabalho muito mais numeroso que a PEA.

Dowbor frisa que iniciativas inovadoras, em termos organizacionais, podem aproveitar a capacidade de trabalho ainda sem ocupação. Para ele, idéias simples são capazes de "encontrar caminhos para que os desempregados passem a se organizar em frentes de trabalho".

O professor da PUC diz ainda que "não falta o que fazer", pois há um conjunto de atividades intensivas de mão-de-obra pouco qualificada que podem ser estimuladas a curto prazo, como obras habitacionais, de saneamento, de pavimentação e arborização. "São projetos que qualquer prefeitura sabe implementar", destaca.

Mercado exclui 39% da população apta ao trabalho



Fonte: Pequenas empresas, Grandes negócios

Dos 115 milhões de brasileiros com idade para trabalhar, apenas 80 milhões constituem a População Economicamente Ativa (PEA) e somente 70 milhões estão efetivamente ocupados, segundo informações do Diário do Nordeste. Ou seja, do total de pessoas com idade para trabalhar, 39% não são aproveitadas. "É um mundo de gente que poderia estar trabalhando", comenta Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC de São Paulo.

Segundo ele, o Brasil tem um alto grau de subutilização da mão-de-obra porque possui um potencial de força de trabalho muito mais numeroso que a PEA.

Dowbor frisa que iniciativas inovadoras, em termos organizacionais, podem aproveitar a capacidade de trabalho ainda sem ocupação. Para ele, idéias simples são capazes de "encontrar caminhos para que os desempregados passem a se organizar em frentes de trabalho".

O professor da PUC diz ainda que "não falta o que fazer", pois há um conjunto de atividades intensivas de mão-de-obra pouco qualificada que podem ser estimuladas a curto prazo, como obras habitacionais, de saneamento, de pavimentação e arborização. "São projetos que qualquer prefeitura sabe implementar", destaca.

terça-feira, maio 09, 2006

Irã terá embaixador no Iraque pela primeira vez em 26 anos

AFP - A atualidade / Notícias: "Irã terá embaixador no Iraque pela primeira vez em 26 anos"

Siderúrgica provoca crise entre Brasil e Bolívia

RNW: Siderúrgica provoca crise entre Brasil e Bolívia

Abril se entrega para monopólio sul-africano

Abril se entrega para monopólio sul-africano

A empresa sul-africana Naspers, o maior grupo de mídia do continente africano, fundada em 1915, na cidade do Cabo, acaba de comprar 30% do capital da Abril, que edita a revista “Veja”. A transação fechada na sexta-feira passada, no valor de 422 milhões de dólares (quase 1 bilhão de reais).

Segundo a direção da Abril, o ingresso de dinheiro novo será destinado para pagar dívidas. Desde 2004, quando vendeu 13,8% do capital do grupo para o fundo Capital Internacional Inc, a Abril se tornou a pioneira na entrega de ativos a estrangeiros.




Jornal Hora do Povo

sexta-feira, maio 05, 2006

Petróleo no mundo

BBC Portuguese | Petróleo no mundo

O país distorcido

Tensão entre o universal e o internacional se encontra na raiz de nossa necessidade em legitimar a cultura brasileira

(2/5/1999)



MILTON SANTOS

Há, em toda parte, no país, um certo alvoroço, para festejar os chamados 500 anos de Brasil. Esse é um grande pano de fundo.

Como nele enquadrar manifestações, como, por exemplo, esse questionário distribuído pelo Mais! de 11 de abril a dez dos mais importantes intelectuais nacionais para que, indicando 30 títulos, opinassem sobre as cem melhores obras mundiais de não-ficção neste século e as 30 melhores obras brasileiras de não-ficção em todos os tempos, isto é, 500 anos?

Entre os escolhidos cem melhores livros de não-ficção do século 20, há apenas um de autor brasileiro, Euclides da Cunha. E a lista contempla outro latino-americano: Jorge Luis Borges.

Cabe, desse modo, admitir nossa inapetência ou incapacidade de ser intelectualmente universais ou, mesmo, internacionais? Que país é esse, o Brasil, nos seus 500 anos? Podemos, a partir desses fatos, indagar-nos sobre esses 500 anos de formação de uma idéia de Brasil? Ou seria melhor debruçar-nos sobre a interpretação, a partir do fato nacional, de expressões como internacional, global, universal, noções que se prestam a confusão?

O chamado internacional seria modelado pela economia e pela política, criando relações que acabam por supor pontos de vista seletivos e por impor idéias e ações que, na origem ou nos desdobramentos, são marcadas por pragmatismo. Pensou-se que o global seria abarcativo, democratizante.

Mas na prática atual, ao contrário do que se podia sonhar, reduz ainda mais o escopo das trocas, abastarda as comparações e aprofunda a visão pragmática, na medida em que convoca todas as forças a buscar um único caminho.

Já o universal, que é independente de realizações práticas imediatas, é encontrado na busca de uma generalidade significativa e representa não apenas as quantidades do mundo, mas as qualidades e valores. Por isso é abrangente de tudo e de todos, a despeito de hierarquias.

Quando o parâmetro é a universalidade, o pensamento começa e termina com o pensamento filosófico; quando, porém, trata-se de internacionalidade, internacionalismo ou globalismo, a centralidade vai à economia. O internacional e a modernidade sempre estiveram na raiz da nossa busca intelectual, ambos significando a Europa e, mais recentemente, também os Estados Unidos.

Mas, era um internacional que se queria mundo e, pela força da economia, da política e das armas, oferecia-se equivocadamente como mundo, no processo de pensar o planeta, o continente e o país.

O próprio ensino da filosofia, além de um passeio superficial sobre diversos continentes, apenas se aprofundava nos pensadores e nas idéias oriundas daquelas áreas geográficas constitutivas do que admitíamos como internacional, deixando para trás tudo o mais, considerado como irrelevante. Esse caminhar acarretou pelo menos dois problemas.

O primeiro, a partir da nossa construção via colonização, levava a limitar o pensamento na órbita de uma história que já havia sido feita por outros, como se a história nova fosse mera repetição ou herança obrigatória do passado alheio.

O segundo problema vem de fato da mesma colonização, atribuindo ao ensino das idéias um certo caráter instrumental, na medida em que outras formas de pensar eram excluídas. No fundo, essa atitude acaba por produzir, perto ou longe, direta ou indiretamente, uma certa legitimação à instrumentalidade da economia na produção do pensamento social.

As consequências dessa visão distorcida do mundo são, na realidade, devastadoras para as ciências humanas, na medida em que adotem pontos de partida redutores e, neutralizando o ímpeto da crítica e aceitando raciocínios estabelecidos em função de outras realidades, conduzam a fornecer exegeses e exemplos resignados.

Quando o parâmetro é a universalidade, as idéias começam e terminam com um pensamento filosófico, que pode ser procurado e encontrado, não importa onde estejamos. Tal atitude tem reflexos sobre a conformação do gosto e das escolhas, conduzindo, de forma talvez imperceptível, a reproduzir, com exemplos novos, formulações alheias, aceitas como se fossem universais.

Os mencionados desvios são limitadores na elaboração dos pensamentos brasileiro e latino-americano e em nossa própria visão de nós mesmos e do continente. É como se todos quiséssemos ser europeus e agora um pouco mais, porque também queremos ser norte-americanos. Até mesmo a elegância no dizer é copiada.

Quem é levado a uma atividade intelectual verdadeiramente transnacional (não nos referimos à rotina de congressos pré-concluídos nem às coletâneas de textos encomendados sob medida) descobre, de modo esporádico ou sistêmico, que um grande número de formulações genuínas, provindas de uma interpretação universal de situações específicas -continentais, nacionais, locais-, acaba por ser avaliada em função de outras formulações, igualmente emanadas de situações específicas, ditas internacionais e tornadas cânones pelo simples efeito de autoridade.

É como se o trabalho acadêmico devesse constituir uma permanente adjetivação, geralmente diminutiva ou depreciativa, do que na realidade é substantivo. Isso, aliás, é válido para todo tipo de trabalho intelectual, não apenas o acadêmico. A questão central que nos ocorre, sobre a nossa interpretação de nós próprios, nesses chamados 500 anos de Brasil, é a seguinte: é possível opor uma história do Brasil a uma história européia do Brasil, um pensamento brasileiro em lugar de um pensamento europeu ou norte-americano do Brasil, ainda que conduzido aqui pelos bravos "brazilianists" brasileiros?

Não se trata de inventar de novo a roda, mas de dizer como a fazemos funcionar em nosso canto do mundo; reconhecê-lo será um enriquecimento para o mundo da roda e um passo a mais no conhecimento de nós mesmos. Ser internacional não é ser universal e para ser universal não é necessário situar-se nos centros do mundo. Inclusive pode-se ser universal ficando confinado à sua própria língua, isto é, sem ser traduzido.

Não se trata de dar as costas à realidade do mundo, mas de pensá-la a partir do que somos, enriquecendo-a universalmente com as nossas idéias; e aceitando ser, desse modo, submetidos a uma crítica universalista e não propriamente européia ou norte-americana.

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