tag:blogger.com,1999:blog-235329322024-02-20T15:59:32.884-03:00Geografia 2º Ano Professor Jéferson Pitol RighettoBlog do Professor Jéferson - Geografia - com conteúdo específico para o 2º ano do ensino médio.
Dos Colégios: Maria Auxiliadora - Canoas e
Presidente Kennedy - Porto Alegre
Melhor visualizadao no Mozila Firefox 2.0 ou superior
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender.—.Albino TeixeiraAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.comBlogger130125tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-41739726570118634762009-10-02T17:54:00.001-03:002009-10-02T17:54:07.414-03:00Viva o Povo Brasileiro<p><strong></strong></p> <p><strong></strong></p> <p><strong></strong></p> <p><strong>!!PARABÉNS RIO DE JANEIRO!!</strong></p> <p><strong>PARABÉNS BRASIL!</strong></p> <p><strong></strong></p> <p><strong>A OLIMPÍADA DE 2016 É NOSSA!!!</strong></p> <p><strong></strong></p> <p><strong></strong></p> <p><a href="http://lh6.ggpht.com/_XyiWWRmpDxE/SsZoX0_EcJI/AAAAAAAAGxc/tHSWzGZJWBs/s1600-h/RIO2016%20%282%29%5B3%5D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="RIO2016 (2)" border="0" alt="RIO2016 (2)" src="http://lh4.ggpht.com/_XyiWWRmpDxE/SsZoYxm-pKI/AAAAAAAAGxg/vSxOUuOSS2k/RIO2016%20%282%29_thumb%5B1%5D.jpg?imgmax=800" width="462" height="351" /></a>  </p> <p></p> <p></p> <p></p> <a href="http://lh5.ggpht.com/_XyiWWRmpDxE/SsZoaRkZMbI/AAAAAAAAGxk/TdgI9KIIk2w/s1600-h/RIO%202016%5B1%5D.png"><img style="border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="RIO 2016" border="0" alt="RIO 2016" src="http://lh3.ggpht.com/_XyiWWRmpDxE/SsZobjK6FDI/AAAAAAAAGxo/BrnT4AIUzJk/RIO%202016_thumb%5B1%5D.png?imgmax=800" width="438" height="305" /></a> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-55756501139570229952009-09-15T11:49:00.001-03:002009-09-15T11:49:48.980-03:00Potencial eólico chinês poderia suprir toda demanda por eletricidade do país<h3 align="justify"> </h3> <p align="justify">Estudo de cientistas de Harvard e de univrsidade chinesa mostra que país asiático pode trocar geração a carvão pela eólica</p> <p align="justify">Por Milton Leal</p> <p align="justify"> </p> <p align="justify"><img title="Getty Images" alt="Getty Images" src="http://www.jornaldaenergia.com.br/galeria/noticias/interna/983.jpg" /></p> <p align="justify">Os números chineses sempre impressionam. O país que possui 1,35 bilhão de habitantes e a economia que mais cresce no mundo precisa de energia, muita energia. Não é à toa que os chineses instalam em média 1GW de plantas a carvão por semana, o que contabiliza algo em torno de 50GW ao ano. Para efeito de comparação, o Brasil construiu no último ano menos de 2,4GW. Por isso, a China já figura como a nação que mais emite CO2 no mundo e está apenas atrás dos EUA quando o assunto é capacidade instalada. <br />Cientistas das universidades americana de Harvard e chinesa de Tsinghua publicaram um estudo na revista Science que discorre sobre a viabilidade de substituir as atuais fontes de geração e suprir o crescimento da demanda até 2030 somente com usinas eólicas. <br />A análise concluiu que uma extensa rede de turbinas eólicas operando com um fator de capacidade de 20% proveria até 24,7 petawatt/hora por ano. Este número equivale a sete vezes o atual consumo dos chineses. <br />“O mundo está lutando com a questão de como fazer para trocar os combustíveis ricos em carbono por algum outro que seja livre de carbono”, diz o autor líder do estudo Michael B. McElroy, professor de Harvard. <br />A estimativa de investimento para esta reviravolta energética chinesa é da ordem de US$900 bilhões - a preços atuais -, que já incluem a necessidade de expansão de 800GW para os próximos 20 anos. Os cientistas consideram o montante a ser aportado bastante significativo, mas não impossível de ser viabilizado devido ao tamanho da economia chinesa. <br />A China possui hoje 792GW de capacidade instalada. A expectativa é que o país aumente este potencial em 10% ao ano. Se optasse por expandir com usinas a carvão, cerca de 3,5 gigatons de CO2 seriam emitidos a mais por ano. <br />Atualmente, a geração eólica responde por 0,4% de todo o suprimento de energia elétrica chinês. Apesar disso, o país está se tornando rapidamente o mercado mais pujante de energia eólica e em breve deve ultrapassar os EUA, Alemanha e Espanha, que hoje têm mais usinas desta fonte.</p> <p align="justify">As energias alternativas na China, especialmente a eólica, receberam um importante empurrão com a sanção da lei de energia renovável em 2005, que dá benefícios fiscais para as fontes limpas. O governo chinês também estabeleceu um processo de concessão de ofertas para garantir o retorno dos investimentos dos grandes projetos eólicos. <br />Para determinar a viabilidade da energia eólica para a China, os estudiosos estabeleceram um modelo econômico no qual incorporaram os incentivos do governo e calcularam o custo da energia com base na geografia dos locais com bastante vento. Eles concluíram que turbinas de 1,5MW teriam o melhor aproveitamento e que seria necessário meio milhão de metros quadrados para instalar todos os parques. <br />Nos próximos meses, os pesquisadores planejam conduzir um estudo mais intensivo e detalhado sobre a energia eólica na China. Eles pretendem levar em consideração um banco de dados que inclui informações de 25 anos sobre a variação dos ventos na nação asiática.</p> <p align="justify"><a href="http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=1476&id_tipo=3&id_secao=9&id_pai=2&titulo_info=Potencial%20e%F3lico%20chin%EAs%20poderia%20suprir%20toda%20demanda%20por%20eletricidade%20do%20pa%EDs">http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=1476&id_tipo=3&id_secao=9&id_pai=2&titulo_info=Potencial%20e%F3lico%20chin%EAs%20poderia%20suprir%20toda%20demanda%20por%20eletricidade%20do%20pa%EDs</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-40973749464551359502009-09-15T09:36:00.002-03:002009-09-15T09:36:15.952-03:00Os Biocombustíveis, o etanol e a fome no mundo<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br />
</span></span><span class="Apple-style-span" style="color: #555555; font-family: 'Segoe UI'; font-size: 12px; line-height: 18px;"></span><br />
<div class="article-content" style="font-size: 12px;"><a href="http://profjeferson-curso-atlas-irbr.blogspot.com/2008/09/os-biocombustveis-o-etanol-e-fome-no.html" style="color: #104f92; text-decoration: none;"></a><strong>OS BIOCOMBUSTÍVEIS, O ETANOL E A FOME NO MUNDO</strong><div class="post hentry" style="font-size: 12px;"><div class="post-body entry-content" style="font-size: 12px;"><div align="justify" style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17 de Setembro de 2008</div><div align="justify" style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">No primeiro caso, estão as preocupações de caráter ambiental que derivam da crescente busca para a redução de emissões de gases que aceleram o efeito estufa. Quanto aos governos, a segurança energética relaciona-se com a redução da dependência da importação de petróleo, bem cada vez mais escasso e cujos principais países exportadores encontram-se em regiões com freqüentes instabilidades políticas. É nesse contexto que a experiência brasileira no uso do álcool derivado da cana-de-açúcar desperta a atenção mundial.<br />
O Brasil está, há pelo menos três décadas, na vanguarda da corrida dos biocombustíveis, em decorrência não só da enorme quantidade de terras e recursos hídricos disponíveis, como também por seu domínio tecnológico na produção de cana, a mais importante das matérias-primas utilizadas para produzir açúcar, etanol e eletricidade de forma competitiva.<br />
A decisão dos governos dos Estados Unidos (EUA) e dos países da União Européia (UE) em pelo menos duplicar o seu consumo de biocombustíveis nos próximos anos não só acirrou inúmeros interesses, como também ensejou grandes polêmicas.<br />
Uma das principais polêmicas é aquela que discute o impacto que o crescimento das culturas agrícolas ligadas à produção de biocombustíveis causariam à produção de alimentos. De início deve-se ressaltar que a importância dos combustíveis de origem agrícola no mercado global de energia é pequena, visto não representarem mais do que 1% da produção de combustíveis fósseis.<br />
Mas, o crescente impacto do boom agroenergético tem afetado, de forma mais ou menos significativa, certos mercados agrícolas, especialmente o do milho, a principal matéria prima usada para produção de etanol nos EUA. A produção norte-americana do etanol já consome cerca de 20% do milho produzido no país e esta cultura vem avançando gradativamente sobre áreas de outros plantios, especialmente os dedicados à soja. Isso tem ocasionado aumento dos preços de certos produtos agrícolas e causado desequilíbrios na estrutura dos mercados agropecuários (especialmente os de rações), além de afetar as exportações (os EUA são os maiores exportadores mundiais).<br />
Já o impacto da expansão da agroenergia nos mercados agrícolas é muito menor em países como o Brasil, que produzem álcool a partir da cana. Mais eficiente que o milho ou qualquer outra cultura agrícola, a produtividade da cana é duas vezes maior que a do milho e seu custo de produção é 30% menor.<br />
Do total de terras aráveis do Brasil (aproximadamente 340 milhões de hectares), cerca de 2,0% são usadas para o cultivo de cana, metade delas dedicadas à produção de etanol. A cultura da cana deverá se ampliar nos próximos anos às custas das terras dedicadas ao plantio de soja (cerca de 6,0% das terras aráveis) e milho (3,2%) e também sobre as áreas de pastos que correspondem a quase 60% das terras aráveis. Mas, não há certeza que, em algumas áreas, a cana não possa se expandir em detrimento a algumas culturas alimentares. Daí, a ferrenha oposição setores da sociedade em relação a essa expansão.<br />
Estimativas para a safra de cana de 2007/2008 indicam que ela crescerá 15% em relação a de 2006/2007 e o aumento se verificará em quase todas as unidades federativas. Os estados que apresentarão o maior crescimento porcentual serão a Bahia (75,9%) e Tocantins (73,5%). Todavia, em volume, a produção de cana é bem concentrada. Cerca de 85% dela verifica-se no Centro-Sul, com destaque para São Paulo com aproximadamente 70% do total regional. O Paraná (porção norte), Minas Gerais (região do Triângulo Mineiro), Mato Grosso Sul (leste) e centro-sul de Goiás completam o quadro.<br />
Há estudos em andamento no Ministério da Agricultura no sentido de se estabelecer um zoneamento agroecológico do setor sucroalcooleiro cujo objetivo seria o de definir as áreas disponíveis para a ampliação da produção levando em conta não só os índices de produtividade, mas também os impactos ambientais e socioeconômicos dessa expansão.<br />
Os EUA e o Brasil são, nessa ordem, os maiores produtores mundiais de etanol, sendo os norte-americanos os maiores importadores do produto e nosso país o maior exportador. Todavia, o Brasil não possui as limitações de expansão de área cultivada como os EUA, já que a cana pode, a princípio, se expandir especialmente em áreas de cerrado, que tradicionalmente têm sido utilizadas para pastagens ou produção de soja. O Brasil, por exemplo, poderia produzir 132 milhões de litros de etanol, volume necessário para substituir 15% da gasolina nos EUA, com cerca de 30 milhões de hectares de cana-de-açúcar, o triplo da área atual de cana, porém apenas 10% da nossa reserva de pastagens.<br />
Se produzida com alta tecnologia, a agroenergia representa uma extraordinária oportunidade para os países subdesenvolvidos da América Latina, África e parte da Ásia. O Brasil, em particular, tem uma chance de ouro para estar à frente dos demais países no contexto global da bioenergia, buscando consolidar o álcool (e também o biodiesel) como commodities globais, produzidas de forma ambiental e socialmente correta.<br />
A expressiva alta dos alimentos nos últimos dois anos e a crise alimentar que vem afetando muitos países pobres como o Haiti, Burkina Fasso, Níger, entre outros levou vários especialistas ligados a organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a afirmar que esses problemas, que poderiam se alastrar por outros países eram causados pela expansão dos cultivos dedicados a produção de biocombustíveis (o etanol em particular) em detrimento daqueles dedicados a alimentação humana. Na verdade, o problema tem como causas uma combinação de fatores que atuam de forma diferenciada em vários países.<br />
Genericamente seriam cinco os principais fatores que explicam, em termos mundiais, a situação atual. O aumento da produção de biocombustíveis e a manutenção dos subsídios agrícolas em países ricos, como os EUA e países da UE. O aumento dos custos da produção agrícola como decorrência do aumento do petróleo e dos fertilizantes. O forte incremento do consumo de alimentos por parte de países emergentes de grande população como são os casos da China, Índia, Brasil e México. A quebra de safras em vários países produtores de grãos cujo exemplo mais evidente é o da Austrália, atingida por secas prolongadas nos últimos anos. A crise financeira dos EUA que levou investidores a apostar em contratos de mercadorias, contribuindo também para o aumento de preços dos alimentos.</div><div align="justify" style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><em><strong>Nelson Bacic Olic</strong></em><br />
Revista Pangea, 29/4/2008</div></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-6905196935560473452009-09-13T12:29:00.001-03:002009-09-13T12:29:59.513-03:00Uma Sintese da História do Álcool no Brasil<p> <br />O etanol, também conhecido como álcool etílico encontra uma ampla aplicação na vida cotidiana do brasileiro seja como solvente industrial, anti-séptico, conservante, componente de diversas bebidas, em desinfetantes domésticos e hospitalares, solvente de fármacos importantes. Além do uso caseiro ou industrial  o etanol se tornou uma molécula estratégica para a economia brasileira como uma alternativa energética viável, já que Brasil tem tradição e conhecimento na produção deste biocombustível para a substituição gradativa do petróleo.</p> <p>Aquestão do álcool combustível, é tratar de um tema estratégico da soberania nacional e formar opinião sobre a questão energética mundial.</p> <p><strong>O etanol como combustível</strong></p> <p>Ao contrário do que se pensa, o uso do álcool como combustível acompanha o nascimento dos automóveis. Tem como características técnicas ser menos inflamável e menos tóxico que a gasolina e o diesel. Ele pode ser produzido a partir de biomassa (resíduos agrícolas e florestais). No Brasil, ele é gerado principalmente da cana-de-açúcar. Nos Estados Unidos, o milho é o mais usado.</p> <p>O uso de álcool combustível teve seu primeiro ápice no país a partir da década de 70, com a crise de petróleo no mundo e o nascimento do Proálcool (Programa Nacional do Álcool) em 1975, que incentivava o cultivo da cana-de-açúcar e provia recursos para construção de usinas, e tinha como apelo o fato de ser uma fonte de energia renovável e menos poluidora que os derivados do petróleo, o que possibilitou o desenvolvimento de uma tecnologia 100% nacional. Entretanto o projeto enfrentou a valorização do açúcar e o fim da crise do petróleo e tornou-se inviável.</p> <p>Atualmente o álcool volta à cena, diante dos conflitos internacionais, que influenciam fortemente o preço do barril de petróleo. Tanto a União Européia quanto os Estados Unidos, voltam sua atenção esse nosso combutível.</p> <p>O Brasil se torna, portanto, o país do combustível verde, o que tem aspectos positivos e negativos. Para entender um pouco da conjuntura atual, apresente esses dois gráficos e solicite que seus alunos interpretem:</p> <p><img alt="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/producao-etanol1.jpg" src="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/producao-etanol1.jpg" /></p> <p>Fonte: <a href="http://www.biodieselbr.com">www.biodieselbr.com</a></p> <p>Responda em seu caderno:</p> <ul> <li>Qual o país que se destaca na produção de etanol, conforme o gráfico? </li> <li>Quais as fontes de produção do etanol em escala comercial? </li> <li>Quais os países que mais consomem esse biocombustível? </li> </ul> <p><img alt="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/custo-producao-etanol1.jpg" src="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/custo-producao-etanol1.jpg" /></p> <p>Fonte: www.biodieselbr.com</p> <p>Na sequência analise o segundo gráfico. Perceba que com a técnica, os custos diminuem e a oferta aumenta, fazendo com que o Brasil tenha grande vocação de exportador de etanol. </p> <p>Responda em seu caderno:</p> <ul> <li>O que o país tem a ganhar, ingressando no mercado internacional de combustíveis? </li> <li>Estamos preparados para abastecer o mundo? </li> <li>Quais as consequências do aumento na demanda de etanol? </li> </ul> <p>A liderança e competitividade brasileira no setor do etanol, foi obtida por longos anos de trabalho realizado por pesquisadores em instituições de ensino e pesquisa e em empresas privadas. O resultado é uma valiosa bagagem de conhecimento e de tecnologia sobre a cana, seus derivados e sobre o processo de fabricação do etanol de cana. Solicite que façam apontamentos sobre as ídeias discutidas até então sobre o tema e que as tragam na próxima aula.</p> <p>Existem problemas que precisam ser resolvidos para que o álcool se torne realmente uma alternativa sócio e ambientalmente sustentável no Brasil.</p> <p>São eles:</p> <ul> <li>Monocultura da cana-de-açúcar; </li> <li>Condição social e trabalhista da mão-de-obra empregada; </li> <li>Primitivo processo de colheita (que obriga à queima da cana); </li> <li>Produção de vinhoto (resíduos da fermentação do álcool) </li> </ul> <p>Escolha uma dos problemas acima pesquise e registre em seu caderno suas implicações ao meio ambiente.</p> <p><img alt="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/boiafria4-thumb.jpg" src="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/boiafria4-thumb.jpg" width="413" height="549" /></p> <p>Para refletir: (responda em seu caderno)</p> <p>Existem alternativas? Escolha uma das possibilidades abaixo e registre-a em seu caderno como seria possível sua aplicação:</p> <ul> <li>Geração de energia com o bagaço da cana; </li> <li>Utilização do vinhoto como fertilizante; </li> <li>Fim da colheita com o método de queimada; </li> <li>Justiça Social e fiscalização trabalhista no trabalho dos cortadores de cana; </li> </ul> <p><strong>Produção brasileira de cana-de-açúcar</strong></p> <p>O etanol é produzido no Brasil essencialmente nas regiões sudoeste e nordeste do Brasil. O Brasil tem uma área total de 851 milhões de hectares, sendo que, somente em 6 milhões de hectares, está concentrado o cultivo de cana-de-açúcar. A plantação de milho e soja ocupa atualmente 34 milhões de hectares e pecuária, outros 220 milhões.</p> <p>Solicite que identifiquem na figura, quais as regiões em que a produção do etanol se localiza, e quais suas implicações e consequências.</p> <p><img alt="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/mapa_do_etanol.jpg" src="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1655/imagens/mapa_do_etanol.jpg" width="526" height="394" /></p> <p>Fonte: www.veja.com.br</p> <p><strong>Perspectivas futuras</strong></p> <p>A qualidade da tecnologia que o Brasil tem na produção de etanol proveniente de cultivos de cana-de-açúcar é inquestionável. Durante algumas décadas, o país recebeu investimento volumoso dos diferentes governos para o estabelecimento deste cultivo como prioritário e estratégico.</p> <p>Adaptado de: <a href="http://portaldoprofessor.mec.gov.br/perfil.html?id=26">Nilton Goulart de Sousa</a> </p> <p>BRASILIA - DF <br />Universidade de Brasília</p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-10400968627723093972009-09-02T18:02:00.001-03:002009-09-02T18:02:45.914-03:00IBGE divulga Indicadores Demográficos e de Saúde<h4 align="justify"> </h4> <p align="justify"><em>Estudo abrange estatísticas de fecundidade, natalidade e mortalidade desde 1960 a 2005 e aborda, ainda, a saúde, a capacidade funcional, o acesso dos idosos aos planos de saúde e a oferta e utilização dos equipamentos de diagnóstico por imagem. Também é estudada a população indígena segundo os censos demográficos de 1991 e 2000.</em></p> <p align="justify">O padrão demográfico brasileiro manteve-se, até meados do século 20, relativamente estável, com elevadas taxas brutas de natalidade (entre 45 e 50 nascimentos por mil habitantes) e taxas de fecundidade total entre 7 e 9 filhos, em média, por mulher, refletindo a concepção de família numerosa, típica de sociedades agrárias. As grandes transformações começam a partir dos anos 40, com um consistente declínio dos níveis gerais de mortalidade, embora não concomitante ao declínio da natalidade, que só se intensificou nos anos 1980.</p> <p align="justify">Assim, a esperança de vida ao nascer<sup>1</sup> dos brasileiros vem paulatinamente aumentando, o que aponta para o envelhecimento populacional e exige novas prioridades na área das políticas públicas, como a formação de recursos humanos para atendimento geriátrico e gerontológico, e de medidas com relação à Previdência.</p> <p align="justify"><strong>Desigualdades regionais das taxas de mortalidade reduziram-se muito entre 1960 e 2005</strong></p> <p align="justify">O aumento da esperança de vida reflete, entretanto, diferenças regionais marcantes. Em 1940, o Nordeste já apresentava o menor valor, 36,7 anos, contra 49,2 anos no Sul; 47,9 anos no Centro-Oeste; e 43,5 anos no Sudeste. Até meados da década de 50, a esperança de vida aumentou cerca de dez anos para o país como um todo (de 41,5 anos para 51,6 anos), enquanto no Nordeste o incremento foi de apenas quatro anos, e, nas regiões do Centro-Sul, os ganhos chegaram a 14 anos (no Sudeste).</p> <p align="justify">Somente a partir de meados da década de 70, com a ampliação da rede assistencial, da infraestrutura de saneamento básico e da escolarização, tem início uma redução significativa nos padrões da desigualdade regional em relação à mortalidade, com o Nordeste apresentando os maiores aumentos da esperança de vida. As diferenças entre o Nordeste e o Sul, de 19 anos nas décadas de 1960/70, se reduzem para 5 anos em 2005.</p> <p align="justify"><strong>Diferenças na esperança de vida entre os sexos acentuou-se nos anos 1980</strong></p> <p align="justify">As diferenças por sexo para esse indicador passam a ser relevantes a partir dos anos 80 em praticamente todas as regiões brasileiras, por causa da tendência de aumento das causas violentas, que passam a afetar prioritariamente os homens. Em 1980, a sobrevida feminina era de 6 anos. Essa diferença aumenta para 7,6 anos em 2000, sendo que, no Sudeste, os homens vivem, em média, quase 9 anos a menos que as mulheres.</p> <p align="justify">O aumento da instrução feminina vem contribuindo para a redução do número de filhos. Até 1960, taxa de fecundidade total (TFT)<sup>2</sup>era levemente superior a 6 filhos por mulher, caindo para 5,8 filhos em 1970, puxada pelo Sudeste. No Sul e Centro-Oeste, o início da transição da fecundidade ocorre a partir do início da década de 70, enquanto no Norte e Nordeste, apenas no início da década de 80. O declínio manteve-se nas décadas seguintes, chegando à estimativa de 1,99 filho em 2006 - um declínio vertiginoso em 30 anos em relação a países desenvolvidos, que demoraram mais de um século para atingir patamares similares.</p> <p align="justify"><strong>Reduzem-se os diferenciais de fecundidade entre os grupos de menor e maior escolaridade</strong></p> <p align="justify">Há uma associação entre posição socioeconômica da população e níveis de fecundidade: grupos menos instruídos ainda apresentam taxas de fecundidade mais elevadas. Essa diferença, porém, vem se reduzindo nas últimas três décadas em todas as regiões. O diferencial, que, em 1970, era de 4,5 filhos por mulher, declina para 1,6 filho em 2005, puxado, sobretudo, pela queda na taxa de fecundidade total das mulheres com até 3 anos de estudo, que passa de 7,2 filhos para 3,0 filhos. Os resultados das unidades da federação reproduzem as especificidades regionais. No entanto, em todos os estados, as mulheres com mais de oito anos de escolaridade (pelo menos o ensino fundamental completo) têm taxas de fecundidade total abaixo do nível de reposição (2 filhos).</p> <p align="justify"><strong>Doenças crônicas atingem 75,5% dos idosos</strong></p> <p align="justify">Em menos de 40 anos, o Brasil passou de um perfil de mortalidade típico de uma população jovem para um desenho caracterizado por enfermidades complexas e mais onerosas, próprias das faixas etárias mais avançadas. O fato marcante em relação às doenças crônicas é que elas crescem de forma muito importante com o passar dos anos: entre os de idade de 0 a 14 anos, foram reportados apenas 9,3% de doenças crônicas, mas entre os idosos este valor atinge 75,5% (69,3% entre os homens e 80,2% entre as mulheres).</p> <p align="justify">Os 20% de idosos mais pobres apresentaram prevalência estatisticamente significativa menos elevada (69,9%) de doenças crônicas. Os demais declararam proporções semelhantes (de, aproximadamente, 75%).</p> <p align="justify">O Brasil envelhece rapidamente, mas os grandes centros urbanos, embora já apresentem um perfil demográfico semelhante ao dos países mais desenvolvidos, ainda precisam melhorar a infraestrutura de serviços para dar conta das demandas decorrentes das transformações demográficas vigentes.</p> <p align="justify"><strong>Idosos do Nordeste têm menor mobilidade</strong></p> <p align="justify">Os idosos do Nordeste encontram-se em séria desvantagem quanto à condição funcional, quando comparados com os das demais regiões do país. A incapacidade funcional é avaliada através da dificuldade de mobilidade, de realizar atividades básicas, como cuidado pessoal, e nas ações mais complexas, necessárias para viver de forma independente.</p> <p align="justify">Já idosos em muitas áreas do Norte e do Centro-Oeste, onde há predominância de atividades agrícolas e menores taxas de urbanização, encontram relativa vantagem. O caso do Rio Grande do Sul, unidade da federação que apresenta a segunda maior expectativa de vida do país, também se destaca pela variação das condições dos idosos, com prevalência de incapacidade bastante diferenciadas em suas regiões.</p> <p align="justify">O risco de incapacidade funcional em mobilidade era maior entre os idosos nas áreas urbanas do que nas áreas rurais, segundo estudos sobre o assunto. As mulheres declaram incapacidade funcional em maior proporção do que os homens, observando-se também o caráter progressivo da incapacidade funcional entre os idosos em relação ao aumento da idade.</p> <p align="justify"><strong>São Paulo tem as menores taxas de incapacidade funcional</strong></p> <p align="justify">O município de São Paulo apresenta as mais baixas taxas de prevalência de incapacidade funcional, 20,1% para mulheres e 15,8% para os homens; as taxas são menores também segundo os grupos de idade: 12,3% para os idosos de 60 a 69 anos; 21,5% para os de 70 a 79; e 38,4% para os de 80 ou mais.</p> <p align="justify">Palmas, entre as mulheres (38,5%), e Maceió (28,2%), entre os homens, têm as mais altas taxas de incapacidade funcional. Os idosos nos municípios das capitais das regiões Sul e Sudeste apresentam uma melhor condição funcional, embora Cuiabá (26,6%), Porto Velho (27,2%) e Campo Grande (27,3%), entre as mulheres, e Palmas (20%), entre os homens, apareçam entre os sete primeiros, acima de Porto Alegre.</p> <p align="justify">A análise em nível mais desagregado mostrou a heterogeneidade do declínio funcional na população idosa brasileira, que está associada a diversos fatores e, em grande parte, às desigualdades sociodemográficas presentes na sociedade.</p> <p align="justify"><strong>Hospitalizações no SUS de idosos com 80 anos ou mais custam, em média, R$ 179,00 por idoso</strong></p> <p align="justify">O idoso consome mais os serviços de saúde, as internações hospitalares são mais freqüentes, e o tempo de ocupação do leito é maior devido à multiplicidade de patologias, quando comparado a outras faixas etárias.</p> <p align="justify">Entre os idosos, o custo da internação <em>per capita</em> tende a aumentar à medida que a idade aumenta, passando de R$ 93 por idoso na faixa etária de 60 a 69 anos, para R$ 179 entre aqueles de 80 anos ou mais. Os homens idosos apresentaram, em 2006, um custo<em>per capita </em>(R$ 100) menor do que as mulheres (R$ 135).</p> <p align="justify"><strong>Cerca de 29% dos idosos no Brasil têm plano de saúde</strong></p> <p align="justify">A cobertura dos planos de saúde entre os idosos é de aproximadamente 5 milhões de pessoas de 60 anos ou mais de idade, representando 29,4% do total da população nessa faixa etária. A clientela dos planos de saúde é predominantemente composta de pessoas de renda mais alta, ocorrendo o inverso entre os idosos que possuem apenas cobertura pelos SUS. Entre os idosos usuários do SUS, apenas 5,8% apresentavam um rendimento domiciliar de mais de três salários mínimos <em>per capita</em>, enquanto que, entre os idosos que possuíam planos privados, esta proporção alcançava 42,8%.</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090103_425350.gif" /></p> <p align="justify"><strong>Número de nascimentos reduziu-se entre 2000 e 2006</strong></p> <p align="justify">O número de nascimentos no país, de acordo com as informações fornecidas pelo SINASC (Sistema de Nascidos Vivos) do Ministério da Saúde, caiu de 3,2 milhões, em 2000, para 2,9 milhões, em 2006. Regionalmente, a queda foi mais acentuada nas regiões Sul e Sudeste, enquanto Nordeste e Centro-Oeste apresentaram volume de nascimentos praticamente estabilizado. O aumento dos nascimentos na região Norte, nesse período, decorre da melhoria da captação da informação.</p> <p align="justify">No período de 2000 a 2006, houve declínio da participação dos nascimentos oriundos de mães dos grupos etários de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos. No grupo de mães entre 10 a 14 anos houve estabilidade e, entre as mães acima de 24 anos, um pequeno crescimento nos percentuais de nascimentos.</p> <p align="justify">Em 2006, 51,4% (1.512.374) dos nascidos vivos eram filhos de mães com idade até 24 anos, sendo 27.610 (0,9%) de mães do grupo etário de 10 a 14 anos; 605.270 (20,6%) filhos de mães de idade entre 15 a 19 anos e, 879.493 (29,9%), crianças nascidas de mães com idade de 20 a 24 anos. Em 2000, esses grupos etários correspondiam, respectivamente, a 0,9% (28.973), 22,5% (721.564) e, 31,1% (998.523).</p> <p align="justify">No Distrito Federal, em São Paulo, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Paraná, as proporções de nascimentos de mães com até 24 anos de idade foram menores que 50%. Nos demais estados, a maioria dos nascimentos foi oriunda dos segmentos de mulheres mais jovens, porém, com redução em todos as unidades da federação, em relação a 2000. O Maranhão registrou, em 2006, a maior proporção de nascimentos de mães com idade até 24 anos (66,2%).</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090129_96332.gif" /></p> <p align="justify"><strong>Aumentou proporção de mães que realizaram pré-natal</strong></p> <p align="justify">Em relação à assistência pré-natal, no período 2000-2006, houve aumento da proporção de nascidos vivos cujas mães realizaram sete ou mais consultas, passando de 43,7% para 54,5%, enquanto a proporção de mães que não realizaram nenhuma consulta caiu de 4,7% para 2,1%.</p> <p align="justify">Do ponto de vista estadual, enquanto em São Paulo e no Paraná, o percentual de nascidos vivos cujas mães realizaram sete consultas ou mais foi superior a 70%, no Amapá essa proporção foi de apenas 23,6%. Os maiores percentuais de nascidos cujas mães não foram a nenhuma consulta pré-natal foram observados nos estados do Acre (11,1%) e Amapá (9,6%).</p> <p align="justify"><strong>Roraima e Acre apresentavam maiores proporções de nascimentos em domicílios</strong></p> <p align="justify">Em 2000, o percentual de nascimentos ocorridos em estabelecimentos hospitalares foi de 96,6%, passando para 97,2%, em 2006, para o país como um todo. Em 2006, apenas Roraima e Acre ainda não tinham atingido percentuais de cobertura hospitalar igual ou maior que 90%, apesar de estarem próximos desse valor, apresentando 12,7% e 9,8% dos nascimentos ocorridos em domicílios, respectivamente.</p> <p align="justify"><strong>Cesarianas são mais comuns em mulheres com mais escolaridade</strong></p> <p align="justify">Segundo o Ministério da Saúde, a cesariana já representa 43% dos partos realizados no Brasil nos setores público e privado, quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde é para que as cesáreas sejam de, no máximo, 15% dos partos, limitando-se a situações de risco tanto da mãe quanto da criança.</p> <p align="justify">Quando se levam em conta os planos de saúde privados, constata-se que esse percentual é ainda maior, chegando a 80%. Já no Sistema Único de Saúde, as cesáreas somam 26% do total de partos. Os especialistas ponderam para a segurança do parto normal tanto para a mãe quanto para o bebê.<sup>3</sup></p> <p align="justify">O estudo apontou que houve crescimento da proporção de nascimentos por partos cesáreos em todas as regiões do Brasil. Os maiores percentuais foram observados, em 2006, nas regiões Sudeste e Sul. O Norte foi a região do país com o menor percentual de cesarianas naquele ano.</p> <p align="justify">Segundo relatório da Rede Interagencial de Informações para Saúde no Brasil, de 2008, os partos cesáreos são mais comuns entre as mulheres com maior nível de instrução, chegando a quase 70% entre aquelas com 12 anos e mais de escolaridade e sendo menos de 20% entre as mulheres com menor grau de instrução.</p> <p align="justify"><strong>Mortalidade infantil mantém trajetória de queda</strong></p> <p align="justify">Ocorreram profundas transformações nos padrões da mortalidade da população brasileira a partir de meados da década de 1990. Ela mantém tendência de queda no país, particularmente a infantil e a de menores de cinco anos. As causas relacionadas a enfermidades infecciosas e parasitárias perderam importância relativa nesta faixa etária. Agora são predominantes as afecções perinatais, provável reflexo da não-extensão de serviços de saúde de qualidade a toda a população.</p> <p align="justify">O atendimento pré-natal, por exemplo, ainda é insuficiente nas regiões Norte e Nordeste. Tais regiões ainda apresentam falhas na cobertura dos óbitos, em particular os infantis - no Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Maranhão e Ceará as subnotificações são superiores a 40%. Mesmo para o total dos óbitos, a subnotificação também é extremamente elevada (acima de 26%) nesses locais. A média nacional é 12%; e a dos estados do Centro Sul do país está abaixo de 10%.</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090222_487879.gif" /></p> <p align="justify">Já os idosos são atingidos mais fortemente por enfermidades relacionadas a problemas do aparelho circulatório. Também chama atenção o aumento dos óbitos relacionados a neoplasias.</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090259_728384.gif" /></p> <p align="justify">A proporção de óbitos notificados como causas mal definidas continua significativa, apesar da melhoria observada na notificação das reais causas de morte. Estas englobam os casos em que os sintomas e os sinais não foram objetivamente esclarecidos, além dos achados anormais de exames clínicos e de laboratório.</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090335_968158.gif" /></p> <p align="justify"><strong>Sobremortalidade masculina acentuou-se a partir dos anos 1980</strong></p> <p align="justify">No Brasil, a sobremortalidade masculina nos anos 1940/50 e 1950/60 era moderada, começando a elevar-se a partir de 1970 e acentuando-se ao longo de 1980, 1991 e 2000, sobretudo entre os jovens e jovens-adultos.</p> <p align="justify">Já entre 2000 e 2005, enquanto no <strong>Sudeste</strong> reduziu-se a sobremortalidade masculina em todas as faixas etárias, com exceção do grupo de 15 a 25 anos, no <strong>Nordeste</strong> ela cresceu em todas as faixas etárias. Esses resultados podem refletir, por um lado, um maior controle da violência nas regiões com alta incidência, caso do Sudeste e, por outro lado, sua generalização para o Nordeste e demais regiões do país.</p> <p align="justify"><strong>Óbitos violentos têm maior incidência entre os jovens pobres</strong></p> <p align="justify">Os homens jovens, pobres, na faixa de 15 a 29 anos de idade são, ao mesmo tempo, as principais vítimas e os principais agentes da situação de violência que tem afetado a sociedade brasileira.</p> <p align="justify">As informações sobre óbitos, da Base de Dados Nacional do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/DATASUS), do Ministério da Saúde, obedecem a uma padronização e são divulgadas anualmente. O SIM segue a metodologia da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está construído com base nas declarações de óbito, de preenchimento obrigatório<sup>4</sup>, emitidas em todo o país.</p> <p align="justify">A proporção de óbitos por causas externas aumentou principalmente a partir do final dos anos 70, mas as mortes violentas não são um fator determinante de óbito para as mulheres. Seus percentuais são baixos e mantêm-se estáveis: de 4,5%, em 1980, a 4,9%, em 2005. Na população masculina, os percentuais foram 12,9% em 1980 e 18,3%, em 2005.</p> <p align="justify"><strong>Entre 2000 e 2005, cai em sete pontos percentuais a proporção de homicídios no Sudeste</strong></p> <p align="justify">Em 1980, os homicídios representaram 22,4% das mortes masculinas por causas externas no país. O crescimento do percentual de óbitos masculinos por homicídio, de 1980 a 1990, foi significativo: 13 pontos percentuais, atingindo seu ponto mais alto (41,8%) em 2000 e reduzindo-se um pouco em 2005.</p> <p align="justify">De 1980 a 1990, os percentuais de homicídios masculinos cresceram mais no Norte (18 pontos percentuais) e Sudeste (14 pontos percentuais). Na década de 1980, com algumas variações, a situação de violência se aprofunda, em todas as regiões e, no Sudeste, ela atinge seu ápice em 2000, quando quase metade das mortes masculinas por causas externas devia-se a homicídios.</p> <p align="justify">Entre 2000 e 2005, cresceu o percentual de homicídios masculinos nas regiões Sul, Norte e Nordeste, onde, em 2005, as taxas elevaram-se a cerca de 40%, e um pouco menos no Sul. Mas não deixa de surpreender a queda percentual de homicídios no Sudeste, entre 2000 e 2005: de 48,0% para 41,6%.</p> <p align="justify"><strong>Entre 2000 e 2005, caiu a participação dos homicídios nos óbitos masculinos em São Paulo</strong></p> <p align="justify">No estado de São Paulo, os homicídios representavam a metade dos óbitos masculinos por causas externas em 2000, mas caíram para cerca de 35% em 2005. Também houve quedas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins e, em menor escala, no Rio de Janeiro, Amazonas e DF.</p> <p align="justify">No Nordeste, aumentou o percentual das mortes masculinas por homicídio. Na Bahia, a alta foi de cerca de 19 pontos percentuais, com Maranhão e Alagoas a seguir e, num patamar bem inferior, Rio Grande do Norte. É importante destacar a gravidade da situação da violência em Pernambuco, com os maiores percentuais de óbitos masculinos por homicídios do país: 62%.</p> <p align="justify">A violência letal é a principal causa de morte para homens entre 15 e 29 anos de idade, representando mais da metade das mortes para essa parcela da população brasileira, entre 2000 e 2005. Em 2000, a taxa de mortalidade por homicídios (por cada 100 mil jovens) na população masculina de 15 a 29 anos, no país era de 98,3, reduzindo-se para 95,6 em 2005.</p> <p align="justify">Norte, Nordeste e Sul tiveram um aumento expressivo em suas taxas de mortalidade de jovens por homicídio. Já o Sudeste, no período, teve redução importante (de 142,2 para 102,6) possivelmente relacionada ao esforço dos governos estaduais e municipais e da sociedade civil, especialmente no eixo Rio-São Paulo. Um exemplo é o <em>Estatuto do Desarmamento</em>, criado em dezembro de 2003, e a campanha de desarmamento, em 2004. Seus efeitos, no entanto, ficaram mais restritos aos grandes centros urbanos.</p> <p align="justify">Maranhão, Bahia e Minas Gerais, no período, mais que duplicaram suas taxas de mortalidade por homicídio de jovens. Em Alagoas, a taxa passou de 89,7 para 151,9 homicídios por 100 mil jovens. Pernambuco tinha as maiores taxas do país: 204,8 em 2000 e 206,1 em 2005.</p> <p align="justify">A principal redução das taxas de violência letal contra os jovens ocorreu em São Paulo: de 168,5 em 2000 para 75,6 por cada 100 mil jovens, em 2005.</p> <p align="justify"><strong>Em 2005, as armas de fogo vitimaram 74,5 jovens em cada cem mil</strong></p> <p align="justify">A utilização de arma de fogo nos homicídios é muito elevada no país. Em 2000, a taxa de óbitos masculinos por homicídio com uso de arma de fogo era de 72,4 (por 100 mil jovens), passando a 74,5 em 2005.</p> <p align="justify">No Nordeste, Pernambuco apresentava, em 2000, a taxa mais alta do país, assim se manteve em 2005, apesar de uma pequena redução: de 183,7 para 177,7 por 100 mil jovens. No Piauí e em Alagoas as taxas quase duplicaram, sendo que esse último apresentava a 4ª maior taxa do país, em 2005. Em alguns estados, as taxas quase triplicaram (Bahia) ou quadruplicaram (Maranhão), em um intervalo de apenas 5 anos.</p> <p align="justify">No Sudeste, São Paulo apresentou a maior redução na taxa de óbitos por homicídio com arma de fogo entre os jovens: de 112,6, por 100 mil jovens, em 2000, para a 57,2 em 2005. No Rio de Janeiro também houve redução, mas numa escala bem menor.</p> <p align="justify">No Norte, em 2000, o Pará tinha 25 em 100 mil jovens assassinados por arma de fogo. Cinco anos depois, eram 64,6 jovens em 100 mil. Esse aumento pode ser devido aos conflitos de terra nesse estado. Já em Roraima houve redução significativa nas taxas de mortalidade juvenis por homicídio com arma de fogo: eram 49,6 para cada 100 mil jovens em 2000, caindo para 13,7 em 2005.</p> <p align="justify">No Sul também cresceu o número de assassinatos de jovens por arma de fogo. Destacam-se os estados de Santa Catarina, que, em cinco anos mais do que duplica sua taxa de homicídio juvenil por arma de fogo, e o Paraná, que passa de 45,1 para 88,3 jovens em 100 mil, ao longo desse período.</p> <p align="justify"><strong>Causas externas fazem esperança de vida masculina reduzir-se em 3,2 anos de vida</strong></p> <p align="justify">Dentre as principais causas de morte que incidem sobre a população masculina brasileira, as violentas foram as maiores responsáveis pelos “anos de vida perdidos”: em 1996 acarretaram uma redução de 3,4 anos na expectativa de vida dos homens brasileiros e, em 2005, esse indicador teve uma leve redução, caindo para 3,2 anos. Para as mulheres, o número de “anos de vida perdidos” por conta das mortes por causas externas é bem inferior ao dos homens: 0,83 ano em 1995 e 0,65 ano em 2005.</p> <p align="justify">A participação dos homens de 15 a 39 anos na composição do indicador “anos de vida perdidos” é de 64%, em 2005, no Brasil como um todo. A região Sudeste tem o maior valor (67%, em 2005) e a Sul, o menor (60%). Já as mulheres exibem proporções significativamente menores (inferiores a 50%), embora haja uma tendência de aumento nessas proporções em todas as regiões, com exceção da Norte.</p> <p align="justify">Em síntese, apesar da tendência declinante, as mortes violentas continuam sendo responsáveis por perdas significativas de anos de vida do sexo masculino, no conjunto do País. Em alguns estados são observadas reduções importantes, como no Rio de Janeiro e em São Paulo, em contraposição a outros, onde houve crescimento da violência, particularmente o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, já com índices próximos a Pernambuco, um dos mais violentos do País.</p> <p align="justify"><strong>Nº de equipamentos de diagnóstico por imagem cresce com maior intensidade no setor público</strong></p> <p align="justify">Em 2005, o Brasil contava com 39.254 equipamentos de diagnóstico por imagem<sup>5</sup>, 20% a mais que em 1999. Essa variação foi maior entre os aparelhos de ressonância magnética (93% de aumento), mamógrafos com comando simples (71%), ultrassom doppler colorido (58%) e raio-X para hemodinâmica (51%). O crescimento dos raios-X ficou abaixo da média (9%) assim como o dos ultrassons ecógrafos (4%), o que pode mostrar que os equipamentos mais simples, embora em número maior, têm um crescimento menor vis-à-vis os mais complexos.</p> <p align="justify">Quanto à esfera administrativa onde essas aquisições ocorrem, observa-se uma maior variação no setor público (58,9%, de 1999 a 2005) em relação ao privado (11,4%). Ao mesmo tempo, observa-se uma redução, de 1999 para 2002, na proporção de equipamentos privados disponíveis ao SUS, passando de 42% para 35% do total e se estabilizando nesse patamar desde então.</p> <p align="justify">Quanto ao tempo de fabricação dos equipamentos, entre 50% e 60% dos ultrassons doppler colorido e entre 44% e 51% dos aparelhos de ressonância magnética têm menos do que cinco anos, ao contrário dos raios-X, com 22% a 26% de equipamentos mais novos. Os demais ficam numa posição intermediária.</p> <p align="justify"><strong>Oferta de equipamentos do SUS e de planos de saúde é desigual</strong></p> <p align="justify">A oferta potencial desses equipamentos de imagem varia conforme se consideram as possibilidades de acesso universal (SUS) ou privado. Na taxa total de equipamentos, somente não se alcançava, em 2005, o parâmetro da Portaria do Ministério da Saúde (Pt 1101/02) no caso do raio-X para densitometria óssea. Nos demais havia uma pequena sobra, com exceção dos mamógrafos, que eram quatro vezes mais numerosos que o parâmetro estipulado. Mas, na oferta disponível ao SUS, somente não haveria carência de equipamentos de mamografia; enquanto na oferta a pacientes com planos de saúde, há abundância em todos os equipamentos, conforme a tabela a seguir.</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090421_737162.gif" /></p> <p align="justify">A partir de dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de 2006<sup>6</sup>, considerando-se equipamentos de tomografia computadorizada, observa-se que, se, no total, o Brasil, com 4,9 unidades por 1 milhão de habitantes, encontra-se abaixo da média dos países analisados (13,8 equipamentos), a oferta privada (30,8 por 1 milhão de habitantes em 2005) é semelhante à dos Estados Unidos (32,2 por 1 milhão de habitantes).</p> <p align="justify">No caso da ressonância magnética, a oferta total (1 equipamento por 1 milhão de habitantes) está ainda mais abaixo da média (6,6), mas a oferta privada (10,7 por 1 milhão) também está acima daquela encontrada na maioria dos países analisados.</p> <p align="justify">Há também desigualdade na distribuição regional dos equipamentos de imagem.</p> <p align="justify"><img src="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/images/1445_2564_090442_498057.gif" /></p> <p align="justify">Nas regiões Norte e Nordeste há oferta menor que o preconizado para os equipamentos mais complexos e caros, mantendo-se lá uma taxa mais baixa que nas demais regiões para todos os equipamentos. Por outro lado, as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste mostram valores semelhantes, sendo que o Centro-Oeste supera as outras duas no raio-X para densitometria óssea e no ultrassom.</p> <p align="justify">Entretanto, no setor público, há proporcionalmente mais equipamentos novos nas regiões mais desprovidas e também no Centro-Oeste. Em relação à oferta privada, não há uma diferença tão notável, mas o Sudeste, tradicionalmente mais saturado de serviços de saúde, e o Norte, com longas distâncias e baixas renda e formalidade do mercado de trabalho, têm menos equipamentos com menos de cinco anos de uso.</p> <p align="justify"><strong>Mamógrafos são equipamentos com distribuição mais igualitária</strong></p> <p align="justify">Para os mamógrafos, percebe-se uma maior distribuição no território nacional. Embora a concentração nas regiões Sudeste e Sul se mantenha, houve uma maior distribuição deles nas microrregiões do Centro-Oeste, Nordeste e Norte – ainda que restem vastas áreas desprovidas do equipamento.</p> <p align="justify">O número de microrregiões sem mamógrafos caiu de 280 (50%) em 1999 para 178 (32%) em 2005. As microrregiões de São Paulo (353 mamógrafos em 2005), Rio de Janeiro (285) e Belo Horizonte (123), que concentram 16% da população nacional, são as que apresentam o maior número de mamógrafos, reunindo cerca de 24% daqueles em funcionamento no país em 2005.</p> <p align="justify">As microrregiões que apresentaram as maiores taxas de mamógrafos por habitante estão no interior. Em 1999 foram localizadas taxas maiores que 40 mamógrafos por 1 milhão de habitantes em municípios do interior do Sudeste e Sul. Em 2005 observam-se microrregiões com estas taxas também no Centro-Oeste e em extremos da região Norte. As microrregiões de Guajaramirim (158), em Rondônia, Oiapoque (84) no Amapá, Barretos (75), em São Paulo, Pirapora (75), em Minas, e Amapá (53), no Amapá, apresentaram as maiores taxas em 2005, para uma média nacional de 18.</p> <p align="justify">No caso da ressonância magnética, a disseminação pelo território ainda não é tão ampla, havendo uma maior concentração das regiões Sudeste (notadamente em São Paulo) e Sul<strong>. </strong>Em 1999, 88,7% das microrregiões não dispunham desses aparelhos, que existiam apenas em 64 microrregiões. Em 2005, esse número aumentou para 104 microrregiões – ainda assim, mais de 80% não tinham o equipamento. Entre as microrregiões com maior número de ressonâncias estavam São Paulo (83), Rio de Janeiro (77), Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre (22 cada uma).</p> <p align="justify">As microrregiões que apresentaram as maiores taxas de ressonância magnética por 1 milhão de habitantes também se encontram no interior, notadamente no Sudeste e Sul.</p> <p align="justify">Observando-se o ultrassom doppler colorido, equipamento mais concentrado na rede privada, percebe-se que, de 1999 para 2005, houve uma expansão do seu número para novas microrregiões, tanto no setor público quanto no privado.</p> <p align="justify"><strong>Exames de imagem aumentaram 38,45% de 2000 para 2005</strong></p> <p align="justify">Entre 2000 e 2005 houve uma expansão no número de procedimentos de imagem aprovados em todos os segmentos analisados. O grupo de radiodiagnóstico apresentou um crescimento global de 37,59%, muito mais acentuado no atendimento público - taxa similar à observada para o conjunto dos procedimentos (38,45%). O grupo tem uma participação maior e crescente de procedimentos realizados em estabelecimentos públicos (51% do total em 2000, 54% em 2002 e 61% em 2005).</p> <p align="justify">Para os procedimentos de mamografia e densitometria óssea, a variação na aprovação de procedimentos é muito mais acentuada entre 2002 e 2005, sendo que, para a mamografia, o crescimento é semelhante entre o público e o privado e, na densitometria óssea, destaca-se o privado, enquanto o público reduz o número de procedimentos. A participação do setor público na realização de mamografias se manteve constante, em 29%. No caso da densitometria, há uma redução importante da participação dos procedimentos públicos no total, de 68% em 2000 para 28% em 2005.</p> <p align="justify">Os procedimentos de ultrassonografia cresceram 50,67% entre 2000 e 2005, com um avanço da participação do setor público de 48% do total em 2000 para 63% em 2005. Já os procedimentos de ressonância magnética tiveram a maior expansão (176,3), sendo que a participação do setor público é pequena, porém com tendência ascendente (16%, em 2000, a 29% do total, em 2005). Por fim, os procedimentos de tomografia computadorizada apresentaram variação semelhante ao grupo radiodiagnóstico, sendo que os realizados em estabelecimentos públicos também tiveram uma expansão maior.</p> <p align="justify"><strong>População indígena vive uma recuperação demográfica</strong></p> <p align="justify">O quinto capítulo de “Indicadores Demográficos e de Saúde no Brasil” destaca a importância dos censos para quantificar a população indígena e seus aspectos demográficos (níveis de mortalidade, de fecundidade, entre outros). A categoria indígena foi incorporada pelo IBGE ao questionário do Censo a partir de 1991, juntando-se às quatro já existentes (<em>branca, preta, amarela e parda</em>) no quesito <em>"Cor ou Raça”</em>.</p> <p align="justify">De 1991 para 2000, os Censos Demográficos revelaram que o percentual de <em>indígenas</em> na população brasileira passou de 0,2% (294 mil) para 0,4% (734 mil), o que representa um crescimento absoluto de 440 mil indígenas, ou uma taxa de crescimento anual de 10,8% entre os dois censos. Isso pode ser explicado não só pelo aspecto demográfico, mas também pela mudança na auto-identificação de um contingente de pessoas que nos censos anteriores, provavelmente se declaravam como <em>pardos</em>.</p> <p align="justify">Os Censos revelaram uma nova distribuição espacial da população que se declarou <em>indígena</em>: na região Norte, esta população representava 42,4% do total, em 1991, e caiu para 29,1% em 2000. Já no Sudeste, entre 1991 e 2000, o número de pessoas que se classificaram como indígenas pulou de 30.586 para 156.134. No Nordeste, esse contingente foi de 55.851 para 166.500 no período.</p> <p align="justify">O crescimento demográfico de alguns povos indígenas remanescentes pode ser explicado por fatores como o aumento da sua resistência aos agentes infecciosos, por ações de saúde voltadas a essas populações, e pela organização dos povos indígenas em instituições para sua própria defesa.</p> <p align="justify">A publicação destaca também o avanço na escolaridade média da população indígena, que quase duplicou na última década: em 1991, a média de anos de estudo entre os indígenas de 10 anos ou mais de idade era de 2,0 anos, passando para 3,9 anos em 2000.</p> <p align="justify">_______________________</p> <p align="justify"><sup>1</sup> Número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade existente.</p> <p align="justify"><sup>2</sup> Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final de seu período reprodutivo.</p> <p align="justify"><sup>3</sup> Informação obtida no http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/campanhas_publicitarias/campanha.</p> <p align="justify"><sup>4</sup> Pela legislação brasileira, nenhum sepultamento pode ser feito sem a certidão do registro de óbito.</p> <p align="justify"><sup>5</sup> As fontes de dados são as pesquisas Assistência Médico-Sanitária do IBGE (AMS) de 1999, 2002 e 2005 e o Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS). Os equipamentos analisados são mamógrafo com comando simples, mamógrafo com estereotaxia, raio-X, raio-X para densitometria óssea, raio-X para hemodinâmica, ressonância magnética, tomógrafo computadorizado, ultrassom doppler colorido e ultrassom ecógrafo.</p> <p align="justify"><sup>6</sup> A taxa foi calculada por Rodrigues, R. M., em “Análise do mercado privado de diagnóstico por imagem do Município de Macaé e suas inter-relações com o processo regulatório local”. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)- Instituto de Estudos de Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008. Foram considerados na comparação Japão, Estados Unidos, Coréia, Áustria, Itália, Suíça, Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Espanha, República Checa, Nova Zelândia, Canadá, França, Polônia e Hungria.</p> <p align="justify"><strong>Comunicação Social IBGE <br />02 de setembro de 2009</strong></p> <p align="justify"><a href="http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1445&id_pagina=1">http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1445&id_pagina=1</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-65525171148462765582009-06-25T19:43:00.001-03:002009-06-25T19:50:38.585-03:00Esterilizações sem consentimento na Namíbia<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 11px; "><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "></span></b></p><b><h2 style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; color: rgb(0, 102, 144); text-decoration: none; font-weight: bold; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><br /></h2><span class="itemheader-details-text" style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); ">Data de publicação : 24 Junho 2009 - 4:38pm | Por Paul Anstiss</span></b></span><b></b><p></p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><b><br /></b></p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><strong style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); ">O governo da Namíbia está sendo processado por coagir mulheres infectadas com o vírus HIV à esterilização. De acordo com a organização <a href="http://www.icw.org/" style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 102, 144); text-decoration: underline; ">International Community of Women Living with Aids</a>(ICW), há provas de que pelo menos quarenta mulheres soropositivas foram esterilizadas contra a vontade.</strong><strong style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); "></strong></p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; ">Muitas destas mulheres acreditavam estar passando por tratamentos de rotina para o HIV durante o parto. Só mais tarde ficaram sabendo que não poderiam mais ter filhos. Esther Sheehama tinha apenas 21 anos de idade quando os médicos fizeram a operação que mudaria sua vida. Ela agora trabalha para a ICW e diz: “Voltei um mês após o parto para exames de rotina, para ver se tudo estava bem comigo e com meu bebê, e, quando pedi anticoncepcionais, a enfermeira leu minha ficha e disse que eu não precisava mais de contraceptivos porque não poderia mais ter filhos. Levei um choque.”<strong style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); "></strong><br /> <br />A ICW acusa o governo da Namíbia de encorajar médicos a esterilizar mulheres soropositivas para prevenir a disseminação do vírus da Aids. Há um risco de um para quatro de que mães soropositivas passem o HIV para seus filhos. Mas com melhores tratamentos médicos, este risco pode ser reduzido a um para cinquenta.</p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><strong style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); ">Medo</strong><br />O governo nega que haja qualquer programa para coagir mulheres a se esterilizar. Chegou até mesmo ao ponto de dizer que estas mulheres estavam mentindo. Esther Sheehama define a posição do governo como ridícula: “Por que eu inventaria uma história destas? É como inventar que sou soropositiva. Não faz nenhum sentido. Obviamente, as mulheres que sofreram com isto estão com medo. Algumas mal têm alguma educação. Elas não sabem ler ou escrever. Veem a lei e os legisladores e temem por suas vidas.”</p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><strong style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); ">Estigma</strong><br />A ICW fez sua pesquisa na região norte da Namíbia, mas a organização acredita que muitas outras mulheres soropositivas tenham sido esterilizadas contra a (sua) vontade em outras regiões do país. Mas admitir que não podem mais ter filhos é um estigma ainda maior que contar a seus parceiros que são soropositivas. A importância que se dá na cultura da Namíbia à formação de uma família é tanta que uma mulher que não pode mais ter filhos pode ser rejeitada por seu marido e pela sociedade.</p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; ">A ICW espera levantar fundos suficientes para fazer uma pesquisa mais abrangente no país. A organização também espera levar outros quinze casos à justiça no ano que vem.<br />Esther Sheehama reitera que não será fácil fazer com que as mulheres que sofreram a esterilização indesejada se identifiquem. “As pessoas ficarão sabendo que você tem o HIV e, obviamente, a imprensa estará lá. Para nós, que já assumimos que somos soropositivas, não é grave. Mas para quem ainda não assumiu pode ser um enorme problema. Elas terão que se preparar emocionalmente e psicologicamente para isso.” </p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><em style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); ">Foto via Flickr:</em> <a href="http://www.flickr.com/photos/mikeknight/" style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 102, 144); text-decoration: underline; ">mikeknight</a></p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><br /></p><p style="font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; "><a href="http://www.rnw.nl/pt-pt/portugu%C3%AAs/article/esteriliza%C3%A7%C3%B5es-sem-consentimento-na-nam%C3%ADbia">http://www.rnw.nl/pt-pt/português/article/esterilizações-sem-consentimento-na-namíbia</a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-39039360887930351232009-04-29T13:56:00.001-03:002009-04-29T13:56:22.373-03:00OMS diz que surto de gripe suína se aproxima do nível 5 e indica pandemia<h3 align="justify"> </h3> <p align="justify">PUBLICIDADE</p> <p align="justify">da <b>Folha Online</b></p> <p align="justify">A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou nesta quarta-feira que o desenvolvimento da epidemia de gripe suína --que já atinge 11 países-- coloca a agência mais perto de decretar o alerta de nível 5, em uma escala que vai de 1 a 6. O nível cinco indica que uma pandemia --uma epidemia que afeta vários países simultaneamente-- é iminente e não pode ser evitada.</p> <p align="justify">"Estamos nos aproximando da fase cinco, mas ainda não chegamos", disse Keiji Fukuda, secretário-geral adjunto da OMS, em Genebra (Suíça). "Esse passo é muito significativo, e temos de estar absolutamente seguros de que haja uma transmissão sustentada do vírus em ao menos dois países."</p> <p align="justify">Mais cedo, a ministra de Saúde da Espanha, Trinidad Jimenez, afirmou que uma das dez pessoas infectadas com gripe suína no país não esteve recentemente no México. O anúncio pode indicar que a doença respiratória está sendo <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u557956.shtml">transmitida de espanhol para espanhol</a>, o que caracterizaria um novo foco de epidemia, além do México.</p> <p align="justify"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556537.shtml"><b>Perguntas e respostas sobre a gripe suína</b></a> <br /><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556483.shtml">Saiba o que o mundo faz para se prevenir</a> <br /><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556516.shtml">Está em áreas afetadas? Envie seu relato</a> <br /><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u556942.shtml">Vai viajar? Conheça as recomendações</a></p> <p align="justify">O vírus é transmitido como o de uma gripe comum, de pessoa para pessoa, e até agora as autoridades de saúde registraram que os antigripais Relenza e Tamiflu são eficientes contra a infecção. Embora tenha tido origem provável em porcos, não há risco de contrair a doença pela ingestão de carne de porco, porque a temperatura de cozimento (acima de 70ºC) mata o vírus.</p> <p align="justify">Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 39°C, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea.</p> <p align="justify">Michaela Rehle/Reuters</p> <p align="justify"><img border="0" alt="Em todo o mundo, médicos fazem análises de amostras de salivas de pacientes infectados com a gripe suína" src="http://f.i.uol.com.br/folha/mundo/images/09119137.jpg" /></p> <p align="justify">Em todo o mundo, médicos fazem análises de amostras de salivas de pacientes infectados com a gripe suína</p> <p align="justify">Segundo Fukuda, a OMS monitora a situação de perto e que não há evidência de que o vírus esteja diminuindo seu ritmo de transmissão.</p> <p align="justify">O secretário-geral adjunto afirmou ainda que 114 casos de contaminação por gripe suína foram registrados oficialmente em todo mundo. Ao listar os casos, Fukuda afirmou ainda que houve sete mortes no México --número revisado na noite desta terça-feira pelo governo mexicano-- e uma nos Estados Unidos.</p> <p align="justify">"Isso dá um total de 114 casos às 17h de hoje [12h no horário de Brasília] que foram oficialmente reportados à OMS", disse.</p> <p align="justify">Autoridades no México afirmam que até 159 pessoas podem ter morrido no país por causa da epidemia de gripe suína, que já deixou 2.500 infectados.</p> <p align="justify">Nos Estados Unidos, um bebê mexicano de 23 meses morreu em um hospital de Houston, no Texas, por gripe suína --a primeira vítima fora do México.</p> <p align="justify">Segundo David Persse, diretor de serviços médicos de emergência de Houston, a família do bebê, que se mudou do México para Brownsville, no Texas, está bem e não apresenta sintomas da doença.</p> <p align="justify">O menino vivia em Matamoros, na fronteira do México com o Texas, disse Persse. Ele veio com a família do México para visitar parentes em Brownsville, no Texas, onde começou a demonstrar sintomas da doença. Em seguida, ele foi levado a um hospital de Houston, onde morreu na noite desta segunda-feira (27).</p> <p align="justify">Segundo o Departamento de Serviços de Saúde do texas, citado pela agência Associated Press, o menino já apresentava sintomas da doença no México e deu entrada no hospital poucos dias depois com febre e outros sintomas de gripe.</p> <p align="justify">A epidemia de gripe suína atingiu ainda outros nove países. Há casos confirmados na Alemanha, Inglaterra, Escócia, Áustria, Espanha, Canadá, Israel, Costa Rica e Nova Zelândia.</p> <p align="justify">A OMS havia elevado o nível de alerta de 3 para 4 nesta segunda-feira (27), com um alerta para que os governos se mantivessem preparados para a possibilidade de uma pandemia.</p> <p align="justify">Arte Folha de S.Paulo</p> <p align="justify"><img border="0" alt="" src="http://f.i.uol.com.br/folha/mundo/images/09119144.gif" /></p> <p align="justify"><b>Leia mais notícias sobre a gripe suína</b></p> <ul> <li> <div align="justify"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u557918.shtml">Prefeito mexicano diz que surto de gripe suína "está estabilizando"</a></div> </li> <li> <div align="justify"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u557917.shtml">Veja mapa dos casos da gripe suína no mundo</a></div> </li> <li> <div align="justify"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u557914.shtml">Diante da gripe suína, máscara vira acessório obrigatório no Japão</a></div> </li> </ul> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-78987243353310847722009-03-11T20:55:00.001-03:002009-03-11T20:55:53.601-03:00Cai a taxa de mortalidade infantil no Brasil<p align="justify"><font color="#ff0000"></font></p> <p align="justify"><font color="#ff0000"></font></p> <p align="justify"><font color="#ff0000"><strong>A taxa de mortalidade infantil no Brasil prossegue em queda, mas ainda é elevada em relação a países vizinhos <br /></strong></font></p> <p align="justify"><em><strong>27/11/2008 - 10h56 . Atualizada em 27/11/2008 - 10h58 <br />Agência Estado</strong></em></p> <p align="justify">A taxa de mortalidade infantil no Brasil prossegue em queda, mas é elevada em relação a outros países vizinhos e poderá registrar novos recuos significativos até 2015, como mostra estudo divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os técnicos do instituto destacam que o aumento da escolaridade feminina, a elevação do porcentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário água potável e coleta de lixo) e o acesso aos serviços de saúde contribuíram para a queda da taxa de mortalidade infantil em todo o País. <br />'Contudo, ainda há um longo percurso pela frente, uma vez que a mortalidade infantil no Brasil, estimada em 23,3 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos, em 2008, é alta quando comparada com os indicadores correspondentes aos países vizinhos do cone sul para o período 2005 - 2010', diz o texto da pesquisa. No mesmo período, países como Argentina (13,4 por mil) Chile (7,2 por mil) e Uruguai (13,1 por mil) registraram taxas bem menores. Ainda de acordo com os técnicos, é importante lembrar que, em 1970, a taxa de mortalidade infantil no Brasil estava próxima de 100 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos. <br />De acordo com os parâmetros utilizados na projeção da população do Brasil - Revisão 2008, o País poderá reduzir sua mortalidade infantil para 18,2 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos até 2015, e a esperança de vida ao nascer deverá atingir os 74,8 anos. Já a probabilidade de um recém-nascido falecer antes de completar os 5 anos de idade poderá experimentar um declínio de 32,9 por mil, hoje, para 21,6 em 2015. <br />O estudo 'Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subnumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população', traz a projeção da população do Brasil, por sexo e idade, para o período 1980-2050. Este estudo foi divulgado anteriormente em 2004 e, agora, a Revisão 2008 incorpora nova análise da trajetória recente e futura da fecundidade, com base nas informações provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2002 a 2006. O IBGE divulga também a metodologia das estimativas anuais e mensais da população do Brasil e das Unidades da Federação: 1980 - 2030 e a metodologia das estimativas das populações municipais.</p> <p align="justify"> </p> <p align="justify"><a href="http://www.cosmo.com.br/noticia/14550/2008-11-27/cai-a-taxa-de-mortalidade-infantil-no-brasil.html">http://www.cosmo.com.br/noticia/14550/2008-11-27/cai-a-taxa-de-mortalidade-infantil-no-brasil.html</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-31680188545673533702009-03-11T20:51:00.001-03:002009-03-11T20:51:52.894-03:00Expectativa de vida será de 81 anos em 2050<h3 align="justify"> </h3> <p align="justify">27 de novembro de 2008 • 10h59 • atualizado às 12h24</p> <p align="justify"> </p> <p align="justify">DANIEL GONÇALVES <br />DIRETO DO RIO DE JANEIRO</p> <p align="justify"> </p> <h4 align="justify">A expectativa de vida do brasileiro, em 2050, será de 81,29 anos, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice está no nível de países como Islândia (81,80), Hong Kong, China (82,20) e Japão (82,60), que estão entre os maiores do mundo. Em 2008, o a expectativa de vida dos brasileiros ficou em 76,6 anos para mulheres e 69 anos para homens.</h4> <p align="justify"><a href="http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3356877-EI306,00-Populacao+brasileira+crescera+ate+e+passara+a+cair.html"><b>» População crescerá até 2039 </b></a> <br /><a href="http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3356925-EI306,00-N+de+mulheres+a+mais+que+homens+dobrara+em.html"><b>» Nº de mulheres a mais dobrará em 2050 </b></a> <br /><a href="http://www.terra.com.br/vcreporter/"><b>» vc repórter: mande fotos e notícias</b></a></p> <p align="justify">O estudo "Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subenumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população" aponta ainda que, em 2050, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos. Atualmente, esse índice é de 24,7 idosos para cada grupo 100 crianças de 0 a 14 anos.</p> <p align="justify">Para o coordenador do estudo, Juarez de Castro Oliveira, o envelhecimento da população brasileira precisa ser encarado pelo governo como uma necessidade de mudança nas políticas públicas. "O País avança velozmente em direção a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido. Nós estamos envelhecendo, e isso implica em mudanças não só de previdência, mas também no que se refere à saúde, educação, transportes", afirmou.</p> <p align="justify">O número de mulheres em relação aos homens também será maior. Em 2050, o estudo prevê 7 milhões de mulheres a mais. O número representa mais do que o dobro do registrado em 2008, quando o excedente de mulheres ficou em 3,4 milhões.</p> <p align="justify"><b>Mortalidade infantil</b> <br />A taxa de mortalidade infantil no Brasil foi estimada em 23,30 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos em 2008. O índice é alto, segundo o IBGE, se comparado com os indicadores correspondentes aos países vizinhos do cone sul para o período 2005 - 2010.</p> <p align="justify">No mesmo período, os países como, por exemplo, Argentina (13,40 por mil), Chile (7,20 por mil) e Uruguai (13,10 por mil) registraram taxas bem menores. Em 1970, no entanto, a taxa de mortalidade infantil no Brasil estava próxima de 100 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos.</p> <p align="justify">De acordo com os parâmetros utilizados na projeção da população do Brasil - Revisão 2008, o país poderá reduzir sua mortalidade infantil para 18,2 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos até 2015. Já a probabilidade de uma criança morrer antes de completar os 5 anos de idade poderá experimentar um declínio de 32,9%, posicionando-se em 21,6%0 em 2015.</p> <p align="justify"><img alt="" src="http://img.terra.com.br/i/x.gif" />Redação Terra</p> <p align="justify"><a href="http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3356955-EI306,00.html">http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3356955-EI306,00.html</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-58454941873604922002009-03-11T20:50:00.001-03:002009-03-11T20:50:43.447-03:00O impacto do envelhecimento sobre a previdência<p> </p> <p> </p> <p>O impacto do processo de envelhecimento da população brasileira na Previdência Social deve ser considerado mais detalhadamente, a partir da leitura dos números da expectativa de vida das faixas etárias que requerem benefícios previdenciários. Essa é a opinião do secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, após analisar estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quinta-feira (27).</p> <p>Pelas projeções do IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros continuará crescendo nas próximas décadas. A vida média do brasileiro, por exemplo, chegará ao patamar de 81 anos, em 2050. Atualmente, a média de vida do brasileiro (expectativa de vida ao nascer) é de 72,3 anos.</p> <p>Tanto esses dados como a projeção oficial da população brasileira serão utilizados pelo Ministério da Previdência Social nos cálculos de longo prazo, feitos para dar sustentabilidade ao sistema previdenciário brasileiro. O estudo do IBGE incorpora informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2002 a 2006. Os dados das PNADs são utilizados anualmente pelo Ministério para medir o impacto da cobertura previdenciária.</p> <p>Schwarzer alerta, também, para a queda da taxa de natalidade, que atingirá o chamado “crescimento zero” em 2039. A seu ver, é outro dado relevante da pesquisa que merece atenção especial. “Essa taxa é que vai determinar quantas pessoas estarão em condições de contribuir para o sistema previdenciário nas próximas décadas”.</p> <p><strong>Políticas públicas</strong> – Schwarzer concorda com as conclusões do estudo, de que o processo de envelhecimento da população se deve basicamente às transformações que vêm ocorrendo na sociedade brasileira e na própria família. Mas vai além: “O sucesso das políticas públicas dos últimos anos e o desejo da maioria das pessoas de viver mais e com melhor qualidade de vida também é determinante para explicar essa tendência”. Segundo o secretário, a redução do número de filhos por mulher não pode ser analisada de forma negativa. “As mulheres cada vez mais participam do mercado de trabalho, além de desempenharem papel preponderante nas questões políticas, econômicas, culturais e sociais do nosso país. Isso, juntamente com o acesso delas aos métodos de planejamento familiar, obviamente tem reflexos no perfil reprodutivo”. Desafios – Outro ponto destacado por Helmut Schwarzer é que essa transição demográfica - além de outras transformações pelas quais passa a sociedade brasileira – apresenta alguns desafios para a sociedade brasileira. Um deles é o impacto sobre o sistema previdenciário, com o aumento de duração dos benefícios e a diminuição do número de futuros contribuintes. O que vai levar, evidentemente, à definição de novas regras de sustentabilidade para o sistema previdenciário no longo prazo.</p> <p>Ao comentar a constatação do estudo de que o Brasil passa pela chamada “janela demográfica”, em que o número de pessoas com idades potencialmente ativas está em pleno processo de ascensão, Schwarzer afirma que o país não pode desperdiçar esse momento. “Precisamos aproveitar esse bônus demográfico e universalizar urgentemente a cobertura dos trabalhadores ativos e formalizar a sua contribuição ao sistema previdenciário”.</p> <p>O estudo “Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de sub numeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população” traz a projeção da população do Brasil, por sexo e idade, para o período de 1980-2050. Os dados divulgados pelo instituto fazem uma revisão de projeções do IBGE, sobre o mesmo tema, publicadas em 2004.</p> <p><b>Envelhecimento</b> - O levantamento do IBGE mostra que a população brasileira continua envelhecendo em ritmo acelerado e, em 2039, pára de crescer, quando atingirá o chamado “crescimento zero”. A partir desse ano, as taxas serão negativas.</p> <p>Dados da pesquisa mostram que, enquanto no período 1950-1960 a taxa de crescimento da população do país era de 3,04% ao ano, em 2008 não ultrapassou 1,05%. E levantamento indica que, em 2050, a taxa de crescimento cairá para menos 0,291%, projetando para uma população de 215,3 milhões de habitantes.</p> <p>O estudo também aponta que, se o ritmo de crescimento da população tivesse se mantido no mesmo nível observado na década de 1950 (aproximadamente 3% ao ano), a população brasileira em 2008 chegaria a 295 milhões de pessoas, e não aos atuais 189,6 milhões divulgados pelo IBGE. (AgPrev)</p> <p><a href="http://www.oabprev.com.br/Default.aspx?Noticia=188">http://www.oabprev.com.br/Default.aspx?Noticia=188</a></p> <p>Leia também:</p> <p><a href="http://www.skyscraperlife.com/arquitetura-e-discussoes-urbanas/18538-pesquisa-ibge-crescimento-demografico-do-brasil.html">http://www.skyscraperlife.com/arquitetura-e-discussoes-urbanas/18538-pesquisa-ibge-crescimento-demografico-do-brasil.html</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-90901885126924265892009-03-11T20:39:00.001-03:002009-03-11T20:39:17.685-03:00Janela demográfica garante mais dinamismo ao mercado de trabalho<h3 align="justify"> </h3> <p align="justify">28 de novembro de 2008 às 00:10</p> <p align="justify">Por <b>Karin Sato</b> - InfoMoney</p> <p align="justify"> </p> <p align="justify"><ins><ins></ins></ins></p> <p align="justify">O Brasil está passando por um fenômeno que técnicos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) chamaram de janela demográfica. <br />Acontece quando o número de pessoas com idades potencialmente ativas está em pleno processo de ascensão. Ao mesmo tempo, há uma redução do número de crianças, com idades entre 0 e 14 anos, na comparação com o quadro de pessoas de 15 a 64 anos. <br />Além disso, a população com idades de ingresso no mercado de trabalho (15 a 24 anos) contabiliza cerca de 34 milhões de pessoas. Mas esse contingente que tende a diminuir nos próximos anos. <br />Os dados foram divulgados pelo instituto de pesquisa nesta quinta-feira (27) e constam do estudo "Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subenumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população". <br /><b>Economia é favorecida <br /></b> <br />O lado positivo desta janela demográfica, que caracteriza um período raro na história dos países, é que seu aproveitamento favorece o mercado de trabalho. As empresas têm à sua disposição uma mão-de-obra mais abundante, se as pessoas em idade potencialmente ativa forem preparadas e qualificadas para tal. <br />Conseqüentemente, a economia do País cresce mais, já que se torna mais dinâmica. Confira no quadro abaixo a participação relativa percentual da população por grupos de idade:</p> <p> </p> <table border="0" cellspacing="1" cellpadding="0"><tbody> <tr> <td> <p><b>Grupos de idade</b></p> </td> <td> <p><b>1980 (%)</b></p> </td> <td> <p><b>2008 (%)</b></p> </td> <td> <p><b>2020 (%)</b></p> </td> <td> <p><b>2050 (%)</b></p> </td> </tr> <tr> <td> <p>0 a 14 anos</p> </td> <td> <p>38,24</p> </td> <td> <p>26,47</p> </td> <td> <p>20,07</p> </td> <td> <p>13,15</p> </td> </tr> <tr> <td> <p>15 a 24 anos</p> </td> <td> <p>21,11</p> </td> <td> <p>18,11</p> </td> <td> <p>16,34</p> </td> <td> <p>10,45</p> </td> </tr> <tr> <td> <p>0 a 24 anos</p> </td> <td> <p>59,35</p> </td> <td> <p>44,57</p> </td> <td> <p>36,41</p> </td> <td> <p>23,60</p> </td> </tr> <tr> <td> <p>15 a 64 anos</p> </td> <td> <p>57,75</p> </td> <td> <p>67</p> </td> <td> <p>70,70</p> </td> <td> <p>64,14</p> </td> </tr> </tbody></table> <p> </p> <p> </p> <p><a href="http://www.administradores.com.br/noticias/janela_demografica_garante_mais_dinamismo_ao_mercado_de_trabalho/19056/">http://www.administradores.com.br/noticias/janela_demografica_garante_mais_dinamismo_ao_mercado_de_trabalho/19056/</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-71058968254521849032009-03-11T20:32:00.001-03:002009-03-11T20:32:46.834-03:00O Brasil em 2050<p align="justify"> </p> <p align="justify">06/03/2009 12:13:38</p> <p align="justify"><a href="http://www.cartacapital.com.br/">Delfim Netto</a></p> <p align="justify">Uma das variáveis estruturais críticas para a formulação de políticas econômicas, capazes de acelerar o desenvolvimento econômico com o uso dos mecanismos do mercado e de políticas públicas que deem moralidade à dura competição que nele prevalece, é a estrutura demográfica. O número de habitantes, a taxa de crescimento, a distribuição etária e, por gênero, a distribuição geográfica, a urbanização e a dinâmica interna, que é controlada pela evolução das taxas de natalidade e de mortalidade. Sua projeção é sempre difícil e sujeita a erros gerados pela própria endogeneidade do processo. <br />Não é um problema trivial prever os efeitos finais de boas políticas. Por exemplo, a melhoria do nível de educação das mulheres tende a reduzir a taxa de mortalidade infantil pelo maior cuidado com sua higiene pessoal e com a da criança. Ao mesmo tempo, modifica o seu papel na divisão do trabalho no lar. Dá-lhes melhores condições de escolher a sua vida, o que estimula o uso de técnicas anticoncepcionais. Estas possibilitam o maior controle da taxa de fertilidade, o que tende a reduzir a taxa de natalidade. <br />Uma coisa parece clara: boas políticas públicas de assistência social, de saúde e de educação tendem a reduzir, simultaneamente, a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Isso torna incertos os efeitos sobre a taxa de crescimento da população, mas trabalha na direção de envelhecer a estrutura etária. Pesquisas demográficas da ONU mostram que a idade mediana da população nas nações mais desenvolvidas cresceu de 29 anos, em 1950, para 37 anos, em 2000, e está projetada em 46 anos em 2050. <br />O último trabalho do IBGE, <em>Uma Abordagem Demográfica para Estimar o Padrão Histórico e os Níveis de Subnumeração de Pessoas nos Censos Demográficos e Contagem da População</em>, incorpora uma projeção da população por sexo e idade até 2050, com as informações sobre a taxa de fecundidade dos dados da Pesquisa Nacional de Domicílios (Pnad) de 2002 a 2006. <br />O trabalho constrói uma trajetória provável da taxa de fecundidade até 2050 e chega à conclusão que, no limite, ela será de 1,5 filho por mulher. Esse número seria alcançado entre 2027 e 2028. Obviamente, em certo momento isso estagnará o crescimento da população. Ela passará, em seguida, a decrescer. Verificadas as hipóteses, a população brasileira passaria por um máximo próximo a 220 milhões de habitantes em torno de 2040. <br />O resultado não deixa de ser surpreendente e deve ser levado em conta na formulação de nossas políticas econômica e social, uma vez que o envelhecimento da população será rápido e dramático. A idade mediana da população saltará de 20 para 40 anos de 1980 a 2030 e deve atingir 46 anos em 2050, a mesma estimada pela ONU para o mundo desenvolvido. O gráfico dá uma ideia da evolução da população do Brasil entre 1872 (o primeiro censo imperial) e 2008, e mostra as projeções da população e a composição etária até 2050. <br />Grosseiramente, até 2050 (que em termos de país é amanhã), o número de crianças cairá 56% (21,9 milhões) e o número de idosos aumentará 294% (36,5 milhões). É preciso formular políticas públicas que aumentem a produtividade dos que podem eventualmente trabalhar, que crescerá apenas 8,7% (11,1 milhões). A maior lição desses números é mostrar a futilidade das vinculações constitucionais para proteger certos setores, como se as necessidades da sociedade fossem fixas e eternas.</p> <p align="justify"><img align="left" src="http://www.cartacapital.com.br/uploads/colunistas/1226435840130.jpg" /><strong>Delfim Netto</strong></p> <p align="justify">Sextante</p> <p align="justify"></p> <p align="justify"><a href="http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3526">http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3526</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-89457563106788074892008-09-26T21:38:00.001-03:002009-03-11T21:17:43.857-03:00Síntese de países<p>O Mundo em síntese num ótimo esquema informações variadas de todos os países do Mundo você em com neste sítio</p> <p><a target="_blank" href="http://www.ibge.gov.br/paisesat/">IBGE - Países@</a></p> <p>Vale a pena conferir e consultar quando necessário.</p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-18723573150451116462008-07-31T17:25:00.001-03:002009-03-11T21:02:00.820-03:00Governo quer coibir ocupação de estrangeiros na Amazônia<p> </p> <p><i>Só um milionário sueco possui 160 mil hectares e sua ONG 145 mil. Incra mostra que estrangeiros são donos de 33 mil imóveis rurais na região</i></p> <p>A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigou as atividades do milionário sueco, com cidadania britânica, Johan Eliasch, que adquiriu através de um “fundo de investimento” de sua propriedade, com sede em Delaware, nos Estados Unidos, terras na Amazônia que somam 160 mil hectares, área maior que a cidade de São Paulo. </p> <p>Segundo o relatório da Abin, Eliasch é também um dos fundadores e controladores da ONG britânica “Cool Earth”, denunciada por receber doações através de seu site na internet para comprar terras na Amazônia. Pela internet, a Cool Earth pede doações para “preservar” a floresta Amazônica. Segundo a Abin, há indícios de que isso é uma fraude e que os recursos são utilizados para adquirir terras na Amazônia. </p> <p>A investigação identificou cinco áreas de proteção ambiental, num total de 145 mil hectares, que estariam sob controle da ONG britânica. Duas das áreas identificadas pelo órgão são bastante suspeitas: Cristalino e Teles Pires, na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará. Elas somam 130 mil hectares (1.300 k2). Segundo o relatório, esses dois projetos estão ladeados “por solicitações de pesquisa geológica de reservas de ouro”. Além disso, diz a Abin, “esta região repousaria sobre formação geológica rica em lamprófiro, mineral encontrado em áreas de jazidas de diamante”. </p> <p>O relatório da Abin, que teve trechos divulgados no Programa “Fantástico”, da Rede Globo, no último domingo, informa ainda que “diferentemente do que atesta os certificados emitidos pela ONG, há áreas já desmatadas e duas pequenas centrais hidrelétricas nos rios Nhandu e Rochedo”. A porta-voz da ONG britânica no Brasil é a socialite paulista, Ana Paula Junqueira, organizadora junto com outros milionários do movimento “Cansei”, de oposição ao governo Lula. Ela é casada com o milionário sueco. </p> <p>Eliasch foi um dos financiadores do Partido Conservador na Inglaterra e agora é consultor do primeiro-ministro Gordon Brown para assuntos ambientais. Ele começou a ser investigado pela Abin em 2007 por estar comprando, desde 2005, muitas terras na região amazônica. As terras estão nos municípios de Manicoré e Itacoatiara. </p> <p>Foi Eliasch quem afirmou, em 2006, durante uma conferência, que a Amazônia poderia ser comprada por US$ 50 bilhões. Em entrevista à  Globo no domingo, o milionário tentou se explicar dizendo que quis mostrar que “o valor hipotético da Amazônia era pequeno comparado ao que as seguradoras gastaram com os prejuízos do furacão Katrina”. </p> <p>Diante de sua afirmação de que financiava projetos sociais na região, o repórter foi até o local para conferir. Nenhum sinal das melhorias que ele disse estar fazendo foi encontrado. Por meio da página da Cool Earth na Internet, o repórter da Globo pediu informações sobre a atuação da ONG no município de Democracia. Na resposta, a afirmação de que duas escolas e uma clínica teriam sido construídas e que os projetos estariam dando emprego a 100 pessoas. Mas em Democracia nada foi encontrado e apenas uma pessoa, de nome Ivanildo, estava empregado como segurança da propriedade do milionário.</p> <p>A Cool Earth diz ainda que construiu seis depósitos para secar e armazenar castanha. Mas apenas o que já existia antes da chegada da organização na região foi encontrado. Em seu material de divulgação, a ONG mostra um homem que estaria sendo beneficiado pelo projeto, o extrativista Alfredo Ferreira, de 60 anos, que ficou surpreso ao ver sua foto sendo usada pela ONG. “Eu nunca recebi nenhum benefício da organização, desse pessoal do sueco, não. Nunca recebi nada”, afirmou. Durante a entrevista, o milionário acabou confessando que possui terras na Amazônia. “No total, são cerca de 160 mil hectares, mas eu não posso dizer quanto eu paguei porque, no contrato de compra, o preço é uma informação confidencial”, disse. “Eu também gosto de árvores, floresta. O que existe é apenas um apoio financeiro para pessoas pobres”, acrescentou o desinteressado milionário sueco.</p> <p>Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária),  33 mil imóveis rurais estão registrados em nome de estrangeiros. Eles somam 5,5 milhões de hectares. Desse total, 3,1 milhões de hectares estão na chamada Amazônia Legal.</p> <p>O governo decidiu limitar esse tipo de aquisição. “Trata-se de estabelecer regras para as empresas nacionais, com capital estrangeiro, que adquirem imóveis rurais no Brasil. Essa é uma questão de soberania nacional”, explica Rolf Hackbart, presidente do Incra. Uma lei de 1971 estabelecia que a compra de terras por estrangeiros deveria ser submetida ao Congresso Nacional. Um parecer da Advocacia Geral da União, de 1998, encomendado pelo então presidente Fernando Henrique, derrubou a lei eliminando as restrições. Agora, a AGU prepara um novo parecer. O consultor-geral do órgão, Ronaldo Jorge, explicou que o parecer está sendo revisto porque “as empresas estrangeiras se associam a empresas brasileiras, e adquirem grandes extensões de terras sem que se possa estabelecer qualquer tipo de restrição”, denunciou.</p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-4753881370216470782008-07-02T21:28:00.001-03:002009-03-11T20:57:56.446-03:00Fashion Week, máfias e trabalho escravo<p align="justify"> </p> <p align="justify"><u>ALTAMIRO BORGES*</u></p> <p align="justify">Nas duas últimas semanas, as elites opulentas e os apreciadores da alta costura se deliciaram com os desfiles de moda no Rio de Janeiro e São Paulo, a paparicada Fashion Week. Jornais gastaram toneladas de papel para comentar cada grife nas passarelas. Já as televisões, com destaque para a TV Globo, ocuparam os espaços nobres com suas reportagens consumistas e hedonistas bem ao gosto dos ricaços. No mesmo período, a mídia burguesa fez de tudo para desqualificar a greve de 230 mil professores paulistas, “que tumultuou o trânsito dos que foram ao desfile na capital”. A visão classista da imprensa ficou escancarada nestas duas coberturas “jornalísticas”.</p> <p align="justify">Sem desprezar a criatividade dos estilistas brasileiros e as peculiaridades desta indústria no país, seria sensato que a mídia não tratasse com tanto glamour este badalado mundo da moda. O livro Camorra, de Roberto Saviano, ajuda a desmistificar este setor altamente lucrativo. Lançado em 2006 na Itália, traduzido em 47 países e com 1 milhão de exemplares vendidos, ele descortina os bastidores deste “negócio”. Para isso, o jornalista italiano se infiltrou na Camorra, a organização criminosa sediada em Nápoles que já suplantou a máfia siciliana em movimentações financeiras. Após sofrer um atentado a bomba, hoje ele vive sob escolta policial e utiliza carros blindados.</p> <p align="justify"><b>Valentino, Versace, Prada e Armani</b></p> <p align="justify">Na sua corajosa pesquisa, Saviano descobriu que um dos braços da máfia camorrista se estende à indústria da moda. Ele comprova que famosas grifes terceirizam a sua produção junto ao sistema fabril controlado pela Camorra. Muitas confecções inclusive utilizam mão-de-obra de imigrantes ilegais, com base no trabalho escravo. Como aponta Walter Maierovitch, numa resenha do livro para a revista Carta Capital, a obra “acertou em cheio grandes grifes mundiais, como Valentino, Versace, Prada e Armani. Essas empresas desfrutaram deste esquema ilegal, protegendo-se da responsabilidade criminal por meio do ridículo argumento do ‘terceirizei e basta’”.</p> <p align="justify">Somente após a repercussão do livro e as denúncias da Procuradoria Antimáfia da Itália, algumas destas bilionárias empresas começaram a criticar o mercado pirata da moda. A omissão, segundo Saviano, teria os seus motivos. “Denunciar o grande mercado significava renunciar para sempre à mão-de-obra a baixo custo que utilizavam. Os clãs teriam, em represália, fechado os canais de acesso às confecções que controlam no país e as do Leste Europeu e Oriente”. O livro revela como uma empresa legal se compõe com milhares de confecções do “sistema Camorra”. Cita os leilões de modelos em escolas de Nápoles com a presença de compradores das grifes mundiais.</p> <p align="justify">Ao destrinchar como funciona a Camorra, hoje uma poderosa “multinacional” com ramificações em vários setores – alta costura, drogas, contrabando e mercado financeiro –, Saviano mostra as precárias condições de trabalho dos imigrantes ilegais e dos milhares de jovens desempregados, recrutados nas periferias napolitanas. No tráfico de drogas, os jovens fazem entregas com motocicletas fornecidas pelos clãs mafiosos. Depois de várias entregas, eles ganham a moto de presente e realizam um “grande sonho, sem perceber que os capi lucraram muito mais”. </p> <p align="justify"><i>* Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB e autor do livro recém-lançado “Sindicalismo, resistência e alternativas”</i></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-38127759304629202662008-05-21T13:23:00.000-03:002009-03-11T20:58:32.889-03:00Bomba verde: florestas tropicais não estão diminuindo<a href="http://www.alerta.inf.br/index.php?news=1239">Alerta em Rede - ‘Bomba verde’: florestas tropicais não estão diminuindo</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-29390294323983678862008-05-21T13:15:00.000-03:002009-03-11T20:58:32.889-03:00Aquecimento global? Melhor se preparar para um resfriamento<a href="http://www.msia.org.br/index.php?news=582">MSIa - Aquecimento global? Melhor se preparar para um resfriamento</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-55264739112239642532008-05-21T13:11:00.000-03:002009-03-11T20:58:32.890-03:00'Aquecimento global' pegou um resfriado...<a href="http://www.alerta.inf.br/index.php?news=1309">Alerta em Rede - 'Aquecimento global' pegou um resfriado...</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-4966440863030832782008-05-01T15:09:00.002-03:002009-03-11T20:58:32.891-03:00<div align="justify">Ciclos de Milankovitch<br /><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2006/01/resposta-um-leitor.html">O leitor</a> que colocou várias questões diz: «Por outro lado, tenho formado a ideia que o planeta tem o seu ritmo climático de muito longo prazo (para uma escala humana), com um respirar profundo que o leva a oscilar entre o quente e o frio (eras glaciárias), e que isso obviamente aconteceu sem qualquer intervenção humana.</div><div align="justify">»O leitor tem razão. No fundo, está a colocar a questão que os estudiosos das eras glaciárias colocaram há bastante tempo. A resolução para esta dúvida foi apresentada por Milutin Milankovitch. O blogue ocupou-se deste cientista nos seguintes posts:</div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/milutin-milankovitch.html">Milutin Milankovitch</a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/os-ciclos-de-milankovitch.html">Os ciclos de Milankovitch</a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/fig_30.html">Fig. 18 – Precessão dos equinócios – precessão axial</a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/precesso-dos-equincios-precesso-axial.html">Precessão dos equinócios – precessão axial</a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/fig_111746836142794156.html">Fig. 19 – Precessão dos equinócios. Ciclos de Milankovitch</a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/precesso-dos-equincios.html">Precessão dos equinócios</a><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/excentricidade-da-rbita.html">Excentricidade da órbita</a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/fig_31.html">Fig. 20 – Obliquidade do eixo de rotação. </a></div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/05/obliquidade-do-eixo.html">Obliquidade do eixo</a></div><div align="justify">A teoria dos ciclos de Milankovitch explica os períodos glaciários e os períodos interglaciários. Vivemos num período interglaciário. Em 1850 o planeta saiu de um pequeno período glaciário conhecido por LIA-Litlle Ice Age.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">A teoria dos anticiclones móveis polares também explica a entrada numa era glaciária pelo aumento da sua actividade que vai transformando o vapor de água da atmosfera em massas de gelo.</div><div align="justify">Já se disse anteriormente que, guardadas as devidas proporções, os acontecimentos verificados desde o shift climático dos anos 70 do século passado assemelham-se ao prólogo de uma era de gelo. Nada de sustos porque isso demoraria muitos anos…</div><div align="justify">A atmosfera seca poderia ser uma característica dessa hipótese. O potencial precipitável estaria a transformar-se em tempestades de neve em certas regiões. Noutras faltaria a precipitação normal.</div><div align="justify">Tudo isto é apenas uma hipótese que mereceria um estudo profundo. No mês de <a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2005/04/aquecimento-global-mito-ou-realidade.html">Fevereiro do ano passado</a>, perante as tempestades de neve que chegaram a invadir a Espanha e atingir o Magrebe, uma docente da Universidade do Minho afirmou a um jornal que parecia a entrada numa era glaciária. O jornalista fez troça… A sua mente está subjugada pelo global warming.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><a href="http://mitos-climaticos.blogspot.com/2006/01/ciclos-de-milankovitch.html">http://mitos-climaticos.blogspot.com/2006/01/ciclos-de-milankovitch.html</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-74666432834482943132008-04-23T13:26:00.001-03:002009-03-11T21:02:10.875-03:00Os novos índices da Aids<div align="justify"> A julgar pelos cálculos do último ano, a velocidade de disseminação da epidemia mundial de Aids parece ter arrefecido. Dois grupos da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicaram estimativas a respeito do número de pessoas HIV-positivas que contradizem previsões anteriores. Segundo ambos os estudos, haveria hoje 33,2 milhões de infectados, ao contrário dos 39,5 milhões citados nas estatísticas de 2006. </div><div align="justify">O número anual de novas infecções também teria caído: 4,3 milhões de novos casos em 2006, ante 2,5 milhões em 2007.De acordo com essas avaliações, a incidência mundial teria alcançado o pico na segunda metade dos anos 1990.</div><div align="justify">Embora favoráveis, os dados não devem gerar otimismo. Parcela significante das previsões anunciadas pelo Joint United Nations Programme on HIV/Aids (Unaids) e pela OMS resulta do fato de que as anteriores estavam exageradas. Um entendimento mais abrangente da dinâmica de transmissão da infecção combinado com o aperfeiçoamento dos métodos de cálculo da prevalência do HIV justificaria as quedas documentadas nos relatórios de 2007. </div><div align="justify">Mudanças comportamentais que levaram à adoção de medidas preventivas, como prática de sexo seguro e abandono do uso de drogas injetáveis, contribuíram para as reduções observadas em alguns países, mas não conseguem explicar os resultados globais.</div><div align="justify">As diferenças levaram alguns críticos a atribuí-las à manipulação anterior dos dados pelas agências internacionais, com o objetivo de obter fundos mais generosos para o combate da epidemia. Os técnicos do Unaids e da OMS negam com ênfase tal acusação; defendem-se justificando que trabalham com as informações mais confiáveis disponíveis ao fim de cada ano.</div><div align="justify">Cerca de 70% da queda do número de infectados veio de Angola, Índia, Quênia, Moçambique, Nigéria e Zimbábue. Na Índia, ocorreu a mudança mais significativa: 5,7 milhões de infectados nas estimativas de 2006 e 2,5 milhões nas atuais. </div><div align="justify">No Zimbábue e no Quênia, parte da redução está relacionada com a adoção de práticas de sexo seguro. Em outros países, no entanto, a justificativa está na identificação mais acurada dos portadores do vírus através de centros-sentinela distribuídos em áreas mais remotas. Apenas na Índia, hoje existem 1.100 desses centros, ante 155 no fim dos anos 1990. </div><div align="justify">Os inquéritos epidemiológicos mais recentes revelaram que aqueles do passado, ao extrapolar para a população geral a predominância encontrada em clínicas de atendimento pré-natal, inflacionavam a parcela de infectados em cerca de 20%, uma vez que não levavam em conta a prevalência mais baixa nas mulheres sexualmente inativas, nas que só praticam sexo seguro e nos homens. </div><div align="justify">Nem todas as taxas caíram, entretanto. Nos países do Leste e da região central da Ásia, a prevalência aumentou 150%, desde 2001. Cerca de 90% dessas novas infecções aconteceram na Rússia e na Ucrânia. No Vietnã, a prevalência duplicou entre 2000 e 2005. Na Indonésia, a velocidade de propagação é a mais rápida do continente asiático. Surgiu mais um dado importante nesses estudos: sem tratamento, a infecção pelo HIV leva, em média, 11 anos para manifestar os primeiros sintomas, ao contrário dos nove anos, como se supunha. Essa velocidade mais lenta de progressão para as fases sintomáticas da Aids modifica os índices de mortalidade. O uso de medicamentos contra o vírus, hoje disponíveis para mais de 2 milhões de portadores que vivem em países de renda per capita baixa ou intermediária, também contribui para a redução da mortalidade: 2,9 milhões de óbitos em 2006, ante 2,1 milhões em 2007. </div><div align="justify">Estatísticas otimistas à parte, a existência de 33 milhões de portadores de um vírus sexualmente transmissível causador de uma infecção incurável, controlada com dificuldade apenas por meio do uso contínuo de medicamentos causadores de efeitos indesejáveis, acessíveis mundialmente a uma parcela ínfima dos infectados, dá uma dimensão da tragédia humana provocada pela epidemia. </div><div align="justify"><a href="http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/25/os-novos-indices-da-aids/">http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/25/os-novos-indices-da-aids/</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-43482953570537996442008-04-23T12:29:00.000-03:002009-03-11T21:01:46.965-03:00Sismicidade brasileira<a href="http://www.unb.br/ig/sis/sisbra.htm">Sismicidade brasileira</a><br />Terremotos no BrasilAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-49097102167354907732008-04-19T19:27:00.001-03:002009-03-11T20:59:03.567-03:00A TRAGÉDIA ECOLÓGICA DO MAR DE ARAL<form action="Pal2.asp?Cod=10&Sld=$" method="post"> <table width="100%" border="0"> <tbody> <tr> <td width="100%"><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#000000;"><br />•<br /><br />* Rama Sampath Kumar<br /><br />O Mar de Aral, um lago terminal alimentado por dois rios principais, (Sirdaria e Amudaria) forma uma fronteira natural entre o Kasaquistão e o Uzbequistão. Era, em 1960, o quarto maior lago mundial; hoje, está em vias de desaparecer num pequeno e sujo poço. A destruição do Mar de Aral é um exemplo de como uma tragédia ambiental e humanitária pode ameaçar rapidamente toda uma região. Tal destruição constitui um caso clássico de desenvolvimento não-sustentado. Vale a pena estudá-lo, pois, de certa forma, prefigura o que poderá acontecer a nível planetário se a humanidade continuar a desperdiçar recursos finitos como a água.<br /><br />O Mar de Aral e toda a bacia do lago ganharam notoriedade mundial como uma das maiores degradações ambientais do Século XX causadas pelo homem. A União Geográfica Internacional destacou a bacia Aral, nos começos dos anos 90, como uma das zonas críticas da terra [Kasperson, 1995]. É também referida como a “Chernobyl Calada”, uma catástrofe silenciosa que evoluiu lentamente, quase imperceptivelmente, ao longo das últimas décadas [Glantz e Zonn, 1991]. A redução do Mar de Aral captou a atenção e o interesse de governos, organizações ambientais e de desenvolvimento, leigos e comunicação social nos últimos anos em todo o mundo [Ellis, 1990]. A partir de meados dos anos 80, quando os soviéticos abriram as portas ao abrigo da política da glasnost (abertura), a situação do Mar de Aral ganhou a fama, junto à comunidade internacional, de calamidade ambiental [Glantz, 1998]. Desde então os cientistas têm exigido energicamente a salvação do Mar de Aral. Infelizmente, a essa altura, o Mar de Aral estava reduzido a um terço do seu tamanho original. Apesar de ser novamente motivo da comunicação social mundial, e debatido, com uma nova abertura na União Soviética, era uma situação de crise conhecida que estava na agenda dos políticos da Federação por mais de 30 anos. [1]<br /><br />O Mar de Aral antes de 1960<br /><br />O Mar de Aral fica situado a aproximadamente 600 km do Mar Cáspio. Existiam mais de 1.100 ilhas, separadas por lagoas e estreitos apertados, que deram ao mar o seu nome; na língua kasaque, Aral significa 'ilha'. No presente, a Kok Aral, a maior de todas as ilhas (agora uma península) dispersas pelo Mar de Aral, separa a parte nordeste, chamada Pequeno Aral, da parte sudoeste, chamada o Grande Aral. Esta forma a fronteira natural entre Kasaquistão e Uzbequistão, que partilham entre si o lago. As duas partes estão ligadas pelo estreito de Berg. O Mar de Aral era, até 1960, o quarto maior lago do mundo, cobria uma área de 66 mil quilômetros quadrados, com um volume estimado de mais de 1.000 km³ [Kabori e Glantz, 1998]. Embora seja chamado um mar, na realidade é um lago terminal, alimentado por dois rios principais: Sirdaria no norte e Amudaria no sul. Este último, o maior rio da região, começa nas montanhas de Kunlun na cordilheira Hindu Cushe, dirige-se para noroeste através dos Montes Pamir e depois passa pelo Kirguizistão, Tadjiquistão, Uzbequistão (que forma fronteira com o Afeganistão), Turkmenistão, e volta a passar por Uzbequistão antes de entrar no Mar de Aral. O Sirdaria que começa na base norte das montanhas Tien Shan no Kirguizistão, corre através de Tadjiquistão, Uzbequistão, Kasaquistão e depois entra no Mar de Aral [Islamov, 1998]. Por conseguinte, embora o Mar de Aral se situe entre Uzbequistão e Kasaquistão, todos os cinco estados da Ásia Central compartilham a bacia do Mar de Aral, uma área de 690 mil quilômetros quadrados. [2] Os caudais destes dois sistemas fluviais perenes, sustentavam um nível estável no Mar de Aral. Ao longo dos séculos, cerca de metade do caudal dos dois rios alcançou o Mar de Aral. <br /><br />Um vasto delta sustentava uma prolífica atividade pesqueira. [3] No lago, encontrava-se uma grande variedade de espécies de peixes, incluindo algumas espécies que só existiam no Mar de Aral, entre eles o famoso esturjão de Aral. As suas águas alimentavam indústrias de pesca locais com capturas superiores a 40 mil toneladas anuais, enquanto os deltas dos seus principais afluentes abrigavam dezenas de lagos menores e terrenos alagadiços de grande riqueza biológica. Florestas cerradas de juncos e canas, algumas vezes estendendo-se vários quilômetros na direção do mar, rodeavam as margens do lago. À volta do lago e no delta fluvial, viviam grandes populações de saikas (antílopes), javalis selvagens, lobos, raposas, almíscares, perus, gansos e patos.<br /><br />O Mar Aral era como um grande oásis no deserto. Durante muitos séculos, as estepes e as regiões semidesertas abrigaram vários grupos étnicos. Antes da chegada da Rússia imperial, a população que vivia na área do Mar de Aral era, predominantemente, nômade. Este modo de vida era, até certo ponto, essencial, devido às condições de desertificação ambiental. O clima é fortemente continental e a paisagem é do tipo semideserto. A precipitação anual é de cerca de 200 mm. Não é possível haver agricultura com esta quantidade de chuva. Somente na zona perto dos dois rios era possível ter agricultura e por esse motivo, as pessoas que estavam afastadas das margens dos rios, viviam unicamente da criação de gado. A primeira tarefa do governo imperial russo foi fixar a população em comunidades agrícolas. Perceberam que uma terra seria boa para agricultura se houvesse água disponível. No final do século XIX, cultivou-se algodão a uma relativamente larga escala quando se introduziram novas tecnologias de irrigação. Foram abertos canais para facilitar o processo de irrigação e uma boa proporção da produção agrícola da Ásia central estava completamente dependente da irrigação.<br /><br />Nos anos que se seguiram à Revolução Bolchevique cresceu o interesse na irrigação dos territórios da Ásia central. A área irrigada foi extensivamente desenvolvida nos começos dos anos 20, pois os soviéticos estavam interessados em aumentar a produção do algodão. Em 1918, Lenine emitiu uma proclamação pedindo mais algodão do Turquestão. Além disto pretendiam controlar a população rural. Nos finais dos anos 30, sob o comando de Stalin, o ministro soviético da água iniciou um projeto maciço de desvio da água a fim de irrigar as estepes do Uzbequistão, Kasaquistão e Turkmenistão para os preparar para a cultura do algodão. O primeiro grande projeto de irrigação iniciou a operação em 1939 com a construção do canal que rodeava o Vale de Ferghana no Uzbequistão. A caminho dos finais dos anos 40, grandes quantidades de água do Rio Sirdaria foram desviadas para fins agrícolas para Kizil-Orda no Kasaquistão e para uma zona perto de Tashkent no Uzbequistão [Altan, 1995] . A produção agrícola ao longo do Sirdaria foi preparada e iniciada, com trágicas conseqüências para a cultura nômade kasaque. O programa de propriedade coletiva de Stalin atingiu duramente os kasaques e calcula-se que mais de um milhão de pessoas morreram ou abandonaram a região dirigindo-se para países a sul do Kasaquistão. Os kasaques que ficaram não possuíam os conhecimentos necessários nem tradição agrícola, por isso tiveram importar peritos. [4] Como os camponeses da Ásia central não aceitaram a propriedade coletiva e a industrialização da agricultura, a produção de algodão no Uzbequistão e de trigo/arroz no Kasaquistão não aumentou até perto do começo dos anos 40 [Hav, 1998]. .<br /><br />Após a morte de Stalin em 1953, os seus sucessores, Nikita Khrushchev e, mais tarde, Leonid Brezhnev, prosseguiram a mesma política soviética na Ásia central, convertendo ainda mais terra arável para a produção de algodão. Entre os finais dos anos 50 e 1970 completaram-se vários canais de larga escala para atenderem à estas expansões da monocultura do algodão: o Canal Qara-Qum de 800 km, de Amudaria até Ashkhabad, o sistema de irrigação de Mirzachol Sahra, o Canal Chu no Kirguizistão e o Reservatório de Bahr-i Tajik que serve Tadjiquistão [Blake, 2002]. No final dos anos 50, Moscou instituiu um regime de monocultura do algodão, resultando daí que todo o modo de vida se concentrou na produção de algodão, com poucos benefícios para a população e a destruição das tradições culturais indígenas. Nikita Khrushchev (1953-1964) estava pessoalmente fascinado por uma agricultura que não necessitasse de adubos e que pudesse ser feita em solos arenosos, utilizando apenas grandes quantidades de água. Tanto o Kasaquistão como o Uzbequistão possuíam vastas áreas de solos arenosos e os dois que os cruzavam possuíam enorme vazão. Foi iniciado um programa para tornar a União Soviética auto-suficiente em trigo e algodão. O algodão requer um clima quente e foi por isso que a produção de algodão foi instalada no Uzbequistão, irrigada pelas águas do Amudaria. A produção de trigo, cevada, milho-miúdo e arroz foi colocada principalmente ao longo do Sirdaria e do seu sistema de irrigação no Kasaquistão.<br /><br />A bacia de drenagem do Mar de Aral se tornou rapidamente em uma bacia muito importante para a agricultura soviética. Durante milênios, os povos converteram, com êxito, pela irrigação, paisagens desertas em terras agrícolas. Embora a agricultura irrigada da bacia do Mar de Aral tivesse começado com as conquistas tzaristas dos séculos XVIII e XIX, a irrigação no tempo dos soviéticos era diferente, pois utilizava grandes quantidades de água desviadas dos principais rios da região. Projetos de irrigação a montante, para a produção de algodão e arroz, consumiam, como esponjas, mais de 90% da vazão natural destes rios. Chegou-se a tal ponto que, no começo dos finais dos anos 70, nenhuma água do Sirdaria chegava ao Mar de Aral e o Amudaria fornecia apenas um volume mínimo que decrescia constantemente [Bedford, 1996]. Somando-se a isto a elevada evaporação, estas terras concentraram muita salinidade. Para limpar o sal destes solos, construíram-se canais de drenagem que provaram ser inadequados. Grandes desvios, más construções de sistemas de irrigação, má conservação e gestão errada dos recursos hídricos, são apontados como causas principais para a diminuição da vazão que entra no Mar de Aral o que, por sua vez, alterou o equilíbrio ecológico existente.<br /><br />Morte do Mar de Aral <br /><br />É publicamente aceito que esta morte trágica do Mar de Aral começou em 1960. Foi o ano em que os projetistas de Moscou inauguraram o Projeto do Mar de Aral, um ambicioso programa econômico que visava a conversão de terrenos baldios na cintura do algodão da União Soviética. Os projetistas atribuíram à Ásia central o papel de fornecedor de matérias-primas, em especial de algodão. Isto conduziu a uma redução substancial de semeaduras de colheitas tradicionais como a alfafa e de plantas que se cultivavam para fornecer óleo vegetal. Pomares e árvores de amoras foram arrancados para permitir plantar mais algodão. O desejo de expandir a produção de algodão para as terras desertas aumentou a dependência da Ásia central da irrigação, especialmente do Uzbequistão.<br /><br />O Mar de Aral e os seus afluentes pareciam ser uma fonte inesgotável de água. Foram abertos canais de grande extensão para espalhar as águas dos Amudaria e Sirdaria por todo o solo desértico. A área irrigada aumentou a sua superfície em menos de uma década para 6,9 milhões de hectares: metade dessas terras produziam algodão e a outra metade arroz, trigo, milho, frutas, legumes e forragens para o gado. Não é necessário dizer-se que a agricultura irrigada não foi planejada com o propósito de destruir a natureza. Gerando um enorme rendimento, a agricultura irrigada constituiu um sucesso formidável. Segundo Moscou, os anos iniciais do projeto foram uma proeza. As quotas de produção do algodão e de outros produtos eram realizadas ou excedidas ano após ano. A bacia do Mar de Aral tornou-se o principal fornecedor do país de produtos frescos. Os rendimentos nas cinco repúblicas da Ásia central que compartilhavam a bacia - Kasaquistão e Uzbequistão, ao redor das margens do Mar de Aral e Kirguizistão, Tadjiquistão e Turkmenistão ao sul na bacia hidrográfica dos rios Amudaria e Sirdaria - aumentavam regularmente. De 1940 a 1980, a produção de algodão soviético aumentou de 2,24 para 9,1 milhões de toneladas. A maior parte deste algodão era proveniente do Uzbequistão, Turkmenistão e Tadjiquistão, que, conjuntamente, eram responsáveis por quase 90% de toda a produção soviética [Critchlow,199]. <br /><br />As complicações surgiram porque a contração do Mar de Aral, e outras conseqüências causadas pela irrigação tinham sido tratadas como questões sem importância pelas autoridades até 1970. Não foi o projeto em si, mas antes os métodos agrícolas mal concebidos e mal geridos que destruíram a economia, saúde e ecologia da bacia do Mar de Aral, afetando milhões de pessoas. Foram construídos numerosos canais e a construção de várias barragens foi feita precipitadamente. Por volta de 1978, uma extensa rede de canais de irrigação estendeu-se peles desertos para matar a sede ao algodão ao longo de 7,7 milhões de hectares, principalmente no Uzbequistão. Os canais principais e secundários foram escavados na areia sem terem sido colocadas dutos tubulares ou concretagem. Também não se prestou importância à drenagem dos solos. Periodicamente eram fechadas as comportas e a água era dirigida diretamente para os campos, um sistema que causava uma enorme perda de água. Menos de 10% da água drenada era diretamente benéfica para a colheita. A restante desaparecia no solo arenosos ou evaporava-se. Foram estes programas largamente ineficazes que eram adaptados para satisfazer a enorme procura de água que, por fim, resultaram na secagem do Mar de Aral. Tendo como resultado a queda do de nível do Mar de Aral que supostamente poderia ser remediada por projetos ambiciosos de desvio de rios no norte da Rússia. Esses projetos nunca se realizaram e o lago continuou a secar ano após ano. O resultado foi catastrófico, e a irrigação que fez florescer o deserto e aumentar os rendimentos, pôs em marcha uma desastrosa cadeia de acontecimentos logo detectados na descida dos níveis de água e no declínio das capturas de peixe.<br /><br />Portanto, infelizmente, em vinte anos, o quarto maior mar interior da terra passou a ser uma planura de sal, seca, contaminada e tóxica. A crise ecológica na área do Mar de Aral atinge agora a que foi a fértil república autônoma do Karakalpaquistão no Uzbequistão, Tashauz Velayat no norte do Turkmenistão e Kzyl Orda Oblast na parte ocidental do Kasaquistão. Toda esta região foi atacada por um dos piores desastres ambientais. Antes de 1960, entravam no Mar de Aral 55 bilhões de metros cúbicos de água, conservando-o a um nível saudável. Durante os anos 80, a média da vazão que corria para o lago era de apenas 7 bilhões de m³. Recentemente, apenas de 1 a 5 bilhões de m³ chegam anualmente ao lago. Perderam-se desde 1960, 75% do volume do lago, e há fortes receios de que secará totalmente por volta de 2015. No passado, o Mar de Aral oscilava em resposta às condições climáticas no mundo, subindo quando os glaciais derretiam e descendo quando se formavam. Em condições naturais o Mar de Aral subiria neste momento - o Mar Cáspio que se encontra próximo subiu 2 metros desde 1977 devido ao aumento da precipitação e diminuição da evaporação.<br /><br />Degradação Ambiental<br /><br />Tem sido publicamente reconhecido que a degradação ambiental da bacia do Mar de Aral é o resultado do tributo soviético ao Rei Algodão. A utilização descontrolada dos recursos hídricos dos rios conduziu a perdas graves no equilíbrio entre as fontes naturais de água nos ecossistemas e a utilização da água na irrigação agrícola. Os desvios de água dos dois principais rios regionais roubaram do lago e dos deltas o reabastecimento anual de água fresca. A salinidade da água do rio é inferior a 0,7 por mil, enquanto a água no Mar de Aral era salobra, com uma salinidade de aproximadamente 9 por mil. O sal no Mar de Aral era principalmente causado pela grande evaporação, e, parcialmente, pelo fato da água nos terrenos circundantes ao Mar de Aral ser salgada. [5] A salinidade era controlada devido à grande quantidade de água fresca proveniente dos rios Sirdaria e Amudaria. O calor de verão causava (e ainda causa) uma grande evaporação, que era a razão do bom clima ao redor de Aral antes da secagem do lago. À medida que as águas eram desviadas dos rios que alimentavam o Mar de Aral, generalizou-se a salinidade. <br /><br />Os problemas ambientais criados pela secagem do Mar de Aral, para além da salinidade dos solos, incluem: aumento da salinidade da água do lago, erosão pelo vento, tempestades de poeiras salgadas, destruição dos leitos de desova dos peixes, colapso da indústria pesqueira, terras encharcadas, interrupção da navegação, divisão do lago em partes separadas, perda da vida selvagem nas áreas do litoral, grande redução de caudais dos dois afluentes principais, necessidade de recursos extras na bacia hidrográfica para estabilizar o nível do lago, alteração do clima regional, desaparecimento das terras de pastagem, e daí por diante. Todos estes graves problemas ambientais afetam a economia da região; uma situação combinada com médias elevadas de crescimento populacional. Viviam na zona, no começo do século XX, 8 milhões de pessoas. Desde então, a população da região aumentou para 50 milhões e a terra irrigada atingiu 7,7 milhões de hectares. Em seguida, apresentam-se discussões sobre as questões principais. <br /><br />a) Desertificação: Conforme já foi descrito, a culpa da catastrófica dissecação do Mar de Aral é atribuída aos colossais projetos de irrigação na Ásia central durante o tempo dos sovietes. Como o nível do Mar de Aral desceu de 53 metros acima do nível do mar para 36 metros, a área da sua superfície encolheu para metade e o seu volume para três-quartos. A concentração salina duplicou. Em resultado disto, em complemento à queda dos níveis de água, a grande quantidade de terras irrigadas começou, a dada altura, a reduzir a sua produtividade devido à salinidade. Este fenômeno tem o nome de desertificação do Mar de Aral. A maioria das partes do fundo seco do lago está coberta de depósitos de bilhões de toneladas de sais tóxicos, trazidos para ali ao longo de décadas por águas infiltradas nos rios através dos campos. A área do fundo seco do lago, conhecida localmente por “deserto de Aralkum”, tem agora cerca de 40.300 Km². Durante o regime soviético grandes áreas desta região foram utilizadas como centros militares e espaciais e, desta forma, agravou-se o problema, pois o sal está poluído por produtos químicos. O vento soprando do lago carrega o sal poluído pelos produtos químicos do leito exposto e leva-o para campos de cultura à média de 75 milhões de toneladas anuais, cobrindo faixas de 40 km de largura e destruindo solos a milhares de quilômetros de distância [Sinnot, 1992] . Esses sais podem destruir as colheitas de algodão logo no começo do período de brotação. Para retirar o sal do solo é necessário regar continuamente a terra durante um longo período. Este processo requer ainda mais água fresca, o que significa mais desvios das águas fluviais e, desta maneira, isto forma uma espécie de círculo vicioso. Por conseguinte, deserto e áreas arenosas aumentam pelo impacto do vento e mais desertificação é criada. A Academia das Ciências Uzbeque afirma que um novo deserto a sul e a leste do Mar de Aral já se expandiu para 5 milhões de hectares. Isto é muitas vezes referido ironicamente como 'deserto branco' por que os coletores de sal tóxico estão incrustados na sua superfície depois de se misturarem com Karakum (deserto negro) e Kyzylkum (deserto vermelho) que rodeiam o Mar de Aral. O enorme deserto de areia branca brilhante, que é soprada para terrenos agrícolas, contamina a terra e obriga os agricultores a compensarem a produção enfraquecida pondo mais pesticidas e fertilizantes na terra, envenenando-a ainda mais.<br />O escoamento do sal além de diminuir áreas utilizáveis para a agricultura destrói pastagens e, portanto, provoca carência de forragens para os animais. A produtividade das pastagens diminuiu para metade e a destruição da vegetação dos prados diminuiu 10 vezes sua produtividade.<br /><br />b) Destruição dos peixes no Mar de Aral: Antes de 1960 a pesca era um negócio em expansão. Uma indústria de pesca que fora próspera no passado, foi afetada negativamente pelas quantidades crescentes de poluentes que chegavam ao Mar de Aral vindos dos rios, somando-se ao fato de que nos últimos 30 anos mais de 60% do lago havia desaparecido. Em conseqüência disso, começaram a aumentar as concentrações de sais e minerais na contraída massa de água. A salinidade da água do Mar de Aral aumentou a ponto de muitas das suas áreas terem a mesma salinidade do oceano. Esta alteração química provocou mudanças espantosas na ecologia do lago, provocando enormes baixas na produção de pescado do Mar de Aral. O conteúdo mineral na água aumentou quatro vezes atingindo 40g/litro, impedindo a sobrevivência da maioria dos peixes e da fauna selvagem do lago. O peixe quase desapareceu do que resta do lago, deixando milhares de pessoas sem meios de subsistência. Quando o Aral começou rapidamente a encolher, os barcos de pesca e as suas tripulações ficaram encalhados, algumas vezes a dezenas de quilômetros das antigas margens. [6] Toda a pesca comercial foi suspensa em 1982, sendo as capturas atuais insignificantes, e comunidades inteiras de pescadores estão desempregadas. A perda de produtividade provocou um colapso na indústria pesqueira e desemprego neste sector. Em 1960, foram capturadas 43.430 toneladas de peixe no lago, caindo para 17 mil toneladas em 1970, zero toneladas em 1980, e mantendo-se a situação até hoje [Letolle e Mainguet] .<br /><br />Dois portos importantes, Aralsk e Moynaq, floresceram como centros de pesca. O porto de Aralsk, situado a norte do Pequeno Aral no Kasaquistão era uma cidade bem organizada, com um estaleiro naval e uma indústria de pesca. No estaleiro construíam-se barcos de 50 a 500 toneladas para transporte de carga e pesca no Mar de Aral. A estação ferroviária de Aralsk , situada na linha de Moscou a Tashkent e Almaty, era a ligação ferroviária mais importante da Ásia central. As cargas vindas pela ferrovia costumavam ser transferidas para os barcos e transportadas para sul, para o porto de Moynaq, em Karakalpsquistão, no Uzbequistão. [7] Em 1975, a pesca terminou no Pequeno Aral e Aralsk passou a ser um porto sem porto. A salinidade dos charcos aumentou, a caça diminuiu e o clima começou a sofrer alterações, tendo em vista o desaparecimento das grandes florestas de juncos e caniços quando a água secou. Para que fosse mantido o emprego na indústria de pesca, introduziram peixe congelado oriundo de outras partes da União Soviética, como o Mar Báltico, Mar Branco e Oceano Pacífico. Este processo cessou com a desintegração da Federação. <br /><br />Moynaq, situada na margem sul do Aral, além de ser um centro de indústria de pesca foi antigamente uma popular estância balneária. É difícil imaginar que esta cidade foi um próspero local de veraneio. Multidões de turistas soviéticos juntavam-se em Moynaq para tomar sol nas antigas praias e nadar nas águas do Aral, famosas por curar doenças de pele. Crianças de cidades longínquas chegavam aos campos de verão para respirar o ar do mar e comer peixe fresco. Hoje em dia, Moynaq apresenta uma cintilante planura salgada, um cemitério de cascos enferrujados de barcos de pesca encalhados. O mar está a quilômetros de distância do passeio à beira-mar e não se vê a olho nu. <br /><br />Esta situação não foi como uma conseqüência de um raio caído do céu. Desde 1970 que este assunto era amplamente discutido em círculos governamentais. Em 1977, a conferência soviética sobre o impacto ambiental de uma diminuição no nível do Mar de Aral, uma comunicação preparada por dois cientistas da República de Uzbeque, anunciava uma redução acentuada na produção de pescado [Gorodetskaya e Kes, 1978]. Outros, também por essa altura, sugeriam que a morte da pesca comercial ocorreria, provavelmente, devido à secagem dos leitos de desova dos peixes [Barovsky, 1980]. Foi também sugerido no mesmo fórum, que o esgotamento dos bancos de pesca no Mar de Aral seria uma das primeiras conseqüências do declínio dos níveis do mar. Havia um relatório publicado num jornal da autoria de A. U. Reteyum em que este assinalava que: ... “em 1965, o Conselho de Ministros da URSS tinha aprovado uma resolução especial 'Sobre as Medidas para Preservar a Pesca – Importância do Mar de Aral!” Isto é um exemplo que apóia a tese de que os sinais de deterioração na bacia do Aral eram evidentes já em meados dos anos 60 [Reteyum,1991]. Nos finais dos anos 70, era já claro que os bancos de pesca do Mar de Aral estavam num declínio irreversível e que, provavelmente, se tivessem sido adotadas medidas adequadas esta situação atual podia ter sido evitada.<br /><br />c) Mudanças Climáticas: Durante os últimos 5-10 anos a secagem do Mar de Aral trouxe alterações evidentes nas condições climáticas. O efeito do aquecimento da água do mar no Inverno e o seu arrefecimento no Verão diminuiu dramaticamente. O Mar de Aral é um lago de deserto, com um clima continental forte, e uma variação de temperatura de 40 graus centígrados no Verão para 30 graus negativos no Inverno. No passado, o Mar de Aral era considerado como um regulador, mitigando os ventos frios que vinham da Sibéria no Inverno e evitando que as temperaturas de Verão subissem demasiado. Notava-se uma evaporação elevada (da ordem de 1.700 mm por ano). A evaporação era também a razão do bom clima ao redor de Aral antes da secagem do lago, e, apesar do alto nível de evaporação, era mantido o equilíbrio da água devido aos grandes caudais fornecidos pelos dois rios. As alterações climáticas deram origem a verões mais curtos e mais secos e invernos mais longos e mais frios na região. As temperaturas do ar no Inverno desciam e as temperaturas de Verão subiam 2 a 3 graus centígrados, incluindo observações de 49 ºC. Esta mudança para um clima mais continental, com verões mais curtos e mais quentes e invernos mais frios e mais longos, ocasionava pouca precipitação para a colheita seguinte. A precipitação foi reduzida várias vezes nas margens do Mar de Aral. A magnitude média da precipitação é de 150-200 mm com uma considerável variação de acordo com as estações. A estação mais prolongada baixou também para 170 dias, perdendo os 200 dias livres de geadas necessárias para as colheitas do algodão. Como já foi explicado anteriormente, a ocorrência freqüente de longas tempestades de poeiras e de ventos rasteiros são traços característicos desta região. As mais intensas ocorrem na costa oeste - com, talvez, 50 tempestades por ano. A velocidade máxima do vento atinge 20-25 m/s.<br /><br />d) Condições Sanitárias: É opinião geral de que a crise sanitária na região está diretamente ligada ao desaparecimento do Mar de Aral. Para tornar as coisas ainda pior, as pessoas têm pouco acesso à água potável. Os produtos químicos escoados dos campos agrícolas poluíram ainda mais o Mar de Aral, tornando a sua água imprópria para consumo. O algodão é um patrão exigente. Não só tem mais sede do que a maioria das outras colheitas comerciais, como também necessita de fortes aplicações de pesticidas para afastar gorgulhos e outras pestes. Parece freqüentemente que nas mentes soviéticas a teoria era “se pouco faz bem, muito faz melhor”, — muita água, muitos pesticidas. Somando-se a isto a sementeira de algodão é normalmente pulverizada com um desfolhante no Outono, a fim de lhe retirar as folhas para tornar mais fácil a colheita. Uma vez que a bacia é um sistema fechado sem drenagem para o exterior, os inseticidas e herbicidas pulverizados nos campos escoam para a terra, acumulando no subsolo água a níveis perigosos. Como a maior parte da água da torneira vem de poços, as pessoas bebem um cocktail de produtos químicos diluídos, alguns identificados como cancerígenos. Níveis elevados de contaminação por pesticidas diminuem a capacidade do organismo humano de absorver ferro, provocando anemia. A água utilizada para consumo humano contém acima de 6 gramas de sal por litro, um nível quatro vezes superior à norma da Organização Mundial de Saúde. Isto tem sido relacionado com a prevalência de doenças renais. As tempestades de poeiras sopram violentamente durante mais de 60 dias por ano, espalhando resíduos tóxicos e sal deixado pela água do lago. Pensa-se que estas partículas sejam uma causa possível de doenças respiratórias e cancros. (Quando o lago eventualmente secar, calcula-se que 15 mil milhões de toneladas de sal serão lançadas na atmosfera). De acordo com Timothy Cummings, um delegado da Cruz Vermelha Americana que trabalha na região do Mar de Aral, a combinação de toxinas provenientes do ar e da água para consumo humano, aumentou a fraca saúde dos residentes. [8]<br /><br />O Relatório sobre o Ambiente da URSS, uma publicação oficial do governo, salientou que a acumulação total de pesticidas no Turkmenistão era de 20 a 25 vezes da média nacional. “Em áreas de elevada utilização de pesticidas as doenças infantis (proporção de doenças) até à idade de 6 anos é 4,6 vezes superior à das regiões de baixa proporção de pesticidas” [Jones, 1999] . De acordo com a Academia de Ciências Soviética, a taxa de mortalidade infantil na região da Ásia central aumentou entre 1970 e 1985. Em Bozataus, uma região do Karakalpaquistão, uma área simultaneamente flagelada com falta de saneamento básico, cuidados de saúde infantil e maternais inadequados, e níveis crescentes de pesticidas e herbicidas na água, 110 em cada 1.000 crianças morrem antes de completarem um ano. Em comparação com 109 na África, 95 na Índia e 37 na China. Por exemplo, em Karakalpaquistão, a taxa do cancro do esôfago é sete vezes superior à do resto do país. E. Paronina, uma investigadora soviética, estudou as condições sanitárias em Karakalpaquistão e relatou as suas sombrias conclusões. Em resumo, eis o que ela afirma: “Tudo isto (crise sanitária) é resultado do alto preço pago pela população para se ter auto-suficiência em algodão” [Jones, 1991]. Não surpreende que toda a literatura médica local esteja repleta de histórias de deformidades à nascença, incremento de doenças renais e hepáticas, gastrite crônica, crescente mortalidade infantil e taxas de aumento de cancro.<br /><br />As pessoas tiveram também que se adaptar a alterações drásticas no clima. Como já foi observado, nas últimas quatro décadas os verões tornaram-se mais quentes e mais curtos e os invernos mais frios. “As alterações climáticas não afetam, necessariamente, a propagação da doença, mas tornam a vida muito mais difícil,” diz Darin Portnoy, um especialista ocidental de tuberculose, que trabalha para um projeto do Banco Mundial em Moynaq. “As pessoas concentram-se em locais fechados durante longos períodos. Vivem encerrados e proporcionam a propagação da doença.” [9]<br /><br />Quando parecia que as coisas não poderiam ficar mais deprimentes surgiu outra preocupante revelação Foi noticiado de que tinham sido enterrados barris de bactéria de antraz na Ilha de Vozrozhdeniye, situada no Mar de Aral, quando o Uzbequistão fazia parte da União Soviética. Durante o tempo que Mikhail Gorbachev esteve à frente do governo, os serviços de informação de Washington disseram que a União Soviética, contrariamente às suas promessas de respeitar os tratados, estavam produzindo armas químicas. Em 1988, os Estados Unidos exigiram que as instalações químicas soviéticas fossem inspecionadas. O governo determinou aos cientistas da cidade siberiana de Sverdiovsk, que transferissem centenas de toneladas de antraz para caixas gigantes de aço inoxidável e o regassem com lixívia para matar a bactéria. A mortífera carga foi depois transportada para a ilha no Mar de Aral que tinha sido um local de experiências de armas biológicas. Contudo, a lixívia não matou completamente a bactéria. Amostras de testes feitos ao solo revelam que alguns esporos continuam vivos. O receio é que a bactéria de antraz enterrada possa ser transportada para os territórios uzbeque e kazaque por lagartos e pássaros. O antraz caracteriza-se por lesões nos pulmões e úlceras no corpo e é transmitido aos humanos per animais através do contacto. Tanto o Uzbequistão como o Kasaquistão pediram ajuda aos Estados Unidos para que se fizesse a determinação do perigo que os seus territórios corriam, uma vez que a Rússia não cumpriu a promessa de Boris Yeltsin em 1992, de fechar e descontaminar o local [Jones, 1999].<br /><br />Estratégia Regional para a Água <br /><br />Já em 1982, o governo procurou desenvolver um plano pormenorizado dos recursos hídricos das bacias dos rios Sirdaria e Amudaria e colocou limitações à retirada de água. Pouco tempo depois, foram criadas duas organizações para operar e manter as principais infra-estruturas hidráulicas e controlar a utilização da água. Houve muitas propostas para se transferir água do Mar Cáspio para o Aral. [10] Um plano de longa duração consistia em desviar as águas dos rios siberianos Ob, Irtysh e Yenisey e canalizá-los para Sul, para a região do Mar de Aral e para o deserto. Após anos de controvérsia este plano foi abandonado devido aos custos e conseqüências ambientais, mas alguns cientistas locais ainda defendem a idéia. Outra sugestão era desfazer os glaciais das montanhas Pamir e Tien Shan com explosões nucleares. Estas idéias não eram realistas, especialmente em tempos de crise econômica. Todavia, elas ainda perduram.<br /><br />Com o fim do período soviético, as cinco Repúblicas da Ásia Central (RAC) independentes, estabeleceram uma comissão conjunta para a coordenação da água e para regular a sua distribuição na bacia, consolidando posições próprias para a adoção de estratégias regionais para a água. Em 1992, foi pedido ao Banco Mundial que coordenasse a ajuda internacional em resposta à crise na bacia do Mar de Aral. Em Setembro do mesmo ano, uma comissão do banco visitou a região e preparou um relatório sobre aquilo que viu. Teve lugar em Washington, em Abril de 1993, uma conferência internacional patrocinada pelo Banco Mundial, Programa Ambiental da Nações Unidas (UNEP) e Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) para discutir a proposta do banco. Estiveram presentes representantes das cinco repúblicas, assim como de outras organizações internacionais e agências de assistência. Com base nas recomendações do Banco Mundial, um grupo que incluía o Banco, o UNEP e o UNDP visitou a região em Maio de 1993 e preparou um programa de assistência financeira em colaboração com as RAC. Este programa continha 19 projetos para a primeira etapa de um programa de três fases para salvar o Mar de Aral [Kirmani e Moigne, 1997]. As RAC, por sua vez, criaram três organizações regionais - o Conselho Interestadual, o Fundo Internacional para o Mar de Aral e a Comissão Executiva - para implementarem o programa. [11] Foi encarada, e em parte implementada, uma maior utilização das águas de drenagem e residuais, assim como a introdução de colheitas mais tolerantes ao sal. Cerca de 6 km³/ano de águas de drenagens agrícolas e de águas residuais são diretamente reutilizadas para irrigação, enquanto 37 km³/ano regressam às depressões naturais ou rios, onde são misturadas com água fresca e podem ser reutilizadas para irrigação ou outros fins. O melhor que se espera é conseguir-se alguma estabilidade do lago e a sobrevivência dos dois deltas fluviais. A salvação dos deltas podia levar a uma nova atividade pesqueira comercial.<br /><br />Líderes governamentais afirmaram que a quantidade de terra para algodão será reduzida e que grandes quantidades de água serão bombeadas para o Mar de Aral até 2005 [Bech, 1995]. Funcionários da agricultura, contudo, dizem que é impossível demolir o sistema de canais. Muitos agricultores dependem dos rendimentos da cultura do algodão. O governo indicou também que as necessidades dos agricultores de algodão estão em primeiro lugar. A exportação de algodão é uma fonte importante de rendimento. As RAC não querem extirpar a monocultura do algodão e arriscar perder as suas recompensas econômicas. E assim, a maioria dos cientistas acredita que o Mar de Aral nunca irá ser como foi.<br /><br />O futuro do Mar de Aral é, portanto, incerto. A única coisa certa é que o lago é agora uma catástrofe ambiental à medida que o nível de água declina e o ecossistema se degrada, provocando um ambiente de deterioração e condições de vida e de saúde precárias para os povos que vivem nas margens do lago. É agora impossível prever, com algum rigor, o futuro para o Aral, mas se não se encontrarem soluções apropriadas o nível da água continuará a declinar. Seja qual for o futuro, esta situação de certeza que abriu os olhos aos governos do mundo. É um forte aviso à comunidade internacional e ilustra a rapidez – em menos de 20 anos – como uma tragédia humanitária e ambiental pode ameaçar toda uma região e a sua população. A destruição do Mar de Aral é um exemplo clássico de desenvolvimento não-sustentado.<br /><br />NOTAS<br /><br />1) Sinais de alteração apareciam por toda a parte durante os primeiros 20 anos do problema do Mar de Aral (1960-1980): Muitas das alterações ambientais adversas foram mencionadas em documentos científicos soviéticos em certas alturas dos anos 60 e 70.<br /><br />2) Uma pequena porção das nascentes da bacia do Mar de Aral ficam localizadas na China e no Irão. O Afeganistão compartilha diretamente o Rio Amudaria, que constitui uma fronteira entre ele e o Uzbequistão, Tadjiquistão e Turkmenistão.<br /><br />3) 'O Mar de Aral – Uzbequistão e Kasaquistão', Principais Lagos do Mês – Lagos Vivos, Julho – Agosto, 1998.<br /><br />4) Um total de mais de 10 milhões de pessoas foram deslocadas para a Ásia central, muitas delas à força, por razões políticas, e a maioria foi para o Kasaquistão que até agora conta com cerca de 8 milhões de pessoas oriundas de outras partes.<br /><br />5) A água salgada do terreno pode ser explicada por uma secagem total aparente do lago, que se estendeu para o interior centenas de anos atrás.<br /><br />6) 'Água Contaminada Prejudica a Saúde na Região do Mar de Aral', Notícias e Realces, FAO das Nações Unidas, 27 de Janeiro de 1997.<br />- http://www.fao.org/NEWS/1997/970104-e.htm.<br /><br />7) Esta região fazia parte da área do Kasaquistão antes da formação da URSS e é habitada principalmente por kazaques.<br /><br />8) O Desastre Ecológico do Mar de Aral Provoca Crise Humanitária, Nas Notícias, escrito por Stephanie Kriner, Cruz Vermelha.<br />- http://www.redcross.org/news/in/asia/020410aral.html.<br /><br />9) Medicina Itinerante, Participação nas Notícias, 3º trimestre 1998. Reproduzido de 'Médicos Sem Fronteiras', RU, edição nº13, Primavera de 1998.<br /><br />10) Calcula-se que, pelo menos, 73 km cúbicos de água teriam de ser descarregados no Mar de Aral em cada ano, por um período de pelo menos 20 anos, a fim de se restabelecer o nível de 1960 de 53 m. acima do nível do mar. Os governos dos países marginais do lago consideram isto um 'objetivo irrealista'.<br /><br />11) 'É a altura de salvar o Mar de Aral? Desenvolvimento em irrigação nos países da ex-União Soviética'. FAO AQUASTAT, Setembro,1998</span></td></tr></tbody></table></form>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-91553508537835836222008-04-08T18:50:00.000-03:002009-03-11T20:59:03.568-03:00O clima dos últimos 650 mil anos<a href="http://profjefersongeo.blogspot.com/2005/12/o-clima-dos-ltimos-650-mil-anos.html#comments">Geografia - Blog do Profº Jéferson Pitol Righetto - Brasil, RS, Porto Alegre: O clima dos últimos 650 mil anos</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-38379675306407052472008-04-08T18:36:00.000-03:002009-03-11T20:59:03.568-03:00Pesquisador diz que tendência dos próximos anos é o esfriamento da Terra e que efeito estufa é tese manipulada pelos países ricos<a href="http://profjefersongeo.blogspot.com/2007/11/pesquisador-diz-que-tendncia-dos.html">Geografia - Blog do Profº Jéferson Pitol Righetto - Brasil, RS, Porto Alegre: Pesquisador diz que tendência dos próximos anos é o esfriamento da Terra e que efeito estufa é tese manipulada pelos países ricos</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-23532932.post-20649359065347125622008-04-08T18:35:00.000-03:002009-03-11T20:59:03.569-03:00Cientista diz que aquecimento é "farsa"<a href="http://profjefersongeo.blogspot.com/2007/11/carbono-brasil-cientista-diz-que.html">Geografia - Blog do Profº Jéferson Pitol Righetto - Brasil, RS, Porto Alegre: Carbono Brasil - Cientista diz que aquecimento é "farsa"</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05657569754533597489noreply@blogger.com0