princípio da extensão - ao estudar um fato geográfico ou uma área, dever-se-ia, inicialmente, procurar localizá-la e estabelecer os seus limites, ou seja, delimitar e localizar os fatos estudados;
princípio da analogia - a área em estudo pode ser comparada com o que se observa em outras áreas, estabelecendo-se semelhanças e diferenças;
princípio da causalidade - observados os fatos, dever-se-ão procurar as causas que os determinaram, estabelecendo-se relações de causa e efeito;
princípio da conexidade - os fatos geográficos (físicos e humanos) não agem sozinhos e separadamente na formação da paisagem. Há uma interligação entre os fatores que explicam esses fatos. A idéia de interdisciplinaridade aparece neste princípio.
princípio da atividade - o fato geográfico é dinâmico, o espaço geográfico está em perpétua reorganização, em constante transformação, graças à ação ininterrupta de vários fatores. A compreensão do presente depende de uma análise do passado, ou seja, do estudo auxiliar da história.
Adaptado de: ANDRADE, M. C. de. Geografia Econômica. 7. ed. São Paulo: Atlas. 1981.
Para o geógrafo Milton Santos, o estudo da geografia faz parte da compreensão da sociedade, sendo então fundamental a definição de seu objeto:
“A sociedade, que deve ser, finalmente, a preocupação fundamental de todo e qualquer ramo do saber humano, é uma sociedade total. Cada ciência particular se ocupa de um de seus aspectos. O fato de a sociedade ser global consagra o princípio da unidade da ciência. O fato de essa realidade total, que é a sociedade, não se apresentar a cada um de nós, em cada momento e em cada lugar, senão sob um ou alguns de seus aspectos, justifica a existência de disciplinas particulares. Isso não desdiz o principio da unidade da ciência, apenas entroniza outro princípio fundamental, que é o da divisão do trabalho científico. [...]”.
Em nosso caso particular isso supõe o reconhecimento de um objeto próprio ao estudo geográfico, mas isso não basta. [...] Se queremos alcançar bons resultados nesse exercício indispensável devemos centralizar nossas preocupações em torno da categoria - espaço - tal qual ele se apresenta, como um produto histórico. São os fatos referentes à Gênese, ao funcionamento e à evolução do espaço que nos interessam em primeiro lugar.”
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