quarta-feira, março 11, 2009

Cai a taxa de mortalidade infantil no Brasil

A taxa de mortalidade infantil no Brasil prossegue em queda, mas ainda é elevada em relação a países vizinhos

27/11/2008 - 10h56 . Atualizada em 27/11/2008 - 10h58
Agência Estado

A taxa de mortalidade infantil no Brasil prossegue em queda, mas é elevada em relação a outros países vizinhos e poderá registrar novos recuos significativos até 2015, como mostra estudo divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os técnicos do instituto destacam que o aumento da escolaridade feminina, a elevação do porcentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário água potável e coleta de lixo) e o acesso aos serviços de saúde contribuíram para a queda da taxa de mortalidade infantil em todo o País.
'Contudo, ainda há um longo percurso pela frente, uma vez que a mortalidade infantil no Brasil, estimada em 23,3 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos, em 2008, é alta quando comparada com os indicadores correspondentes aos países vizinhos do cone sul para o período 2005 - 2010', diz o texto da pesquisa. No mesmo período, países como Argentina (13,4 por mil) Chile (7,2 por mil) e Uruguai (13,1 por mil) registraram taxas bem menores. Ainda de acordo com os técnicos, é importante lembrar que, em 1970, a taxa de mortalidade infantil no Brasil estava próxima de 100 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos.
De acordo com os parâmetros utilizados na projeção da população do Brasil - Revisão 2008, o País poderá reduzir sua mortalidade infantil para 18,2 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos até 2015, e a esperança de vida ao nascer deverá atingir os 74,8 anos. Já a probabilidade de um recém-nascido falecer antes de completar os 5 anos de idade poderá experimentar um declínio de 32,9 por mil, hoje, para 21,6 em 2015.
O estudo 'Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subnumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população', traz a projeção da população do Brasil, por sexo e idade, para o período 1980-2050. Este estudo foi divulgado anteriormente em 2004 e, agora, a Revisão 2008 incorpora nova análise da trajetória recente e futura da fecundidade, com base nas informações provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2002 a 2006. O IBGE divulga também a metodologia das estimativas anuais e mensais da população do Brasil e das Unidades da Federação: 1980 - 2030 e a metodologia das estimativas das populações municipais.

 

http://www.cosmo.com.br/noticia/14550/2008-11-27/cai-a-taxa-de-mortalidade-infantil-no-brasil.html

Expectativa de vida será de 81 anos em 2050

 

27 de novembro de 2008 • 10h59 • atualizado às 12h24

 

DANIEL GONÇALVES
DIRETO DO RIO DE JANEIRO

 

A expectativa de vida do brasileiro, em 2050, será de 81,29 anos, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice está no nível de países como Islândia (81,80), Hong Kong, China (82,20) e Japão (82,60), que estão entre os maiores do mundo. Em 2008, o a expectativa de vida dos brasileiros ficou em 76,6 anos para mulheres e 69 anos para homens.

» População crescerá até 2039
» Nº de mulheres a mais dobrará em 2050
» vc repórter: mande fotos e notícias

O estudo "Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subenumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população" aponta ainda que, em 2050, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos. Atualmente, esse índice é de 24,7 idosos para cada grupo 100 crianças de 0 a 14 anos.

Para o coordenador do estudo, Juarez de Castro Oliveira, o envelhecimento da população brasileira precisa ser encarado pelo governo como uma necessidade de mudança nas políticas públicas. "O País avança velozmente em direção a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido. Nós estamos envelhecendo, e isso implica em mudanças não só de previdência, mas também no que se refere à saúde, educação, transportes", afirmou.

O número de mulheres em relação aos homens também será maior. Em 2050, o estudo prevê 7 milhões de mulheres a mais. O número representa mais do que o dobro do registrado em 2008, quando o excedente de mulheres ficou em 3,4 milhões.

Mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil no Brasil foi estimada em 23,30 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos em 2008. O índice é alto, segundo o IBGE, se comparado com os indicadores correspondentes aos países vizinhos do cone sul para o período 2005 - 2010.

No mesmo período, os países como, por exemplo, Argentina (13,40 por mil), Chile (7,20 por mil) e Uruguai (13,10 por mil) registraram taxas bem menores. Em 1970, no entanto, a taxa de mortalidade infantil no Brasil estava próxima de 100 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos.

De acordo com os parâmetros utilizados na projeção da população do Brasil - Revisão 2008, o país poderá reduzir sua mortalidade infantil para 18,2 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos até 2015. Já a probabilidade de uma criança morrer antes de completar os 5 anos de idade poderá experimentar um declínio de 32,9%, posicionando-se em 21,6%0 em 2015.

Redação Terra

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3356955-EI306,00.html

O impacto do envelhecimento sobre a previdência

 

 

O impacto do processo de envelhecimento da população brasileira na Previdência Social deve ser considerado mais detalhadamente, a partir da leitura dos números da expectativa de vida das faixas etárias que requerem benefícios previdenciários. Essa é a opinião do secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, após analisar estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quinta-feira (27).

Pelas projeções do IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros continuará crescendo nas próximas décadas. A vida média do brasileiro, por exemplo, chegará ao patamar de 81 anos, em 2050. Atualmente, a média de vida do brasileiro (expectativa de vida ao nascer) é de 72,3 anos.

Tanto esses dados como a projeção oficial da população brasileira serão utilizados pelo Ministério da Previdência Social nos cálculos de longo prazo, feitos para dar sustentabilidade ao sistema previdenciário brasileiro. O estudo do IBGE incorpora informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2002 a 2006. Os dados das PNADs são utilizados anualmente pelo Ministério para medir o impacto da cobertura previdenciária.

Schwarzer alerta, também, para a queda da taxa de natalidade, que atingirá o chamado “crescimento zero” em 2039. A seu ver, é outro dado relevante da pesquisa que merece atenção especial. “Essa taxa é que vai determinar quantas pessoas estarão em condições de contribuir para o sistema previdenciário nas próximas décadas”.

Políticas públicas – Schwarzer concorda com as conclusões do estudo, de que o processo de envelhecimento da população se deve basicamente às transformações que vêm ocorrendo na sociedade brasileira e na própria família. Mas vai além: “O sucesso das políticas públicas dos últimos anos e o desejo da maioria das pessoas de viver mais e com melhor qualidade de vida também é determinante para explicar essa tendência”. Segundo o secretário, a redução do número de filhos por mulher não pode ser analisada de forma negativa. “As mulheres cada vez mais participam do mercado de trabalho, além de desempenharem papel preponderante nas questões políticas, econômicas, culturais e sociais do nosso país. Isso, juntamente com o acesso delas aos métodos de planejamento familiar, obviamente tem reflexos no perfil reprodutivo”. Desafios – Outro ponto destacado por Helmut Schwarzer é que essa transição demográfica - além de outras transformações pelas quais passa a sociedade brasileira – apresenta alguns desafios para a sociedade brasileira. Um deles é o impacto sobre o sistema previdenciário, com o aumento de duração dos benefícios e a diminuição do número de futuros contribuintes. O que vai levar, evidentemente, à definição de novas regras de sustentabilidade para o sistema previdenciário no longo prazo.

Ao comentar a constatação do estudo de que o Brasil passa pela chamada “janela demográfica”, em que o número de pessoas com idades potencialmente ativas está em pleno processo de ascensão, Schwarzer afirma que o país não pode desperdiçar esse momento. “Precisamos aproveitar esse bônus demográfico e universalizar urgentemente a cobertura dos trabalhadores ativos e formalizar a sua contribuição ao sistema previdenciário”.

O estudo “Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de sub numeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população” traz a projeção da população do Brasil, por sexo e idade, para o período de 1980-2050. Os dados divulgados pelo instituto fazem uma revisão de projeções do IBGE, sobre o mesmo tema, publicadas em 2004.

Envelhecimento - O levantamento do IBGE mostra que a população brasileira continua envelhecendo em ritmo acelerado e, em 2039, pára de crescer, quando atingirá o chamado “crescimento zero”. A partir desse ano, as taxas serão negativas.

Dados da pesquisa mostram que, enquanto no período 1950-1960 a taxa de crescimento da população do país era de 3,04% ao ano, em 2008 não ultrapassou 1,05%. E levantamento indica que, em 2050, a taxa de crescimento cairá para menos 0,291%, projetando para uma população de 215,3 milhões de habitantes.

O estudo também aponta que, se o ritmo de crescimento da população tivesse se mantido no mesmo nível observado na década de 1950 (aproximadamente 3% ao ano), a população brasileira em 2008 chegaria a 295 milhões de pessoas, e não aos atuais 189,6 milhões divulgados pelo IBGE. (AgPrev)

http://www.oabprev.com.br/Default.aspx?Noticia=188

Leia também:

http://www.skyscraperlife.com/arquitetura-e-discussoes-urbanas/18538-pesquisa-ibge-crescimento-demografico-do-brasil.html

Janela demográfica garante mais dinamismo ao mercado de trabalho

 

28 de novembro de 2008 às 00:10

Por Karin Sato - InfoMoney

 

O Brasil está passando por um fenômeno que técnicos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) chamaram de janela demográfica.
Acontece quando o número de pessoas com idades potencialmente ativas está em pleno processo de ascensão. Ao mesmo tempo, há uma redução do número de crianças, com idades entre 0 e 14 anos, na comparação com o quadro de pessoas de 15 a 64 anos.
Além disso, a população com idades de ingresso no mercado de trabalho (15 a 24 anos) contabiliza cerca de 34 milhões de pessoas. Mas esse contingente que tende a diminuir nos próximos anos.
Os dados foram divulgados pelo instituto de pesquisa nesta quinta-feira (27) e constam do estudo "Uma abordagem demográfica para estimar o padrão histórico e os níveis de subenumeração de pessoas nos censos demográficos e contagens da população".
Economia é favorecida

O lado positivo desta janela demográfica, que caracteriza um período raro na história dos países, é que seu aproveitamento favorece o mercado de trabalho. As empresas têm à sua disposição uma mão-de-obra mais abundante, se as pessoas em idade potencialmente ativa forem preparadas e qualificadas para tal.
Conseqüentemente, a economia do País cresce mais, já que se torna mais dinâmica. Confira no quadro abaixo a participação relativa percentual da população por grupos de idade:

 

Grupos de idade

1980 (%)

2008 (%)

2020 (%)

2050 (%)

0 a 14 anos

38,24

26,47

20,07

13,15

15 a 24 anos

21,11

18,11

16,34

10,45

0 a 24 anos

59,35

44,57

36,41

23,60

15 a 64 anos

57,75

67

70,70

64,14

 

 

http://www.administradores.com.br/noticias/janela_demografica_garante_mais_dinamismo_ao_mercado_de_trabalho/19056/

O Brasil em 2050

 

06/03/2009 12:13:38

Delfim Netto

Uma das variáveis estruturais críticas para a formulação de políticas econômicas, capazes de acelerar o desenvolvimento econômico com o uso dos mecanismos do mercado e de políticas públicas que deem moralidade à dura competição que nele prevalece, é a estrutura demográfica. O número de habitantes, a taxa de crescimento, a distribuição etária e, por gênero, a distribuição geográfica, a urbanização e a dinâmica interna, que é controlada pela evolução das taxas de natalidade e de mortalidade. Sua projeção é sempre difícil e sujeita a erros gerados pela própria endogeneidade do processo.
Não é um problema trivial prever os efeitos finais de boas políticas. Por exemplo, a melhoria do nível de educação das mulheres tende a reduzir a taxa de mortalidade infantil pelo maior cuidado com sua higiene pessoal e com a da criança. Ao mesmo tempo, modifica o seu papel na divisão do trabalho no lar. Dá-lhes melhores condições de escolher a sua vida, o que estimula o uso de técnicas anticoncepcionais. Estas possibilitam o maior controle da taxa de fertilidade, o que tende a reduzir a taxa de natalidade.
Uma coisa parece clara: boas políticas públicas de assistência social, de saúde e de educação tendem a reduzir, simultaneamente, a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Isso torna incertos os efeitos sobre a taxa de crescimento da população, mas trabalha na direção de envelhecer a estrutura etária. Pesquisas demográficas da ONU mostram que a idade mediana da população nas nações mais desenvolvidas cresceu de 29 anos, em 1950, para 37 anos, em 2000, e está projetada em 46 anos em 2050.
O último trabalho do IBGE, Uma Abordagem Demográfica para Estimar o Padrão Histórico e os Níveis de Subnumeração de Pessoas nos Censos Demográficos e Contagem da População, incorpora uma projeção da população por sexo e idade até 2050, com as informações sobre a taxa de fecundidade dos dados da Pesquisa Nacional de Domicílios (Pnad) de 2002 a 2006.
O trabalho constrói uma trajetória provável da taxa de fecundidade até 2050 e chega à conclusão que, no limite, ela será de 1,5 filho por mulher. Esse número seria alcançado entre 2027 e 2028. Obviamente, em certo momento isso estagnará o crescimento da população. Ela passará, em seguida, a decrescer. Verificadas as hipóteses, a população brasileira passaria por um máximo próximo a 220 milhões de habitantes em torno de 2040.
O resultado não deixa de ser surpreendente e deve ser levado em conta na formulação de nossas políticas econômica e social, uma vez que o envelhecimento da população será rápido e dramático. A idade mediana da população saltará de 20 para 40 anos de 1980 a 2030 e deve atingir 46 anos em 2050, a mesma estimada pela ONU para o mundo desenvolvido. O gráfico dá uma ideia da evolução da população do Brasil entre 1872 (o primeiro censo imperial) e 2008, e mostra as projeções da população e a composição etária até 2050.
Grosseiramente, até 2050 (que em termos de país é amanhã), o número de crianças cairá 56% (21,9 milhões) e o número de idosos aumentará 294% (36,5 milhões). É preciso formular políticas públicas que aumentem a produtividade dos que podem eventualmente trabalhar, que crescerá apenas 8,7% (11,1 milhões). A maior lição desses números é mostrar a futilidade das vinculações constitucionais para proteger certos setores, como se as necessidades da sociedade fossem fixas e eternas.

Delfim Netto

Sextante

http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3526