quinta-feira, março 29, 2007

Países com maior número de migrantes brasileiros

Geografia 3º Ano Professor Jéferson Pitol Righetto: Países com maior número de migrantes brasileiros

quinta-feira, março 22, 2007

Expectativa de Vida 2006

Home:
"Expectativa de Vida – Ano 2004
Divulgado no RDH - Relatório de Desenvolvimento Humano de 2006"

Link's Turma 221 Auxiliadora Canoas e Textos para a pesquisa

Link´s para a pesquisa:

DIEESE

Desde 1955, o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos vem desempenhando o papel para o qual foi criado pelo Movimento Sindical : desenvolver atividades de pesquisa, assessoria, educação e comunicação nos temas relacionados ao mundo do trabalho e que se ajustam aos desafios que a realidade coloca para a organização dos trabalhadores brasileiros. Ao longo desse tempo, a instituição consolidou-se pela sua eficiência e credibilidade, tornando-se uma fonte de dados, informações e análises confiáveis para as entidades sindicais e para a sociedade. Trata-se de uma criação única do Movimento Sindical brasileiro: sua forma de organização, seu pluralismo e sua história não têm correspondência em nenhuma outra parte do mundo. É uma entidade civil sem fins lucrativos, mantida pela contribuição das entidades sindicais filiadas, onde estão representadas todas as correntes do Movimento Sindical brasileiro.

http://www.dieese.org.br/home.xml

IBGE
http://www.ibge.gov.br/home/

IBGETEEN

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/frameset_open.html

IPEA
Como um disseminador de conhecimentos e informações sobre as políticas públicas, o trabalho do Ipea é servir ao país por meio de estudos e pesquisas , assessoria direta ao governo e publicação de seus trabalhos, além da realização de eventos técnicos.

http://www.ipea.gov.br/default.jsp



Esses dados servem de base procurem números mais atuais:

PEA - População Economicamente Ativa no Brasil

Período PEA - TOTAL ( A ) PEA - Alocada no Comércio ( B )
( B / A )
1 9 7 0 29.557.224 2.247.493
7,6 %
1 9 8 0 43.235.712 4.037.917
9,3 %
1 9 8 9 60.621.934 7.436.943
12,3 %
1 9 9 0 62.100.499 7.975.690
12,8 %





PEA - População Economicamente Ativa no Brasil - 1990

Pessoas de 10 anos de idade ou mais, ocupadas

Ramos de Atividade Nº de pessoas %
Agrícola 14.180.159 22,8
Indústria de Transformação 9.410.712 15,2
Indústria de Construção 3.823.154 6,2
Outras Atividade Industriais 860.453 1,4
Comércio de Mercadorias 7.975.670 12,8
Prestação de Serviços 11.136.869 17,9
Serv. Aux. da Atividade Econômica 2.023.389 3,3
Área Social 5.417.210 8,7
Transporte e Comunicação 2.439.920 3,9
Administração Pública 3.117.005 5,0
Outras Atividades 1.715.598 2,8



T o t a l 62.100.499 100

Fonte: Síntese da Economia Brasileira - CNC ( Gabriel Luiz Gabeira )


http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaulttab_hist.shtm

PEA – População Economicamente Ativa 46,9% (87,3 milhões de habitantes)
PEA - setor primário (agronegócio e extrativismo) 21%
PEA - setor secundário (indústria) 19%
PEA - setor terciário (serviços, comércio, sistema financeiro, entre outros) 60%
Renda per capita (em reais) 9.743
Renda per capita (em dólares PPP – paridade de poder de compra) 8 020
Renda per capita (em dólares) 3 300
Índice de desemprego (PEA brasileira) 9%
Índice de desemprego (PEA da Região Metropolitana de São Paulo) 16,9%
Trabalhadores com carteira assinada 32,9%
Trabalhadores sem carteira assinada 24,1%
Trabalhadores por conta própria 21,8%
Participação dos salários no PIB 37%

(Fontes: IBGE, Seade e Dieese)



Conforto e posse de bens de consumo por domicílios


Energia elétrica 93%
Televisão 90,3%
Geladeira 87,4%
Máquina de lavar roupa 34,5%
Computador 16,6%
Computador conectado à internet 12,4%

(Fontes: IBGE-PNAD)

Distribuição de renda, pobreza e miséria


Parcelas da população Renda
Renda média dos 10% mais pobres (R$) 58
Renda média dos 10% mais ricos (R$) 3 305
Renda dos 10% mais ricos 47%
Renda dos 30% intermediários 41%
Renda dos 60% mais pobres 12%
Trabalho infantil e juvenil 5,1 milhões de crianças e adolescentes (1,94 milhões sem remuneração)
Desigualdade na distribuição de renda (IPEA) 2o pior do mundo (atrás de Serra Leoa)
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano (2005 com dados de 2003) 63a posição
População em estado de pobreza (renda insuficiente para moradia e vestuário, sendo suficiente para a alimentação) 54 milhões de habitantes
População em estado de miséria (renda indigência e renda insuficiente para aquisição de comida, ou seja, maior vulnerabilidade à fome) 22 milhões de habitantes
Porcentual de indigentes segundo pesquisa da FGV – Fundação Getúlio Vargas (renda mensal inferior a 80 reais e consumo diário de calorias inferior a 2300) 50 milhões de habitantes

(Fontes: IBGE, IPEA e ONU)

Trabalhadores formais – por faixa de renda em salários mínimos


Até 1 SM 4,7%
Mais de 1 SM até 3 SM 59,5%
Mais de 3 SM até 5 SM 16,2%
Mais de 5 SM até 10 SM 12,3%
Mais de 10 SM 7,1%
Ignorado 2,0%

(Fontes: IBGE e CNI)

População ocupada que ganha até 1/2 salário mínimo


Brasil 9,5%
Norte 9,8%
Nordeste 19,1%
Sudeste 5,3%
Sul 5,7%
Centro-Oeste 6,9%

(Fontes: IBGE)

IES - Índice de Exclusão Social


Indicadores componentes do IES Posição do Brasil entre 175 países
Escolaridade superior (graduação/PEA) 84ª
Alfabetização (% de alfabetizados acima de 15 anos) 93ª
Pobreza (população com renda inferior a 2 dólares por dia) 71ª
Desigualdade social (parcelas apropriadas de renda pelos 10% mais ricos e 10% mais pobres) 167ª
Desemprego (% da PEA) 99ª
População infantil (até 14 anos) 65ª
Homicídios (a cada 100 mil habitantes) 161ª
IES geral 109ª

(Fonte: Pochman, Márcio – org. Atlas da Exclusão Social. A exclusão no mundo. São Paulo, Cortez, 2004)

http://www.ciadaescola.com.br/zoom/materia.asp?materia=304&pagina=2



21 de dezembro de 2006
IBGE apresenta mudanças do país nos últimos 10 anos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira a Sinstese dos Indicadores Sociais. A pesquisa traz dados entre 1995 e 2005. Um dos pontos de maior destaque é relacionado à mortalidade infantil. Nesse período, a taxa caiu quase 32%.

Segundo o IBGE, o aumento relativo do número de domicílios com saneamento básico adequado contribui para isso. O Rio Grande do Sul registrou a menor taxa de mortalidade infantil em 2005 (14,3‰) e Alagoas (53,7‰), a maior.

Entre 1995 e 2005, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,4 anos, chegando aos 71,9 anos de idade. As mulheres (de 72,3 para 75,8 anos) ficaram em situação bem mais favorável que os homens (de 64,8 para 68,1 anos). No período, a taxa bruta de mortalidade caiu de 6,6‰ para 6,3‰. Essa queda, aliada à redução da fecundidade, concorreu para um aumento absoluto e relativo da população idosa.

Trabalho Infantil

Em dez anos, o trabalho infantil caiu, mas em 2005, ainda havia 5,4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. Cerca de 54% delas tinham idade inferior a 16 anos. Para o grupo etário de 10 a 17 anos, a redução foi de 31,5% em 1995 para 23% em 2005.

O trabalho infantil nas faixas etárias impróprias (5 a 15 anos) ocorre principalmente em atividades agrícolas, enquanto no grupo de 16 a 17 anos, o trabalho é predominantemente em atividades não-agrícolas. O trabalho agrícola está concentrado no Nordeste (55,2%) e predominantemente entre os meninos (74,2%), mas as meninas aumentaram a participação nessa atividade em 1,3 ponto percentual de 1995 para 2005.

Em 2005, 76% das crianças de 10 a 17 anos ocupadas haviam começado a trabalhar com menos de 15 anos de idade. No Piauí, esse percentual chegava a 94,2%.

61,1% dos domicílios tinham serviços públicos de saneamento completo

A Síntese de Indicadores Sociais investigou os domicílios com serviços públicos de saneamento completo, ou seja, aqueles que têm acesso ao abastecimento de água com canalização interna, estão ligados à rede geral de esgotamento sanitário e/ ou rede pluvial e são atendidos por coleta de lixo diretamente no domicílio. Em 2005, 61,1% dos domicílios brasileiros estavam enquadrados nesse critério. Para as grandes regiões, podem-se observar diferenças significativas. Na Norte, 8,8% dos domicílios tinham acesso a serviços de saneamento completo, no Nordeste, 34,5%. O Sudeste apresentou o melhor resultado do país (83,4%); seguido da região Sul (80,7%) e do Centro-Oeste (36%).

Em 2005, em relação ao ano anterior, a região metropolitana de Curitiba apresentou um elevado crescimento do número de domicílios com saneamento completo, de 12,9 pontos percentuais, passando de 74,9%, em 2004, para 87,8%, em 2005.

Moradores solitários

A Síntese também revelou que, no Brasil, em 2005, havia quase seis milhões de pessoas morando sozinhas e que, de 2004 para 2005, a proporção de mães adolescentes passou de 6,8% para 7,1%. Em 2005, a região metropolitana de São Paulo concentrava 10,5% da população. Mais de 65 % da população idosa chefiava os domicílios em que viviam, e havia 5,6 milhões de idosos trabalhando, em todo o país.

Entre 1995 e 2005, a taxa de desocupação subiu 3,2 pontos percentuais e o emprego com carteira aumentou 3,2 pontos percentuais. Já a defasagem escolar ainda atinge 36,4% dos alunos da 8ª série. Enquanto isso, as desigualdades de negros e pardos em relação a brancos persistem em todos indicadores sociais. A seguir, as principais informações da pesquisa.

Região metropolitana de São Paulo concentra 10,5% da população do País

No ano passado, as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentravam 64,3% da população brasileira, o que representa 118,6 milhões de habitantes. No Sudeste havia 78,6 milhões de pessoas. Só na região metropolitana de São Paulo havia 19,4 milhões, ou 10,5% da população do País. Em 2050, o Brasil terá 259,8 milhões de habitantes, um crescimento de 40,9%, ou mais 75,3 milhões de pessoas.

A razão de sexo vem declinando: em 2005, era de 95 homens para cada 100 mulheres. Todas as regiões metropolitanas têm razões de sexo abaixo dessa média. Houve também um considerável aumento da população de 70 anos ou mais de idade, estimada em 8,1 milhões (4,4% da população). Em 2050, esse grupo etário somará 34,3 milhões de idosos, ou 13,2% da população.

Desigualdade racial

As desigualdades entre brancos de um lado e negros e pardos de outro se mantiveram durante esses últimos dez anos, apesar de melhorias. Em 2005 porém, pela primeira vez nas duas décadas nas quais há esse tipo de levantamento, os brancos não alcançam 50% da população brasileira. Essa queda é simultânea ao acréscimo das populações negra, que foi de 4,9% para 6,3%, e parda, de 40% para 43,2%, confirmando a tendência de revalorização de identidade de grupos raciais historicamente discriminados.

Em relação a taxa de analfabetismo houve queda para todos, inclusive um pouco maior para negros (42%) do que para pardos (32,8%) e brancos (35,7%). Para estudantes de 18 a 24 anos, em 2005, enquanto mais da metade dos brancos cursava o ensino superior, o que representava cerca de 51%, praticamente a mesma proporção de negros e pardos, quase 50%, ainda estava no ensino médio e apenas 19% estavam na universidade.

Em 2005 também, enquanto os brancos representavam 26,5% dos 10% mais pobres e 88% do 1% mais rico, os negros e pardos eram quase 74% entre os mais pobres e pouco mais de 11% dos mais ricos. Assim, enquanto nos 10% mais pobres aparecem quase 15% da população negra ou parda e pouco mais de 5% dos brancos, nos 10% mais ricos esses valores se invertem.

Ocupação feminina continua a crescer

Em 2005, a população economicamente ativa (PEA) somava 96 milhões de pessoas. Destas, 56,4% eram homens e 43,6%, mulheres. Nos últimos dez anos a distribuição da PEA por sexo sofreu uma acentuada mudança, com a redução da participação masculina e aumento da feminina em 3,2 pontos percentuais.

No mesmo período, a participação no mercado de trabalho de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos caiu de 20,4% para 11,5,0% e, na faixa etária de 15 a 17 anos, de 50,9% para 41,3%. Já a freqüência escolar das crianças e adolescentes nessas faixas etárias passou de 89,8% para 97% e de 66,6% para 82%.

Em 1995, a falta de emprego atingia principalmente a população que tinha entre 5 e 8 anos de estudo. Já em 2005, era a população com o ensino médio que encontrava mais dificuldade para encontrar trabalho. Nos últimos 10 anos a escolaridade da força de trabalho aumentou, mas essa mudança no perfil da desocupação revela também que o próprio mercado de trabalho está mais exigente.

Mulheres menos instruídas têm mais filhos

As mulheres com até 3 anos de estudo chegam a ter, em média, mais que o dobro do número de filhos das mulheres com 8 anos ou mais de estudo. Ao considerar a cor ou raça são observados, no segmento de mulheres brancas, níveis mais baixos de fecundidade que os de mulheres negras e pardas.

Em 2005, as taxas de fecundidade das mulheres brancas no Sudeste (1,7 filho por mulher), Sul (1,9) e Centro-Oeste (1,9) já estavam abaixo do nível de reposição (2,0 filhos por mulher), enquanto a das mulheres negras e pardas da Região Norte foi estimada em 2,6 filhos por mulher.

De acordo com os dados do Registro Civil 2005, 19,9% das crianças que nasceram naquele ano originaram-se de mães adolescentes. Esta proporção se mostrou mais elevada na Região Norte, com destaque para Tocantins, Pará e Acre. Com valores abaixo da média nacional estão o Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Nordestinos predominam entre os migrantes

A distribuição da população por grandes regiões de residência atual, segundo o lugar de nascimento, em 2005, mantém as mesmas tendências do início da década de 1990, revelando uma certa estabilidade dos movimentos migratórios brasileiros. Nordeste e Sul, com 97,1% e 94,0%, respectivamente, são as duas regiões com as maiores proporções de população residente cujo local de nascimento são as próprias regiões.

O grupo de maior peso entre os emigrantes brasileiros é o dos nordestinos, com 54,1%. O Sudeste continua a ser o maior pólo de atração dos nordestinos: 67,3% deles se dirigiram para esta região. O segundo maior grupo de emigrantes nasceu no Sudeste (20,2% do total de emigrantes), dirigindo-se em sua maioria para a região Centro-Oeste (35,1%). Dos 696.807 de estrangeiros, quase 71% tiveram como destino o Sudeste. Esta região também absorveu a maioria (50,2%) dos imigrantes, um total de 9.877.897 pessoas. Destas, 72,5% nasceram no Nordeste. Já entre os 1.621.152 imigrantes no Sul, 6,9% (ou 112.102) são estrangeiros, contingente superior ao dos que vieram do Centro-Oeste (5,9) e Norte (3,5%).

Entre os estudantes de 18 a 24 anos, 14,4% ainda cursavam o ensino fundamental

Entre os estudantes de 18 a 24 anos, o problema da defasagem escolar continua. Em 2005, 14,4% ainda estavam cursando o ensino fundamental e 37,3% o ensino médio. Apenas 35,9% estava dos alunos estavam cursando o ensino superior. Esse indicador, porém, melhorou desde 1995.

Quase 90% dos estudantes do nível fundamental freqüentavam escolas públicas, sem diferenciações regionais significativas. No ensino médio, cai um pouco a freqüência nos estabelecimentos públicos chegando, em média, a 85,6% dos estudantes. No caso do ensino superior, a situação se inverte: a maioria (75,3%) freqüenta escolas particulares.

Só no DF a escolaridade dos alunos de 15 anos ou mais superava o fundamental

No Brasil, a população de 15 anos ou mais de idade tinha, em média, 7 anos de estudo em 2005. A menor média foi encontrada em Alagoas (4,8). Somente no Distrito Federal a escolaridade média era superior ao ensino fundamental (9 anos). As crianças de 10 anos ou mais possuíam apenas 2,6 anos de estudo, em média, ou uma defasagem de mais de um ano.

Cai a diferença de rendimento entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres

Em 1995, entre os ocupados, o rendimento dos 10% mais ricos era 21,2 vezes maior que o rendimento dos 40% mais pobres. Já em 2005, essa relação passou para 15,8. A Região em que a desigualdade no mercado de trabalho mais se reduziu no período foi o Sul, e entre os Estados a maior redução ocorreu em Alagoas (8,8 pontos), enquanto que o Piauí teve um aumento de 8,5 pontos na relação de desigualdade entre os rendimentos médios dos 10% mais ricos e 40% mais pobres a população ocupada.

Defasagem escolar ainda atinge 36,4% dos alunos da 8ª série

O Brasil, em 2005, contava com cerca de 14,9 milhões de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas segundo os dados da PNAD daquele ano correspondendo a 11% da população. Deste contingente, 37,7% eram pessoas de 60 anos ou mais, 18,9% de 50 a 59 anos, 16,8% de 40 a 49 anos e 13,9% de 30 a 39 anos. No contexto latino-americano, países como Argentina e Chile apresentam apenas taxas residuais de analfabetismo (em torno de 3%). De 1995 a 2005, as taxas caíram 5 pontos percentuais nas áreas urbanas (11,4% para 8,4%) e 7,7 p.p. nas áreas rurais (de 32,7% para 25,0%). Alagoas (29,3%) e Piauí (27,4%) apresentaram as taxas mais elevadas, de modo semelhante a 1995 quando, em tais estados, as taxas estavam em torno de 35%.

Entre os estudantes de 18 a 24 anos, 14,4% ainda cursavam o ensino fundamental

Entre os estudantes de 18 a 24 anos, persiste o problema da defasagem escolar. Em 2005, 14,4% ainda estavam cursando o ensino fundamental e 37,3% o ensino médio. Apenas 35,9% estavam cursando o ensino superior. Esse indicador, porém, melhorou desde 1995.

Quase 90% dos estudantes do nível fundamental freqüentavam escolas públicas, sem diferenciações regionais significativas. No ensino médio, cai um pouco a freqüência nos estabelecimentos públicos chegando, em média, a 85,6% dos estudantes. No caso do ensino superior, a situação se inverte: a maioria (75,3%) freqüenta escolas particulares. No Nordeste a distribuição é mais equilibrada (40,1% na pública contra 59,9% na particular), mas a situação é bem diferente do Sudeste, onde predominam os estudantes de nível superior em escolas particulares (83,4% contra 16,6% na rede pública).

Só no DF a escolaridade dos alunos de 15 anos ou mais superava o fundamental

No Brasil, a população de 15 anos ou mais de idade tinha, em média, 7 anos de estudo em 2005. A menor média foi encontrada em Alagoas, 4,8. Somente no Distrito Federal a escolaridade média era superior ao ensino fundamental (9 anos). As crianças de 10 anos ou mais possuíam apenas 2,6 anos de estudo, em média, ou uma defasagem de mais de um ano.

Já a escolaridade média da população de 25 anos ou mais de idade era de 6,5 anos de estudo. Mas para as pessoas incluídas entre os 20% com os maiores rendimentos, a média era de 10 anos de estudo, revelando que o rendimento familiar é fator preponderante no aumento da escolaridade da população.

Região metropolitana de São Paulo concentra 10,5% da população

Em 2005, as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentravam 64,3% da população brasileira, ou cerca de 118,6 milhões de habitantes. No Sudeste havia 78,6 milhões de pessoas e, na região metropolitana de São Paulo havia 19,4 milhões, ou 10,5% da população do país. Tal valor absoluto superava qualquer outra das 26 unidades da federação. Em 2050, o Brasil terá 259,8 milhões de habitantes, um crescimento de 40,9%, ou mais 75,3 milhões de pessoas.

Desde 1995, a mortalidade infantil reduziu-se em 32%

A taxa de mortalidade infantil caiu quase 32% entre 1995 e 2005 (de 37,9‰ para 25,8‰). O aumento relativo do número de domicílios com saneamento básico adequado vem contribuindo para isso. O Rio Grande do Sul registrou a menor taxa de mortalidade infantil em 2005 (14,3‰) e Alagoas (53,7‰), a maior.

Entre 1995 e 2005, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,4 anos, chegando aos 71,9 anos de idade. As mulheres (de 72,3 para 75,8 anos) ficaram em situação bem mais favorável que os homens (de 64,8 para 68,1 anos). No período, a taxa bruta de mortalidade caiu de 6,6‰ para 6,3‰. Essa queda, aliada à redução da fecundidade, concorreu para um aumento absoluto e relativo da população idosa.

Mulheres menos instruídas têm mais filhos

As mulheres com até 3 anos de estudo chegam a ter, em média, mais que o dobro do número de filhos das mulheres com 8 anos ou mais de estudo. Ao considerar a cor ou raça, invariavelmente são observados, no segmento de mulheres brancas, níveis mais baixos de fecundidade que os de mulheres negras e pardas.

Em 2005, as taxas de fecundidade das mulheres brancas no Sudeste (1,7 filho por mulher), Sul (1,9) e Centro-Oeste (1,9) já estavam abaixo do nível de reposição (2,0 filhos por mulher), enquanto a das mulheres negras e pardas da Região Norte foi estimada em 2,6 filhos por mulher.

De acordo com os dados do Registro Civil 2005, 19,9% das crianças que nasceram naquele ano originaram-se de mães adolescentes, proporção esta que se mostrou mais elevada na Região Norte, com destaque para Tocantins, Pará e Acre. Com valores abaixo da média nacional estão o Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Entre 1995 e 2005, Piauí e Ceará tiveram os maiores crescimentos relativos da proporção de nascidos vivos de mães adolescentes: 54,1% e 39,7%, respectivamente.

Nordestinos ainda predominam entre os migrantes

A distribuição da população por grandes regiões de residência atual, segundo o lugar de nascimento, em 2005, mantém as mesmas tendências do início da década de 1990 revelando uma certa estabilidade dos movimentos migratórios brasileiros. Nordeste e Sul, com 97,1% e 94,0%, respectivamente, são as duas regiões com as maiores proporções de população residente cujo local de nascimento são as próprias regiões.

O grupo de maior peso entre os emigrantes brasileiros é o dos nordestinos, com 54,1%. O Sudeste continua a ser o maior pólo de atração dos nordestinos: 67,3% deles se dirigiram para esta região. O segundo maior grupo de emigrantes nasceu no Sudeste (20,2% do total de emigrantes), dirigindo-se em sua maioria para a região Centro-Oeste (35,1%). Dos 696.807 de estrangeiros, quase 71% tiveram como destino o Sudeste. O Sudeste absorveu a maioria (50,2%) dos imigrantes, um total de 9.877.897 pessoas. Destas, 72,5% nasceram no Nordeste. Já entre os 1.621.152 imigrantes no Sul, 6,9% (ou 112.102) são estrangeiros, contingente superior ao dos que vieram do Centro-Oeste (5,9) e Norte (3,5%).

Fonte: Ultimo Segundo

terça-feira, março 13, 2007

A bomba demográfica não vai explodir

A explosão malthusiana não aconteceu, o seu poder de detonação se esvaziou nas últimas três décadas.
Texto original de Donald G. Macneil JR./ The New York Times pulbicado no jornal O Estado de São Paulo 5 de setembro de 2004
Adaptação para aulas de Geografia - Prof. Silvio - EE Prof. Renê Rodrigues de Moraes - Guarujá/SP - 07/09/2004

A População Mundial
Desde 1968, quando a Divisão de População da ONU previu que a população mundial, que esta agora em 6,4 bilhões, chegaria no ano de 2050, com no mínimo de 12 bilhões, este órgão tem constantemente revisado suas estimativas para baixo. Agora a previsão é que em 2050 a população mundial chegue a 9 bilhões.

O que aconteceu ?
Milhões de bebes morreram, de diversas causas, como, aids, malária, diarréia, pneumonia e até sarampo. Muito milhões foram abortados, para evitar o nascimento, ou, como na China e Índia, evitar uma menina, pois com o uso da tecnologia da ultra-sonografia é possível saber o sexo da criança. Mas os verdadeiros milhões que estão faltando são os bebes que nunca foram concebidos, pois no ocidente rico as mães estão trabalhando ou na faculdade e decidiram que não haveria recursos financeiros para manter três filhos na faculdade.
Quase metade das pessoas do mundo vive nas cidades, e a criança não tem mais o mesmo significado da zona rural, quando uma criança significava mão de obra para o trabalho no campo. Além disso, medidas simples de saúde pública tais como represas para fornecer água limpa, vitaminas para as grávidas, lavagem de mão das parteiras, soro caseiro, vacinas e antibióticos ajudaram a dobrar a expectativa de vida no século XX, de 30 para 60 anos. Significando mais crianças, menos incentivo para gravides com mais freqüência.
No final da década de 70, a taxa de natalidade média mundial era de 5,4 filhos por mulher, chegando em 2000 em 2,9.

Taxa de Reposição
Em condições normais (sem guerras, doenças etc.) um país precisa de uma taxa de fecundidade de 2,1 filhos por mulher para manter sua população estável.
O exemplo mais conhecido de redução da população é a Itália, cujas mulheres antes eram símbolos de fecundidade em parte por causa das tradições camponesas do país e em parte por causa do catolicismo romano que não aceita o controle de natalidade. Em 2000, a taxa de fertilidade foi a mais baixa da Europa Ocidental - 1,2 nascimento por mulher. A expectativa é que até 2050 a população esteja 20% menor.
A rica, liberal e protestante Dinamarca também ficou abaixo do nível ideal para substituição da população, que em 1970 apresentava uma taxa de 2 filhos por mulher, chega em 2001, com apenas 1,7 filhos por mulher. Na Albânia, o país mais pobre da Europa, a taxa de fecundidade era de 5,1 filhos por mulher em 1970, chega em 1999, com 2,1.
Mesmo ao norte da África, região considerada a grande exceção da tendência ao encolhimento as taxas caíram. No Egito, por exemplo, onde a taxa foi 5,4 filhos por mulher em 1970, hoje não passa de 3,6. Na Tunísia e no Irã os números estão próximo de dois filhos.

China Reduz Taxa de Natalidade
As antigas idéias sobre a fertilidade asiática também são falsas , pois a China baixou a taxa de natalidade para o nível da França. A população do Japão esta diminuindo, a Coréia do Sul, um país essencialmente agrícola nos anos 50, com uma média de 6 filhos por mulher, após cinco décadas de industrialização, tem agora 1,7 filhos por mulher, uma taxa abaixo da taxa ideal para reposição da população, o que significa redução da população a médio prazo.

Algumas populações podem desaparecer?
Alarmados com essa tendência de redução da população, muitos países estão pagando para suas mulheres engravidarem. A Estônia paga um ano de licença maternidade. A Austrália propôs para o orçamento de 2004 uma ajuda de custo de US$ 2 mil por bebe nascido. No Japão as prefeituras começam a atacar o problema organizando excursões para solteiros.
Metade do crescimento da população mundial esta em seis países: Índia, Paquistão, Nigéria, Indonésia, Bangladesh e China (apesar da redução da taxa de natalidade).

A Multiplicação da Pobreza

A Multiplicação da Pobreza
Nos bolsões de miséria do Brasil, o número de filhos por mulher se iguala ao dos mais pobres países africanos

Para definir a taxa de fecundidade "ideal", que aponta para a estabilização do crescimento populacional de um país, demógrafos partiram de um pressuposto simples: o de que crianças são geradas por duas pessoas que, um dia, irão morrer e deverão, portanto, ser substituídas por outras duas. A chamada "taxa de reposição" é, por esse motivo, de 2,1 filhos por mulher. O Brasil já teve uma média quase três vezes superior a essa.
Hoje, as famílias têm, em média, 2,3 crianças – índice bem próximo do necessário para o equilíbrio populacional.
Mas este número esconde uma outra preocupante realidade na Demografia Brasileira :o fato de que persistem no mapa brasileiro regiões onde as mulheres têm um bebê por ano e chegam ao fim de sua vida fértil com mais de vinte filhos, reproduzindo um quadro semelhante ao exibido por países tão miseráveis quanto Somália e Uganda, na África. Mais grave que isso: diferentemente do que ocorria até pouco tempo atrás, esses bolsões de descontrole populacional não se situam apenas em rincões, mas nos grandes centros urbanos também – as favelas se tornaram ilhas de explosão demográfica dentro das metrópoles.

Um dado extraído do Censo do IBGE indica que, na última década, a população de favelas aumentou num ritmo quase três vezes superior à média brasileira. As maiores expansões ocorreram nas cidades de São Paulo, Belém e Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, enquanto a população cresceu a uma taxa de 0,74% ao ano na década passada, o número de habitantes de favelas aumentou a um ritmo de 2,4%.
De acordo com os pesquisadores do IBGE, os fatores que podem ser apontados como responsáveis pelo crescimento populacional nesses bolsões, são;
(com peso de 35%) foi o aumento da fecundidade,
seguido pela imigração (com peso de 17%).
Há outros elementos que, isoladamente, tiveram influência menor, como o aumento da expectativa de vida e a chegada de pessoas empobrecidas da própria cidade. Uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas indica que a população favelada brasileira irá mais do que dobrar nos próximos dez anos caso o ritmo de crescimento populacional nessas áreas permaneça estável, poderá chegar a 13,5 milhões de pessoas.

Os números comprovam, porém, que existe um vínculo estreito entre o crescimento populacional e o desenvolvimento de uma economia. As mais pobres regiões brasileiras são as que têm as mais altas taxas de fecundidade. Nas mais ricas, é o oposto. A cidade com o menor índice de fecundidade do Brasil, São Caetano do Sul (SP), é a que apresenta a segunda maior renda per capita do país. O mesmo ocorre no âmbito das famílias: em lares onde a renda per capita não supera um quarto de salário mínimo, há em média cinco filhos, segundo o IBGE. Quando essa renda ultrapassa cinco salários mínimos, predomina o filho único. O alto número de filhos seria a razão da pobreza ou sua conseqüência? As duas coisas, respondem especialistas. Com muitos filhos, uma família com renda já escassa fica com o orçamento ainda mais espremido. As crianças são forçadas a largar os estudos para trabalhar e, assim, diminuem suas chances de superar a condição de pobreza. Sabe-se também que mulheres que não tiveram acesso ao estudo têm até três vezes mais filhos do que as que cursaram a universidade. "As altas taxas de fecundidade funcionam como uma espécie de combustível que faz girar um ciclo perverso de miséria", observa o economista Marcelo Neri, da FGV


Fonte:Texto Original - Revista Veja - ed 1857 - 9 de junho de 2004 pág 83

A Desaceleração do Crescimento Populacional

A Desaceleração do Crescimento Populacional
O processo de urbanização foi um dos fatores que contribuíram para refrear o aumento populacional no Brasil

A Desaceleração
O processo de urbanização foi um dos fatores que contribuíram para refrear o aumento populacional no Brasil. Ao trocarem o campo pela cidade, as pessoas passaram a ter acesso a serviços públicos como saúde e educação. A universalização da previdência também influenciou na redução dos nascimentos, sobretudo porque fez arrefecer a crença, até hoje persistente em áreas rurais, de que a única fonte de renda na velhice viria do trabalho dos filhos – o benefício fez diminuir o temor dos brasileiros de chegar à velhice sem nenhum tostão. Um estudo feito na década de 70 chegou à curiosa conclusão de que as telenovelas foram outro fator a ajudar no encolhimento dos lares. "Como a maioria delas exibia famílias de dois filhos, o padrão acabou influenciando os casais", diz a demógrafa Elza Berquó, do Núcleo de Estudos da População da Unicamp, que participou da pesquisa na época.

Planejamento Familiar
A história das políticas de planejamento familiar é cheia de idas e vindas. Embora a distribuição de preservativos pelos hospitais públicos tenha começado nos anos 70, foi só a partir de 1996, por força de lei, que camisinhas e anticoncepcionais começaram a chegar sistematicamente às regiões mais pobres e distantes das grandes cidades. Agora, o governo federal está preparando um pacote de medidas, a ser anunciado ainda neste mês, que promete aumentar a opção de anticoncepcionais ofertados pelo Estado e dobrar o número de hospitais públicos que fazem esterilizações, hoje disponíveis em menos de 10% dos municípios brasileiros. A interferência governamental exige precisão cirúrgica para que não cause danos difíceis de reverter.
O Brasil já exibe uma queda consistente nas taxas de crescimento populacional. Uma ação generalizada poderia acelerar perigosamente essa tendência. Demógrafos afirmam que é muito mais fácil diminuir a taxa de fecundidade do que aumentá-la.

A Situação da Europa
Há anos a Europa assiste à diminuição de sua população. A situação é particularmente grave em países como Itália, Espanha, Alemanha e Suíça, todos com crescimento populacional próximo de zero. Diante da perspectiva de diminuir, esses países passaram a implantar programas de estímulo à natalidade, que incluem de abatimento no imposto de renda a licença remunerada de até um ano para os candidatos a pais. Na Itália, que junto com a Espanha tem a menor taxa de natalidade da Europa (1,2 filho por casal), o problema ganhou proporções tão dramáticas que a Igreja resolveu interferir: "Italianos, façam filhos", foi o slogan da campanha lançada há dois anos. Nem o incentivo da Igreja Católica nem as benesses oferecidas pelo governo estão dando resultados. Projeções indicam que tanto a Itália quanto a Suíça estão prestes a ter crescimento populacional negativo. Ou seja, encolherão de fato. Assim como a Alemanha, a Itália já afrouxou as exigências para a entrada de imigrantes dispostos a trabalhar – a única maneira de manter a economia funcionando nos níveis atuais.

A Situação no Brasil
No Brasil, embora o crescimento populacional continue caindo, as regiões pobres e, sobretudo, as favelas vêem agravar-se fenômenos que apontam na direção contrária, como o aumento da gravidez na adolescência, por exemplo. O último censo mostrou que mulheres de baixa renda estão tendo filhos cada vez mais cedo. Nos últimos dez anos, aumentou em 42% o número de mães pobres na faixa de 15 a 19 anos. "A ação do governo tem de ser precisa e baseada em estudos que ataquem problemas localizados como esse", diz o demógrafo Paulo Murad Saad, da Divisão de Populações da Organização das Nações Unidas. Ou seja, regiões com diferentes níveis de instrução e riqueza têm de ser alvo de políticas específicas.


Fonte:Texto Original - Revista Veja - ed 1857 - 9 de junho de 2004 pág 83