sábado, maio 27, 2006

Brasil em Relevo - Embrapa Monitoramento por Satélite

Brasil em Relevo - Embrapa Monitoramento por Satélite

Oriente Médio

Folha Online - Especial - 2006 - Oriente Médio

Rebeldes sudaneses se infiltram em campos de refugiados do Chade - 26/05/2006

Folha Online - Mundo - Rebeldes sudaneses se infiltram em campos de refugiados do Chade - 26/05/2006

quarta-feira, maio 17, 2006

Mercado exclui 39% da população apta ao trabalho

Dos 115 milhões de brasileiros com idade para trabalhar, apenas 80 milhões constituem a População Economicamente Ativa (PEA) e somente 70 milhões estão efetivamente ocupados, segundo informações do Diário do Nordeste. Ou seja, do total de pessoas com idade para trabalhar, 39% não são aproveitadas. "É um mundo de gente que poderia estar trabalhando", comenta Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC de São Paulo.

Segundo ele, o Brasil tem um alto grau de subutilização da mão-de-obra porque possui um potencial de força de trabalho muito mais numeroso que a PEA.

Dowbor frisa que iniciativas inovadoras, em termos organizacionais, podem aproveitar a capacidade de trabalho ainda sem ocupação. Para ele, idéias simples são capazes de "encontrar caminhos para que os desempregados passem a se organizar em frentes de trabalho".

O professor da PUC diz ainda que "não falta o que fazer", pois há um conjunto de atividades intensivas de mão-de-obra pouco qualificada que podem ser estimuladas a curto prazo, como obras habitacionais, de saneamento, de pavimentação e arborização. "São projetos que qualquer prefeitura sabe implementar", destaca.

Mercado exclui 39% da população apta ao trabalho



Fonte: Pequenas empresas, Grandes negócios

Dos 115 milhões de brasileiros com idade para trabalhar, apenas 80 milhões constituem a População Economicamente Ativa (PEA) e somente 70 milhões estão efetivamente ocupados, segundo informações do Diário do Nordeste. Ou seja, do total de pessoas com idade para trabalhar, 39% não são aproveitadas. "É um mundo de gente que poderia estar trabalhando", comenta Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC de São Paulo.

Segundo ele, o Brasil tem um alto grau de subutilização da mão-de-obra porque possui um potencial de força de trabalho muito mais numeroso que a PEA.

Dowbor frisa que iniciativas inovadoras, em termos organizacionais, podem aproveitar a capacidade de trabalho ainda sem ocupação. Para ele, idéias simples são capazes de "encontrar caminhos para que os desempregados passem a se organizar em frentes de trabalho".

O professor da PUC diz ainda que "não falta o que fazer", pois há um conjunto de atividades intensivas de mão-de-obra pouco qualificada que podem ser estimuladas a curto prazo, como obras habitacionais, de saneamento, de pavimentação e arborização. "São projetos que qualquer prefeitura sabe implementar", destaca.

terça-feira, maio 09, 2006

Irã terá embaixador no Iraque pela primeira vez em 26 anos

AFP - A atualidade / Notícias: "Irã terá embaixador no Iraque pela primeira vez em 26 anos"

Siderúrgica provoca crise entre Brasil e Bolívia

RNW: Siderúrgica provoca crise entre Brasil e Bolívia

Abril se entrega para monopólio sul-africano

Abril se entrega para monopólio sul-africano

A empresa sul-africana Naspers, o maior grupo de mídia do continente africano, fundada em 1915, na cidade do Cabo, acaba de comprar 30% do capital da Abril, que edita a revista “Veja”. A transação fechada na sexta-feira passada, no valor de 422 milhões de dólares (quase 1 bilhão de reais).

Segundo a direção da Abril, o ingresso de dinheiro novo será destinado para pagar dívidas. Desde 2004, quando vendeu 13,8% do capital do grupo para o fundo Capital Internacional Inc, a Abril se tornou a pioneira na entrega de ativos a estrangeiros.




Jornal Hora do Povo

sexta-feira, maio 05, 2006

Petróleo no mundo

BBC Portuguese | Petróleo no mundo

O país distorcido

Tensão entre o universal e o internacional se encontra na raiz de nossa necessidade em legitimar a cultura brasileira

(2/5/1999)



MILTON SANTOS

Há, em toda parte, no país, um certo alvoroço, para festejar os chamados 500 anos de Brasil. Esse é um grande pano de fundo.

Como nele enquadrar manifestações, como, por exemplo, esse questionário distribuído pelo Mais! de 11 de abril a dez dos mais importantes intelectuais nacionais para que, indicando 30 títulos, opinassem sobre as cem melhores obras mundiais de não-ficção neste século e as 30 melhores obras brasileiras de não-ficção em todos os tempos, isto é, 500 anos?

Entre os escolhidos cem melhores livros de não-ficção do século 20, há apenas um de autor brasileiro, Euclides da Cunha. E a lista contempla outro latino-americano: Jorge Luis Borges.

Cabe, desse modo, admitir nossa inapetência ou incapacidade de ser intelectualmente universais ou, mesmo, internacionais? Que país é esse, o Brasil, nos seus 500 anos? Podemos, a partir desses fatos, indagar-nos sobre esses 500 anos de formação de uma idéia de Brasil? Ou seria melhor debruçar-nos sobre a interpretação, a partir do fato nacional, de expressões como internacional, global, universal, noções que se prestam a confusão?

O chamado internacional seria modelado pela economia e pela política, criando relações que acabam por supor pontos de vista seletivos e por impor idéias e ações que, na origem ou nos desdobramentos, são marcadas por pragmatismo. Pensou-se que o global seria abarcativo, democratizante.

Mas na prática atual, ao contrário do que se podia sonhar, reduz ainda mais o escopo das trocas, abastarda as comparações e aprofunda a visão pragmática, na medida em que convoca todas as forças a buscar um único caminho.

Já o universal, que é independente de realizações práticas imediatas, é encontrado na busca de uma generalidade significativa e representa não apenas as quantidades do mundo, mas as qualidades e valores. Por isso é abrangente de tudo e de todos, a despeito de hierarquias.

Quando o parâmetro é a universalidade, o pensamento começa e termina com o pensamento filosófico; quando, porém, trata-se de internacionalidade, internacionalismo ou globalismo, a centralidade vai à economia. O internacional e a modernidade sempre estiveram na raiz da nossa busca intelectual, ambos significando a Europa e, mais recentemente, também os Estados Unidos.

Mas, era um internacional que se queria mundo e, pela força da economia, da política e das armas, oferecia-se equivocadamente como mundo, no processo de pensar o planeta, o continente e o país.

O próprio ensino da filosofia, além de um passeio superficial sobre diversos continentes, apenas se aprofundava nos pensadores e nas idéias oriundas daquelas áreas geográficas constitutivas do que admitíamos como internacional, deixando para trás tudo o mais, considerado como irrelevante. Esse caminhar acarretou pelo menos dois problemas.

O primeiro, a partir da nossa construção via colonização, levava a limitar o pensamento na órbita de uma história que já havia sido feita por outros, como se a história nova fosse mera repetição ou herança obrigatória do passado alheio.

O segundo problema vem de fato da mesma colonização, atribuindo ao ensino das idéias um certo caráter instrumental, na medida em que outras formas de pensar eram excluídas. No fundo, essa atitude acaba por produzir, perto ou longe, direta ou indiretamente, uma certa legitimação à instrumentalidade da economia na produção do pensamento social.

As consequências dessa visão distorcida do mundo são, na realidade, devastadoras para as ciências humanas, na medida em que adotem pontos de partida redutores e, neutralizando o ímpeto da crítica e aceitando raciocínios estabelecidos em função de outras realidades, conduzam a fornecer exegeses e exemplos resignados.

Quando o parâmetro é a universalidade, as idéias começam e terminam com um pensamento filosófico, que pode ser procurado e encontrado, não importa onde estejamos. Tal atitude tem reflexos sobre a conformação do gosto e das escolhas, conduzindo, de forma talvez imperceptível, a reproduzir, com exemplos novos, formulações alheias, aceitas como se fossem universais.

Os mencionados desvios são limitadores na elaboração dos pensamentos brasileiro e latino-americano e em nossa própria visão de nós mesmos e do continente. É como se todos quiséssemos ser europeus e agora um pouco mais, porque também queremos ser norte-americanos. Até mesmo a elegância no dizer é copiada.

Quem é levado a uma atividade intelectual verdadeiramente transnacional (não nos referimos à rotina de congressos pré-concluídos nem às coletâneas de textos encomendados sob medida) descobre, de modo esporádico ou sistêmico, que um grande número de formulações genuínas, provindas de uma interpretação universal de situações específicas -continentais, nacionais, locais-, acaba por ser avaliada em função de outras formulações, igualmente emanadas de situações específicas, ditas internacionais e tornadas cânones pelo simples efeito de autoridade.

É como se o trabalho acadêmico devesse constituir uma permanente adjetivação, geralmente diminutiva ou depreciativa, do que na realidade é substantivo. Isso, aliás, é válido para todo tipo de trabalho intelectual, não apenas o acadêmico. A questão central que nos ocorre, sobre a nossa interpretação de nós próprios, nesses chamados 500 anos de Brasil, é a seguinte: é possível opor uma história do Brasil a uma história européia do Brasil, um pensamento brasileiro em lugar de um pensamento europeu ou norte-americano do Brasil, ainda que conduzido aqui pelos bravos "brazilianists" brasileiros?

Não se trata de inventar de novo a roda, mas de dizer como a fazemos funcionar em nosso canto do mundo; reconhecê-lo será um enriquecimento para o mundo da roda e um passo a mais no conhecimento de nós mesmos. Ser internacional não é ser universal e para ser universal não é necessário situar-se nos centros do mundo. Inclusive pode-se ser universal ficando confinado à sua própria língua, isto é, sem ser traduzido.

Não se trata de dar as costas à realidade do mundo, mas de pensá-la a partir do que somos, enriquecendo-a universalmente com as nossas idéias; e aceitando ser, desse modo, submetidos a uma crítica universalista e não propriamente européia ou norte-americana.

Leia mais: O chão contra o cifrão

Da cultura à indústria cultural

O Brasil é um dos países onde a indústria cultural deitou raízes mais fundas e, por isso mesmo, vem produzindo estragos de monta; tudo se tornou objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre bem-sucedida

(19/3/2000)




MILTON SANTOS

Neste ano 2000, muitas iniciativas podem apenas encobrir uma vontade festeira, permanecendo na superfície das questões em lugar de aprofundá-las. Como a festa faz parte da vida, pode-se até aceitar que certos temas ganhem esse tratamento. Há outros, no entanto, que exigem uma atitude mais severa, por exemplo a cultura. Nesse último caso, o debate tem que ir mais longe que os comentários encomiásticos ou acerbos que se fazem em torno dos espetáculos e pessoas, como se pudesse ser transformado em "show business" o capítulo destinado a uma apreciação mais sisuda da questão.

Puro e profundo
O momento parece propício para enfrentar o necessário balanço da forma como evolui, no país, a própria idéia de cultura, sobretudo neste último meio século. Esse debate deve, necessariamente, incluir, a partir das definições encontradas -múltiplas definições e não apenas uma- a determinação das tarefas também múltiplas, que deveremos enfrentar nesta passagem de século, para ajudar a retratar a sociedade brasileira naquilo que ela tem de mais puro e mais profundo. O conceito de cultura está intimamente ligado às expressões da autenticidade, da integridade e da liberdade. Ela é uma manifestação coletiva que reúne heranças do passado, modos de ser do presente e aspirações, isto é, o delineamento do futuro desejado. Por isso mesmo, tem de ser genuína, isto é, resultar das relações profundas dos homens com o seu meio, sendo por isso o grande cimento que defende as sociedades locais, regionais e nacionais contra as ameaças de deformação ou dissolução de que podem ser vítimas. Deformar uma cultura é uma maneira de abrir a porta para o enraizamento de novas necessidades e a criação de novos gostos e hábitos, subrepticiamente instalados na alma dos povos com o resultado final de corrompê-los, isto é, de fazer com que reneguem a sua autenticidade, deixando de ser eles próprios. Ao longo dos séculos, a cultura se manifesta pelas mais diversas formas de expressão da criatividade humana, mas não apenas no que hoje chamamos "as artes" (música, pintura, escultura, teatro, cinema etc) ou através da literatura e da poesia em todos os seus gêneros, mas também por outras formas de criação intelectual nas ciências humanas, naturais e exatas. É a esse conjunto de atividades que se deveria denominar de cultura. As culturas nacionais desabrocham como reflexo do que se convencionou chamar de gênio de um povo, expresso pela língua nacional, que é também uma espécie de filtro, veículo das experiências coletivas passadas e também forma de interpretar o presente e vislumbrar o futuro. É verdade que na sociedade babelizada que é a nossa, as contaminações de umas culturas pelas outras tornaram-se possível industrialmente, dando lugar a uma mais forte influência daquelas tornadas hegemônicas sobre as demais, que assim são modificadas. É por isso que toda controvérsia sobre o assunto deve ser atualizada e, para ser consequente, tem de ser começada e terminada com a difícil, mas escorregadia, discussão sobre a indústria cultural: o que é, como se dão seus efeitos perversos em termos de lugar e de tempo. Sem isso o debate pode se dar hoje, mas é como se ainda estivéssemos vivendo em outro século e em outro planeta.Sem essa precaução, corremos o risco de colocar no mesmo saco as diversas manifestações ditas culturais e de avaliar com a mesma medida os seus intérpretes.

Condições particulares
O Brasil, pelas suas condições particulares desde meados do século 20, é um dos países onde essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem produzindo estragos de monta. Tudo, ou quase, tornou-se objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre bem-sucedida. O Brasil sempre ofereceu, a si mesmo e ao mundo, as expressões de sua cultura profunda através do talento dos seus pintores e músicos e poetas, como de seus arquitetos e escritores, mas também dos seus homens de ciência, na medicina, nas engenharias, no direito, nas ciências sociais. Hoje, a indústria cultural aciona estímulos e holofotes deliberadamente vesgos e é preciso uma pesquisa acurada para descobrir que o mundo cultural não é apenas formado por produtores e atores que vendem bem no mercado. Ora, este se auto-sustenta cada vez mais artificialmente mantido, engendrando gênios onde há medíocres (embora também haja gênios) e direcionando o trabalho criativo para direções que não são sempre as mais desejáveis. Por estar umbilicalmente ligada ao mercado, a indústria cultural tende, em nossos dias, a ser cada vez menos local, regional, nacional. Nessas condições, é frequente que as manifestações genuínas da cultura, aquelas que têm obrigatoriamente relação com as coisas profundas da terra, sejam deixadas de lado como rebotalho ou devam se adaptar a um gosto duvidoso, dito cosmopolita, de forma a atender aos propósitos de lucro dos empresários culturais. Mas cosmopolitismo não é forçosamente universalismo e pode ser apenas servilidade a modelos e modas importados e rentáveis.

Sistema de caricaturas
Nas circunstâncias atuais, não é fácil manter-se autêntico e o chamamento é forte, a um escritor, artista ou cientista para que se tornem funcionários de uma dessas indústrias culturais. A situação que desse modo se cria é falsa, mas atraente, porque a força de tais empresas instila nos meios de difusão, agora mais maciços e impenetráveis, mensagens publicitárias que são um convite ao triunfo da moda sobre o que é duradouro. É assim que se cria a impressão de servir a valores que, na verdade, estão sendo negados, disfarçando através de um verdadeiro sistema bem urdido de caricaturas, uma leitura falseada do que realmente conta. No arrastão suscitado pelo bombardeio publicitário, o que não é imediatamente mercantil fica de fora, enquanto a sociedade embevecida mistura no seu julgamento valores e autores. Quem é gênio verdadeiro, quem é canastrão diplomado? Há quem possa ser gênio e mercadoria sem ser ao mesmo tempo gênio e canastrão, mas essa distinção não exclui a generalidade da impostura com que alhos e bugalhos se confundem. A pedra de toque do êxito legítimo, que não se mede pelo resultado imediato ou pelo sucesso apenas mercantil, estará em saber distinguir trigo e joio, cultura autêntica e indústria cultural. Como, porém, subsistir enquanto se espera? Como assegurar aos jovens que o seu esforço receberá, um dia, o reconhecimento? Esse é um grave problema do trabalho intelectual em geral e das tarefas especificamente culturais em particular, em tempos de globalização, sobretudo nos regimes neoliberais como o nosso. O Ministério da Cultura deveria promover uma reflexão nacional e pluralista sobre a questão. Em sua falta, as universidades públicas bem poderiam fazer jus à sua vocação e corajosamente assumir a responsabilidade da iniciativa. Não dá mais para fazer de conta que o problema não existe.

Leia mais: O recomeço da história

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segunda-feira, maio 01, 2006

Fidel Castro preside ato para milhões de pessoas em Havana


01/05/2006 12h16

HAVANA, 1º Mai (AFP) - O presidente de Cuba, Fidel Castro, comandou uma celebração em Havana pelo 1º de maio, da qual participaram mais de 1.700 delegados estrangeiros de 79 países.

Às 07H30 locais (08H30 de Brasília), Castro apareceu na tribuna vestido com seu tradicional uniforme verde oliva, que contrastou com as camisetas vermelhas, pretas e brancas dos participantes, calculados oficialmente em 2 milhões.

Houve também manifestações em quase todos os 169 municípios do país.

Bandeiras de Cuba, Venezuela, Bolívia e outros países latino-americanos são carregadas pelos participantes.

Entre os convidados, está o presidente do Parlamento do Panamá, Elías Castillo, em visita oficial a Cuba.